No próximo dia 25 de março, na sede da Suframa, ocorrerá o primeiro fórum de ESG da Amazônia, uma iniciativa que representa um marco na trajetória do polo industrial de Manaus, uma verdadeira certidão de maturidade para o programa da Zona Franca de Manaus, que neste ano se aproximou de quase seis décadas de atuação.
Por Alfredo Lopes – Coluna follow up (*)
Fruto da parceria Entre a superintendência da Zona Franca de Manaus, com o Centro da Indústria do Estado do Amazonas, por meio de sua Comissão Setorial de ESG, com apoio da Rede Amazonica, o evento resuma os quase 60 anos da ZFM. E este programa não apenas contribuiu significativamente para a geração de emprego, renda e oportunidades na região, mas também se destacou por sua performance na proteção florestal e socioambiental da Amazônia Ocidental. E, ao organizar o primeiro fórum de ESG (Environmental, Social, and Governance – Ambiental, Social e Governança) da Amazônia, o polo industrial de Manaus coloca em evidência sua evolução e seu compromisso com práticas sustentáveis e socialmente responsáveis.
Geração de Emprego e Responsabilidade Social
A Zona Franca de Manaus sempre foi um polo diferenciado, não só pela capacidade de gerar cerca de 500.000 empregos, mas também pelo seu rigor e cuidado com a responsabilidade social. Durante a pandemia do coronavírus COVID-19, o polo teve um papel crucial, transformando sua estrutura produtiva em um voluntariado que atendeu aos setores mais vulneráveis da sociedade, afetados pelo desabastecimento e pela fome. Além disso, a região se desafiou a produzir localmente equipamentos de proteção individual (EPIs), que eram escassos devido à dependência de importações de países asiáticos. Essas iniciativas sociais e ambientais ilustram o compromisso da região com uma governança compartilhada, agora a ser certificada pelo Fórum de ESG da Amazônia.
Debate e Diversificação
O fórum será uma oportunidade inestimável para debater e diversificar as ricas experiências acumuladas ao longo de mais de meio século de desafios. A redução das desigualdades entre o sul e o norte do Brasil tem sido um dos principais objetivos desse programa, e o evento busca refletir sobre como as práticas de ESG podem contribuir ainda mais para este propósito. Com o apoio da Rede Amazônica, o fórum não apenas discutirá as conquistas já alcançadas, mas também explorará caminhos para aprimorar a integração das dimensões ambiental, social e de governança nas operações das empresas locais.
A evolução do Polo Industrial de Manaus
O 1º Fórum de ESG da Amazônia é, portanto, um testemunho da evolução do polo industrial de Manaus. As práticas de ESG, que começaram a ganhar destaque em 2004 com a publicação do Pacto Global da ONU em parceria com o Banco Mundial, agora encontram um terreno fértil no Amazonas para se desenvolverem e se integrarem plenamente às rotinas organizacionais das empresas da região. O evento simboliza o reconhecimento de que a riqueza natural da região pode e deve ser traduzida em prosperidade social e proteção florestal, de acordo com uma governança que respeite os valores ambientais e sociais.
Aplausos e unidade da diversidade
Ao realizar o 1º Fórum de ESG da Amazônia, o polo industrial de Manaus não só reafirma seu papel como líder na promoção de um desenvolvimento sustentável e responsável na região, mas também inspira um diálogo mais amplo sobre como os princípios de ESG podem ser integrados de maneira eficaz nas estratégias corporativas em todo o mundo. Este evento é um convite à reflexão e à ação, promovendo a solidariedade como caminho para um futuro mais justo e sustentável para a Amazônia e para o planeta. Ilustra, seu modo e com muita competência, que é possível empreender responsável no coração da maior floresta tropical do planeta. É possível fazer a diferença criando não apenas empregos oportunidades impostos, mas também um formato de Protagonismo que sugere transparência administrativa e gestão participativa da riqueza abundante que tem gerado ao longo das décadas a partir de Manaus.
(*) Esta coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, pelo jornal do Comércio do Amazonas , sob a responsabilidade do centro da Indústria do Estado do Amazonas, com a coordenação editorial de Alfredo Lopes
