Com sabores tipicamente amazônicos em sua linha de produtos, a foodtech paraense Manioca quer, além de comercializar itens, desmistificar estereótipos sobre a culinária amazônica! Criada em 2014 pela empreendedora Joanna Martins (foto), a marca continua trilhando os passos de seu pai, Paulo Martins, e de sua avó, Anna Maria, que, por muitos anos, administraram o conceituado restaurante “Lá em Casa” em Belém.
Itens como snacks, farinhas e temperos ganham as mesas dos consumidores brasileiros e internacionais, como pontua Joanna. “Atendemos regularmente clientes dos Estados Unidos e da França. Entretanto, já fizemos vendas para outros países, como o Japão e Emirados Árabes, mas nosso foco atual é atender ao mercado interno”.
Graduada em publicidade, Joanna comenta que, ao trabalhar no restaurante da família, observou um movimento de mudanças no setor gastronômico, o que a fez iniciar a estruturação da marca Manioca. “Com o passar dos anos vi a demanda ir aumentando e, ao analisar a conjuntura do cenário gastronômico brasileiro, a criação de várias faculdades de gastronomia, o aumento de preço de produtos importados e a mudança dos hábitos alimentares brasileiros, que tornou a gastronomia um hobby, percebi uma oportunidade de lançar uma marca de produtos que oferecesse esses sabores também para o consumidor final”, comenta.
Já em 2016, ocorreu a chegada do sócio Paulo Reis e o negócio foi se estruturando e ganhando a mesa dos amazônidas e apaixonados pela culinária regional. Feijão manteiguinha, molho de tucupi, granolas e geleias são alguns dos 20 itens do portfólio da empresa, que, em 2022, comercializou 35 toneladas de seus produtos.
O grande salto da foodtech aconteceu em novembro de 2023, com o anúncio da parceria entre a Manioca e a Ajinomoto do Brasil, detentora das marcas SAZÓN®, MID® e VONO®. A colaboração foi estabelecida no formato de corporate venture capital, criando o primeiro caso de investimento de uma multinacional de alimentos em uma startup da Amazônia, em busca de inovação para produtos mais saudáveis e sustentáveis.
Para 2024, a estratégia da parceria é escalar o negócio e expandir o mercado com a contribuição da rede de distribuição da Ajinomoto, escoando os produtos da Manioca para outras regiões do Brasil, principalmente para os estados do Pará, São Paulo e Paraná.
Em abril, de acordo com Joanna, a startup vai lançar três sabores de farinha de mandioca, que ainda não podem ser divulgados. “A produção da mandioca, que vem de produtores da agricultura familiar do entorno de Belém, especialmente dos municípios de Moju, Acará e Santa Isabel, será processada na Manioca”, diz a empreendedora.
Atualmente, a Manioca possui 25 funcionários e, de acordo com a empresária, o processo de fabricação dos produtos preza pela sustentabilidade. “Privilegiamos os pequenos agricultores e povos tradicionais da floresta, desenvolvendo uma cadeia justa e sustentável. Beneficiamos diretamente 950 pessoas entre povos e comunidades tradicionais, ribeirinhos e produtores da agricultura familiar, através de comércio justo, entendendo a realidade, as perspectivas e necessidades de nossos fornecedores, apoiando o seu desenvolvimento, gerando emprego e renda na região e mantendo a floresta em pé”, analisa.
Já, em relação aos estereótipos, Joanna entende que deve ocorrer uma aproximação geográfica e a parceria com a Ajinomoto é um caminho para essa conexão. “A reversão dos estereótipos amazônicos depende de uma aproximação e interesse do brasileiro com a Amazônia e uma disposição de diálogo também do amazônida com o Brasil. O trabalho é árduo e só vejo que seja possível mudar essa imagem, em longo prazo e com ação de muitas empresas da região, algo que ainda não existe. A estratégia que usamos não é motivar o consumidor a fazer a culinária amazônica em São Paulo e sim, incluir ingredientes amazônicos no seu dia a dia. São duas formas bem distintas, e nenhuma é fácil, mas acreditamos que a segunda pode demandar um pouco menos esforço e a partir dela, podemos ajudar a reduzir o esforço da segunda também”, propõe.
