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Expectativa para mais temporários neste ano

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Em compasso de espera, as contratações de fim de ano devem acontecer em novembro e dezembro, respectivamente, mas de forma lenta. Dentro dessa projeção, o presidente da CDL-Manaus (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus), Ralph Assayag, avalia que o início do processo ocorre no mês de novembro com a expectativa de 35% a 40%.

Lidando com mais números de vendas e contratações, o presidente projeta alcançar 1.500 vagas, mais que o ano passado que registrou em 1.050 contratações. “O ano passado foi muito ruim, a nossa luta é contratar e alcançar mais funcionários, apesar de isso depender desse processo eleitoral”, disse.

Em uma comparação a outros anos, onde o comércio contratava em média cinco mil temporários, Assayag, deposita um novo fôlego para o setor, após a definição política. “Depois das eleições, espero que nós possamos entrar em uma única coisa em vender, ampliar lojas e contratar mais.

Apesar do comércio apresentar um ritmo de altas e baixas, o Dia das Crianças serve como termômetro para o processo, segundo Ralph Assayag, não deixa de ser uma injeção de ânimo. “A partir de junho começamos a crescer em torno de 1,5% a 2% e estamos vindo de uma crescente lenta, porém positiva e isso tudo dá um ânimo muito maior nas pessoas que poderão abrir novos negócios, crescer e melhorar os seus empreendimentos e com isso, podemos ter um número maior de pessoas contratadas”, observou Assayag que prevê para o Dia das Crianças um aumento em torno 1.9 a 2% que representa 43 milhões da receita.

Para a Fecomercio (Federação do Comércio do Estado do Amazonas) a expectativa de contratações para o período é estimada em torno de 1.500 vagas. Segundo o economista da entidade, José Fernando, esses números serão mantidos ou para mais ou para menos no mesmo patamar que o ano passado.

“São perspectivas. A partir de cálculos, estimamos estes números. A partir da próxima semana a gente terá um percentual”. O economista comenta que esse aumento deve intensificar com a chegada do mês de novembro que terá como mediador a Black Friday que se tornou uma data importante para o comércio. “Nos últimos anos já está aparecendo uma sazonalidade. Esse período deve começar abrir as oportunidades”.

Embora ainda não seja um resultado estatístico, o economista adianta que as contratações começam a crescer por conta do maior volume de negócio refletida nas compras de fim de ano.

Baixa demanda

Mas a expectativa não é nada animadora para quem trabalha diretamente com essas contratações. A crise ainda é um dos fatores que tem segurado o momento de contratação atípico para o período, é o que revela alguns RHs em Manaus.

A recrutadora Bruna Silva, da empresa RH Amazonas, empresa que trabalha com contratações de temporários do setor industrial, não observou essa demanda pela procura de temporários, apesar da indústria trabalhar com um período diferente do comércio, há mão de obra sobrando. Num período que é para estarem contratando, tem empresas que estão fazendo corte de funcionários. ” Houve produção em massa, agora estão dispensando porque tem mão de obra sobrando. Tem empresa que demitiu cerca de 400 funcionários. Isso é um baque”, analisou.

O grupo Norte RH trabalha sobre demanda solicitada pelo cliente. Há dias em que a procura por temporários é maior e outros dias menores. O assistente comercial e recrutador da empresa, Juscelino Prado, explica que a demanda temporária, deve acontecer, porém, tímida. “Esperamos um número de contratações maior, mas como trabalhamos com contratos de 60 a 90 dias, e esse término já está no fim, teremos outros novos para suprir, e esses, com certeza, se enquadrarão no perfil de temporários para o fim de ano”, destacou.

Ele aproveitou para ressaltar que está bem complicado esse quadro aquecer, porque outubro geralmente ocorre muitas contratações e não está acontecendo. “A indústria hoje está com déficit desde o começo do ano. A demanda é bem menor que o ano passado e só contrata se houver demanda de produção maior. E isso não está acontecendo, nem pela demanda de venda”, observou Juscelino Prado que destaca um fator importante a ser lembrado “A indústria conta com insumos que vem de fora. A crise tem afetado a demanda desses produtos que chegam aqui. Cerca de 40% de produção de serviço temporário diminui em relação ao ano passado. A contratação está engessada. O que contrata, demite mantém sempre um nível. Não tem demanda de colaboradores”.

A proprietária da Salon Recursos Humanos, Raquel Dantas, sentiu uma queda considerável na procura das empresas para esse nível de contratação. Ela lembra que já houveram anos em que essa demanda era alta e, inclusive, tinha dificuldades de encontrar profissionais para o mercado neste período. “Há dois anos o ritmo segue lento. Tivemos uma queda brusca, apesar do mercado ter reagido, a demanda é pequena, a portas do Natal”, lamentou. Ela lembra ainda que no início do ano houve melhoras nos números , mas ainda assim, os desligamentos não cessaram. Embora estáveis, ela avalia que das dez empresas parceiras que ela atende apenas duas avaliaram contrações extras com um total de seis vagas. A partir do segundo período de outubro algumas serão efetuadas.

ABRH

Existe uma diminuição de postos no setor de serviços, observou a presidente da ABRH-AM (Associação Brasileira de Recursos Humanos – Amazonas), Kátia Andrade. A inserção de mecanismos em todos os estabelecimentos comerciais com a criação de ferramentas de auto center, refletiu em perdas de números de postos de trabalho.

Aliado a isso ela acredita que o clima eleitoral com a falta de definição nas duas esferas gera grande repercussão, pois são vertentes que divergem. “O empresário tem perspectiva de aumento mas com o pé no freio, porque se torna um ambiente complicado para investimentos. Após as eleições teremos uma panorama real. A expectativa para Kátia é que essa contratação de temporários se concretize com mais clareza quando definir os rumos que o país vai tomar.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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