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Avenida das Torres tem impulso e deve ficar pronta até fim do ano

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As desapropriações para a construção da Avenida das Torres –cujas obras estão a todo o vapor– vão demandar recursos da ordem de R$ 28,95 milhões para indenizar 181 imóveis, entre residências e sítios. Pelos cálculos da Seinf (Secretaria de Estado de Infraestrutura), 60% das desapropriações já foram executadas. Só nas proximidades da Colônia Japonesa (Parque Dez) já foram feitas 30 desapropriações, o que agiliza bastante a terraplanagem.
A diretora-técnica do órgão, Waldívia Alencar, informou que com a chegada do verão a obra tomou novo impulso. Ela aponta que as obras de drenagem avançaram, assim como a construção das duas pontes –com vão de 70 metros cada–, para transpor o Igarapé do Mindu de um lado para outro. A extensão total da avenida é de 6,3 mil metros e ao longo da estrada existem várias ligações com ruas já existentes nos bairros do Parque Dez e Cidade Nova que totalizam 3.000 metros.
Com projeção de ser entregue neste fim do ano, a avenida, que se constituirá num novo eixo viário norte/sul, vai demandar recursos da ordem de R$ 432 milhões, sendo R$ 13 milhões destinados à construção das duas pontes sobre o Mindu. Com orçamento do governo do Estado e contrapartida da Caixa Econômica Federal, a obra objetiva fluir a malha viária da cidade. “Precisamos dar maior agilidade ao trânsito da capital amazonense e esse projeto da Avenida das Torres tem esse papel de melhorar a infraestrutura da cidade”, assegurou a diretora-técnica da Seinf, lembrando que a avenida também será um caminho alternativo a Torquato Tapajós e Efigênio Sales, vias que já enfrentam saturação de tráfego.

Ligação de zonas

A Avenida das Torres vai ligar a zona leste à zona norte de Manaus. Segundo o projeto, a nova avenida começa na Avenida Alameda Cosme Ferreira, no Coroado, na altura da concessionária Murano, cortará parte da cidade, seguindo a diretriz das torres de alta tensão da Manaus Energia, passando pelo bairro Parque das Laranjeiras, até chegar a Cidade Nova, na altura da avenida Timbiras.
Somando aos outros dois trechos que serão licitados, a avenida se estenderá até o Igarapé do Passarinho, na zona norte. Quase a totalidade da avenida terá oito pistas, sendo quatro para cada mão de direção, com um total de aproximadamente 14 metros de largura. Estudos apontam que a avenida terá capacidade para receber um fluxo de cerca de 1.000 carros por hora.  O segundo trecho da via prevê a construção de um túnel que passará debaixo do terminal de ônibus da Cidade Nova, zona Norte. Já a última etapa levará o corredor viário até o Igarapé do Passarinho.
Obras da Avenida das Torres iniciaram em agosto de 2007. No entanto, o longo período de chuvas, somado à suspensão dos trabalhos por parte do Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas), no ano passado –pela ausência do licenciamento ambiental da obra em sua totalidade–, deixou a estrada paralisada por alguns meses. Waldívia Alencar garante que tudo está sobre controle.
“O embargo se deu por causa da construção da ponte sobre o Mindu, mas já houve um entendimento do Estado com a prefeitura neste sentido”, disse.

Obra é importante via de escoamento

A avenida é apontada pelo Poder público como uma importante via de escoamento, levando em conta que Manaus recebe, a cada mês, cerca de 3.000 novos veículos –conforme o Detran-AM (Departamento de Trânsito do Estado do Amazonas)–, o que requer um trabalho constante com o planejamento da cidade.
Por ocasião do lançamento da obra, em agosto de 2007, o vice-governador, Omar Aziz, disse que “quando a avenida estiver concluída Manaus ganhará um corredor viário que cortará toda a cidade, interligando as zonas norte, leste e centro-sul e que a Avenida das Torres servirá como caminho alternativo para vias como a Torquato Tapajós, Efigênio Sales, João Valério, Djalma Batista e Constantino Nery, que se encontram hoje em situação de saturação de tráfego”.
Ainda de acordo com a entrevista do vice-governador, “hoje, só temos praticamente uma via de ligação com a zona norte, que é a Torquato. Por isso, é importante que o governo do Amazonas coloque em prática medidas definitivas para dar mais agilidade ao tráfego e para melhorar os serviços de transporte coletivo e de táxis, e isso se faz com a construção de amplas vias para servir”.

Impulso à competitividade

A indústria do PIM (Polo Industrial de Manaus) vibra com a possibilidade de que esta obra possa efetivamente trazer uma melhoria no fluxo de veículos da capital amazonense, principalmente no trajeto do Distrito Industrial para o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e vice-versa, por conta da demanda de produtos que saem de Manaus, por via aérea, e da matéria-prima importada (partes e peças) que chega.
Na opinião do diretor-executivo da Fieam (Federação das Indústrias do Estado Amazonas), Flávio Dutra, as empresas veem com bons olhos a construção da Avenida das Torres, assim como de outras avenidas, porque demonstra que o poder público está se preocupando com a infraestrutura viária de Manaus, que tem se mostrado insuficiente para suportar o fluxo de veículos que transitam na cidade. “Isso tem prejudicado a competitividade das empresas do comércio e da indústria”, avaliou.
Segundo o dirigente, o valor do frete passa pelo fluxo de veículos, cujos transportadores cobram pelo tempo de permanência da carga nos caminhões. “Também a demora do frete, o que recai nos custos operacionais das fabricantes”, disse.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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