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Inovação: pizzaria proteica deve faturar R$ 4 milhões neste ano
Que tal saborear uma pizza sem se preocupar com a dieta? Isso já é possível graças à Pizzaria Di Monstro, que se intitula a primeira pizzaria proteica de São Paulo. Tudo começou no período da pandemia quando dois personal trainers resolveram criar o empreendimento para agradar ao público marombeiro, preocupado com a perfeita forma física e com o que leva à boca.
A Di Monstro, um trocadilho pra quem quer ficar monstrão, forte, grandão, caiu no gosto do público e pretende faturar cerca de R$ 4 milhões neste ano. O segredo da pizza está na massa feita com ‘whey protein’, um suplemento alimentar muito utilizado por aqueles que pretendem ganhar massa muscular magra. Ainda em 2024, os sócios pretendem abrir o primeiro restaurante físico.
Fim da ressaca: tecnologia no combate ao alcoolismo
Um estudo realizado no ano passado mostrou um aumento no consumo de bebidas alcóolicas no Brasil. Segundo os dados do levantamento do Covitel (inquérito nacional) e de um teste da Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa da população adulta que abusa do álcool no país atingiu a marca de 4%, o que representa 6 milhões de pessoas.
Considerado um caso de saúde pública, algumas medidas podem ser tomadas para evitar as consequências ligadas a esse abuso, como o aumento de doenças físicas e mentais. Agora, um aplicativo pode ser uma alternativa para ajudar a combater o vício. Chamado de ‘Drink Less’, essa ferramenta virtual promete auxiliar aqueles que desejam diminuir o consumo ou até mesmo parar completamente com as bebidas alcoólicas.
O aplicativo monitora a ressaca, permitindo que os usuários registrem seu humor e a qualidade do sono após a ingestão de álcool. Esse monitoramento tem levado as pessoas a reduzirem o consumo ou até mesmo a abandonarem o hábito.
Probiótico tem venda e distribuição suspensa pela Anvisa
Após a comunicação da empresa Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A. à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a presença de partículas estranhas em quatro lotes do Suplemento Alimentar de Bacillues claussi da marca Neogermina, a agência suspendeu a comercialização, distribuição e uso dos lotes NGA00223,323, NEG00323 e 523, todos com data de validade 07/2025. A Anvisa pede aos consumidores para identificarem o número do lote caso tenha o suplemento em casa, e se o lote for um dos relacionados, entrar em contato com o SAC da empresa (0800 979 9900).
RÁPIDAS & BOAS
As inscrições para o curso de especialização MBA em Gestão Financeira e Contábil no Setor Público da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), promovido por meio da Escola Superior de Ciências Sociais (ESO/UEA), podem ser feitas até a sexta-feira (5/4). Informações e inscrições pelo endereço eletrônico (https://encurtador.com.br/iQ059).
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O Santander Universidades está com as inscrições abertas para o Santander Bootcamp 2024 até a segunda-feira (8/4). Em sua quarta edição, o programa 100% online e gratuito disponibilizará 75 mil bolsas de desenvolvimento de software para todo o Brasil. A inscrição está sendo realizada pela plataforma (https://encurtador.com.br/bovVW).
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A aceleradora Amaz está com um edital para negócios inovadores aberto até a sexta-feira (12/4). A chamada 2024 busca negócios que gerem impacto positivo nas regiões rurais e florestais da Amazônia. Além de possuir produto ou serviço já testado no mercado e que operem ou planejem atuar na região. Para outras informações e inscrição basta entrar em contato pelo link (Amaz.org.br/chamada2024).