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Amazonas ganha empresas e empregos, mas reduz média salarial

O Amazonas registrou 38.589 unidades de empresas, entre 2018 e 2019. Cresceu 10,6%, sendo a melhor marca desde 2013. Em paralelo, o número de trabalhadores avançou 2,1% e chegou a 641.442. Em ambos os casos, o Estado ficou na segunda posição do ranking da região Norte. O salário médio mensal, contudo, encolheu 1,8%, no mesmo período. As estatísticas são do Cempre (Cadastro Central de Empresas), realizado com informações do IBGE e da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

O mesmo levantamento informa que Barreirinha (77,5%) e São Paulo de Olivença (-46,7%) ficaram nos extremos opostos, em termos de evolução de pessoas ocupadas, enquanto Presidente Figueiredo (R$ 3.175,12) foi o município com o maior salário médio mensal. O comércio (16.557 e 5,7%) foi o setor econômico do Amazonas com maior número de unidades, ao mesmo temo em que a indústria extrativa (+51,3%) foi a que apresentou maior incremento no mesmo quesito, seguida pelas as atividades imobiliárias também cresceram consideravelmente (42,4%). Administração pública, defesa e seguridade social (135.530) foi o segmento com maior número de funcionários.

Na região Norte, o Amazonas só perde para o Pará (81.626) em termos de quantidade de empresas, ficando à frente de Rondônia (36.307) e dos demais vizinhos. Manaus (28.781) despontou na primeira posição de seu ranking municipal, sendo seguida à distância por Itacoatiara (913), Parintins (656), Manacapuru (654) e Humaitá (641). Na outra ponta, ficaram Caapiranga (17), Atalaia do Norte e Amaturá (ambos com 25). De 2018 para 2019, a capital ganhou 3.026 unidades, enquanto Parintins, Manicoré e Maués foram na direção contrária.

Em relação ao número de pessoas ocupadas, o Amazonas também foi precedido pelo Pará (1.188.643). O pessoal ocupado, por outro lado, avançou 1,8% (10.763) no Estado, assim como o de sócios e proprietários subiu 6,7% (2.569). Foram os melhores desempenhos da Região Norte, em ambos os casos. Manaus (+2,1% e 508.306) foi seguida por Itacoatiara (9.906), Coari (7.945), Manacapuru (7.184) e Parintins (6.716). Os municípios com os menores contingentes de trabalhadores foram Ipixuna (344), Itapiranga (379) e Silves (524).

Salários e atividades

O salário médio mensal do Amazonas foi de R$ 2.865,62, sendo 1,8% mais baixo do que o do exercício anterior, apesar o somatório dos salários e outras remunerações (R$ 22,8 bilhões) ter sido 1,9% superior. O Estado ficou em terceiro lugar na região Norte, em termos salariais, ficando atrás do Amapá (R$ 3.462,55) e de Roraima (R$ 3.116,59), enquanto Rondônia (R$ 2.473,41) ficou no rodapé. Manaus (R$ 3.095,65) ficou atrás de Presidente Figueiredo, ao passo que Coari (R$ 2.727,18), Careiro (R$ 2.127,18) e Anori (R$ 2.001,45) vieram em seguida. Só a capital, assim como Careiro e Anori, avançou na estatística. 

O comércio (16.557) voltou a liderar em termos de quantidade de empresas, assim como os maiores crescimentos se deram nas indústrias extrativas (+51,3%) e atividades imobiliárias (42,4%). A administração pública (135.530) voltou a encabeçar o ranking amazonense de pessoal ocupado. O segmento de indústrias extrativas (+29) teve o maior saldo de crescimento e órgãos internacionais, o pior – com corte de 63 mil postos de trabalho. Os salários médios mensais mais elevados vieram da indústria extrativa (R$ 11.242,16) e os mais baixos, da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (R$ 1.220,24).

Em termos de natureza jurídica, as entidades empresariais tiveram crescimento de 10,7% na quantidade de empresas (34.674), respondendo por 89,9% do total do Amazonas. As entidades sem fins lucrativos tiveram fatia 9,2% (3.538) e tiveram variação positiva 9,6%, de 2018 para 2019. Na última posição está a administração pública (377), totalizando 1% das unidades registrada pelo Estado com incremento de 6,5%, na mesma comparação. 

Na análise por porte de empresas e outras organizações, 81,9% tinham até nove pessoas ocupadas, sendo seguidas por aquelas que empregavam de 10 a 49 (14,4%), entre 50 e 249 (2,8%) e 250 trabalhadores ou mais (0,9%). Apesar do predomínio das organizações com menor porte na estrutura empresarial amazonense, a maior participação na variável econômica de “pessoal ocupado assalariado” veio daquelas cujo contingente ultrapassava 250 funcionários (57,4%).

Menos dependência

Em sua análise para a reportagem do Jornal do Commercio, o supervisor de disseminação de informações do IBGE-AM, Adjalma Nogueira Jaques, salienta que, independentemente da alteração de sua metodologia, a pesquisa mostra uma evolução do nível de empresas e suas filiais que atuam dentro do território. O pesquisador observa que o Estado evoluiu mais que a capital, a ponto de ter aumentado seu número de unidades locais em todas as atividades econômicas sondadas. 

“Permanece o domínio absoluto da atividade comércio na economia, o que não é diferente de outras praças. Em nível municipal, é gratificante ver que Presidente Figueiredo possui o melhor salário médio do Estado para os trabalhadores das empresas formais. Alguns municípios estão se destacando, o que mostra uma economia própria, fugindo da tão normal dependência do poder publico”, arrematou.

Foto/Destaque: Divulgação

Marco Dassori

É repórter do Jornal do Commercio
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