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Indústria e Sustentabilidade: lições e conexões do Fórum ESG Amazônia

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“Faremos outros fóruns pois importa levar ao mundo este mutirão de esforços, parcerias e fecundas interações e partilhas de como empreender na floresta e manter sua proteção e gestão sustentável.”

Por Régia Moreira Leite (*)

Na última segunda-feira (25), a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) acolheu o lançamento do “Fórum ESG Amazônia: Desenvolvimento Sustentável na Indústria”, um marco organizado pelo Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e sua Comissão ESG em colaboração com a Suframa e com apoio da Rede Amazônica de Rádio e TV. O evento marcou um ponto de encontro significativo para especialistas, lideranças corporativas e autoridades governamentais, visando fortalecer a integração dos valores ambientais, sociais e de governança no cenário empresarial.

Este encontro construiu uma plataforma de discussão e reflexão crítica sobre o papel vital das empresas no avanço do desenvolvimento sustentável, tanto na região amazônica quanto na perspectiva global. Os diálogos centraram-se em enfatizar a necessidade de uma governança robusta, responsabilidade socioambiental e a promoção de práticas de negócios economicamente sustentáveis. 

Durante a sessão inaugural, figuras representativas como Bosco Saraiva, superintendente da Suframa, e Luiz Augusto Rocha, presidente do Conselho do Cieam, Tayana Ruby, Sedecti, representando o governador do Amazonas, deputado WilkerBarreto, pela Assembleia Legislativa, Philippe Daou Neto, da Rede Amazônica e cel. Luiz Cláudio, do Comando Militar do Amazonas, destacaram o papel decisivo da Zona Franca de Manaus (ZFM) na promoção do desenvolvimento sustentável da região. Saraiva ressaltou a importância da Autarquia como propulsora do crescimento regional, enfatizando a adoção de práticas de governança moderna e da responsabilidade social e ambiental. Luiz Rocha, também, alertou sobre a necessidade de evolução tecnológica para manter a relevância da região em um cenário global competitivo.

A agenda do evento foi repleta de apresentações enriquecedoras, como a de Denis Minev, que discutiu práticas de ESG na Amazônia, e painéis que compartilharam experiências práticas de empresas como BIC, Visteon, Flex e Electrolux. Além disso, Vanda Witoto, uma ativista climática renomada, explorou a interseção entre economia indígena e sustentabilidade.

O evento também abordou temas essenciais como a mensuração e prestação de contas em ESG, com a participação de Fábio Palma da ECOA, e discutiu a construção de um futuro mais inclusivo e solidário, especialmente no contexto e sequelas da pandemia de Covid-19, quando foram priorizados os órfaos da pandemia, sob a coordenação de Glauce Galuce, Instituto IPEDS. 

Destaque, também, para a presença do sociólogo Marcelo Ramos do Senai/CETICT, da UFRJ e da Tuttplast , e seu revolucionário projeto de bioplástico, que insere resíduos da fruticultura na fabricação de partes e peças para indústria. No contexto da diversificação do polo  industrial de Manaus, vale destacar os avanços do Programa Prioritário de Bioeconomia da SUFRAMA, gerenciado pelo IDESAM e apresentado por Paulo Simonetti.

Este foi apenas o primeiro Fórum ESG Amazônia que não só realçou a importância da Zona Franca de Manaus e da indústria local no desenvolvimento sustentável, como também estabeleceu um diálogo essencial sobre a implementação eficaz de práticas de ESG, alinhando os interesses empresariais com os princípios constitucionais de proteção e desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Faremos outros fóruns pois importa levar ao mundo este mutirão de esforços, parcerias e fecundas interações e partilhas de como empreender na floresta e manter sua proteção e gestão sustentável. E por essa mesma razão, vamos atrair parceiros de outras regiões e países para aprender e ensinar as coisas da Amazônia para o mutirão mundial de proteção florestal e promoção social. 

(*) Régia é economista, empresária, conselheira do CIEAM e coordenadora da Comissão ESG da entidade.

Redação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.

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