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Estado tem segundo maior custo de obras civis, diz IBGE

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O Amazonas teve o segundo maior índice de custo da construção civil da região Norte no mês setembro, perdendo apenas para Roraima. Segundo o Índice Nacional da Construção Civil, divulgado recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Estado apresentou gasto médio de R$ 615,42 por metro quadrado, ficando em quinto lugar no ranking nacional. O Norte teve aumento de 1,44% em setembro, impulsionado pelo Pará com (3,05%).

O presidente do Sinduscon-AM (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas), Joaquim Auzier de Almeida, explicou que este índice é calculado levando em consideração não apenas a área, mas também os gastos com mão-de-obra e a compra de matéria-prima de outros Estados. “O Amazonas produz o cimento, a areia, o barro e o seixo, já os demais materiais são compradas de outros Estados”, informou.

De acordo com o dirigente, a distância entre o pólo produtor e o consumidor onera o valor do frente entre 15% e 18%. O Estado compra os materiais de construção da região Sudeste do país, principalmente do Rio de Janeiro e de São Paulo. Joaquim Auzier comentou que outros problemas neste âmbito são as más condições da malha rodoviária e a deficiência do transporte fluvial, fatores que compromete ainda mais a aquisição de materiais de outros Estados brasileiros.

Índice baixo

Já a gerente comercial da construtora Capital, Maria José Santos, disse que o custo médio da construção civil no Amazonas por metro quadrado, apontado pelo IBGE, não condiz com a realidade. Segundo a gerente, o índice é baixo, pois um empreendimento de 85 m2 sai em média por R$ 200 mil e um apartamento de 43 m2 por R$ 67 mil.
“Acredito que o metro quadrado no Estado para a construção civil não sai por menos de R$ 1.000”, assegurou Santos.

O técnico orçamentista da MC Engenharia e Construção, Mardson Campelo, comentou que o índice está próximo à realidade. Conforme o executivo, o custo apontado pelo IBGE pode ter no máximo uma margem de erro de 10%. O técnico ressaltou ainda a forte alta vivida pelo segmento em Manaus neste ano.

O segundo semestre foi indicado por Mardson Campelo como o mais produtivo do ano. O técnico da MC Engenharia disse que no intervalo de janeiro a setembro deste ano, houve incremento de 5% a 8% no negócios, ante o mesmo período do ano passado. “O crescimento das obras é o reflexo imediato da estabilidade econômica do país. A tendência é o aumento do número de projetos da construção civil”, disse o técnico.

Aquecimento nos negócios

Em relação à situação atual do setor, as construtoras e o sindicato concordam com o incremento no número de negócios neste ano. Segundo a gerente comercial da Capital, a construção civil em Manaus apresentou alta no número de projetos já em 2006. “Os negócios no setor começaram a aquecer no ano passado, mas o ‘boom’ aconteceu mesmo em 2007”, comentou.

Maria José Santos informou que o incremento foi percebido pelo surgimento de novas construtoras e aumento no número e na rapidez das vendas. Neste ano, a construtora Capital vendeu 512 unidades do empreendimento Jardim Paradiso, no Campo Sales, em apenas uma semana. O período de maio a setembro foi considerado pela gerente como o melhor período de 2007.

O presidente do Sinduscom-AM informou que o segmento está otimista frente aos números obtidos neste ano. Segundo Joaquim Auzier, o Amazonas teve alta de 10% nos negócios entre janeiro e setembro deste ano. “A expectativa é terminar o ano com crescimento de 5% no PIB (Produto Interno Bruto)”, assegurou.

O representante do construtores locais disse que no período de 1989 a 2003 o setor amargou forte retração. Porém, projeção é que a construção civil no Amazonas obtenha incremento de 15% no acumulado deste ano, comparando com o ano anterior.

De acordo com o IBGE, o segmento no Amazonas teve aumento de 0,74% em setembro, comparando com o mês de agosto. No acumulado do ano, o crescimento registrado foi de 4,83%. Nos último

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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