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Agricultura & Pecuária – Vacinar contra a aftosa é questão de bom senso

Como todos sabem que o mês de maio é o mês das noivas, das mães e da campanha de vacinação do rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa. Todos se mobilizam na época da campanha, mas você sabe por que tanta vigilância? A doença é provocada por vírus e que atinge os animais de casco fendido (de duas unhas), tais como bovinos, ovinos, caprinos e suínos. A febre é transmitida por meio de secreções e excreções, dentre as quais, saliva, sêmen, urina e fezes.
Ela faz parte das doenças mais controladas no mundo devido à rápida disseminação e perdas econômicas em decorrência dos sinais clínicos (perda de apetite e lesões vesiculares). Efeitos: perda de peso, dificuldade de comercialização da carne e derivados, redução da produção leiteira, crescimento retardado e menor eficiência reprodutiva, aborto e infertilidade, susceptibilidade dos animais doentes em adquirir outras doenças devido à sua fraqueza, perda de animais jovens e perda por sacrifício dos animais contaminados para evitar a disseminação da moléstia.
A febre aftosa é extremamente contagiosa, multiplica-se rapidamente, desloca-se através do vento ou em objetos, tais como roupas ou calçados, tornando-se muito difícil evitar que a doença se espalhe. Além disso, o vírus permanece bastante tempo fora do animal hospedeiro, sobrevivendo 24 horas em carcaças (nos músculos), ao redor de duas semanas no meio ambiente sob temperaturas moderadas ou meses em ossos congelados, no sangue ou em vísceras.

Preservação
Numa situação de surto, as perdas econômicas e o número de animais que teriam de ser destruídos são diretamente proporcionais ao prazo de tempo em que a doença está presente antes de ser devidamente diagnosticada. Sendo assim, a campanha de vacinação foi importante para alertar e educar público alvo sobre as conseqüências de um surto de aftosa.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Brasil é um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários produtos agropecuários. O país é o primeiro no ranking das vendas externas de soja e carne bovina. O agronegócio é responsável por 33% do PIB (Produto Interno Bruto), 42% das exportações totais e 37% dos empregos brasileiros.
E, como somos os maiores exportadores de carne do mundo, é necessário a preservação das condições sanitárias do rebanho goiano. Nosso rebanho de corte ocupa a quarta posição e está em segundo lugar na produção leiteira. Goiás é considerado como zona livre de febre aftosa há 11 anos e para manter esse status é preciso que todos os criadores se conscientizem da importância da vacinação para que a cobertura seja total. Hoje, felizmente, a maioria dos criadores tem consciência da importância desse status de zona livre de febre aftosa no mercado de exportação. Mantendo o rebanho sadio estaremos dando exemplo para o restante do país e estimulando as exportações devido ao produto de qualidade.

No Amazonas
A meta da Secretaria Estatual de Produção Rural do Amazonas é vacinar 100% das cabeças de gado. O último foco de febre aftosa no Estado aconteceu em 2004 no Careiro da Várzea. À época, apenas 60% do rebanho havia sido imunizado. Para 2007, o governo do Estado já destinou R$ 6 milhões ou o equivalente a 1,8 milhão de doses de vacinas. O lote já foi entregue em Manaus, Humaitá, Apuí, Boca do Acre, Guajará e Ipixuna, que vão repassar os medicamentos, por via aérea e rodoviária, para os outros 56 municípios amazonenses.
A dose da vacina está sendo comercializada pelo preço de R$ 0,60. O pecuarista deve imunizar o gado e fazer uma declaração à Comissão Estadual de Defesa Sanitária. O rebanho amazonene de gado tem hoje 1,5 milhão de cabeças de gado. A previsão do Ministério da Agricultura, nesta fase, que é os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins consigam vacinar todo o rebanho, o que totalizaria cerca de 103,8 milhões de bovinos e 903,1 mil bubalinos.
 
Dicas

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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