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Valor da cesta básica cai 1,38% em Manaus

Manaus apresentou diminuição de 1,38% no valor de sua cesta básica comercializada em abril, em relação ao apurado no mês anterior. Com isso, a cidade caiu da 5ª para a 7ª posição no ranking das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que avalia a variação mensal de custo da cesta básica nas principais cidades do país. Em abril, o manauara gastou R$ 247,92 para comprar os 11 itens da cesta básica pesquisados e que custavam R$ 251,38 em março.
Em relação ao mesmo período do ano passado, quando a cesta básica com a mesma quantidade de itens custava R$ 241,52, o valor divulgado pelo Dieese apresentou uma pequena alta de R$ 6,40. Mas, de acordo com a supervisora técnica do escritório regional do Dieese no Amazonas, Alessandra Cadamuro, o valor da variação mensal de custo da cesta básica vem sofrendo redução pelo terceiro mês consecutivo. “Na verdade, o valor da cesta básica aumentou por seis meses consecutivos e os valores se equilibraram nos últimos meses”, destacou.
Em relação a outras capitais, Alessandra avaliou que a posição de Manaus é muito positiva. “O que aconteceu foi que as outras capitais passaram Manaus. Ou seja, tiveram aumento considerável no valor de alguns itens” ressaltou.
Os itens que apresentaram maior redução foram o feijão (-6,49%), a manteiga (-5,53%) e a farinha de mandioca (-5,51%). “Já registramos os maiores acréscimos nos produtos negociados por commodities, que são o café e o óleo de soja. Ambos apresentaram 2,45% de aumento. Os que tiveram mais redução são os itens que são produzidos aqui”. Com esse resultado, a supervisora técnica do escritório regional do Dieese no Amazonas explicou que em relação às análises nacionais Manaus não apresentou aumento generalizado dos preços dos alimentos. “A posição do Amazonas é muito positiva em relação aos demais Estados. A boa safra local foi um dos fatores que ajudou na redução do preço dos alimentos”, apontou.
Para o economista e conselheiro do Corecon/AM (Conselho Regional de Economia do Estado do Amazonas), Edson Nogueira Fernades Júnior, a baixa nos preços dos alimentos também obedece ao fator sazonal. “A questão é muito ligada à sazonalidade. Tem muitos itens da cesta básica que, dependendo do mês do ano, apresentam uma subida ou uma queda. Agora, o que eu acho o maior destaque é a posição de Manaus em comparação com as outras capitais. Durante muito tempo a gente estava em terceiro lugar. O que está acontecendo é que há um processo de alta dos preços em outras capitais, que não está ocorrendo em Manaus. Mês passado, São Paulo e Porto alegre apresentaram as maiores altas. Em cidades como Porto Alegre, por exemplo, a cesta básica sofre muito com o peso do valor da carne, que vem aumentado todos os meses”, analisou.
Conforme o levantamento do Dieese, as maiores reduções no valor da cesta básica ocorreram em Salvador (-7,87%), Recife (-3,69%) e Aracaju (-3,36%). As capitais que apresentaram os maiores índices nos preços dos produtos de alimentação básica foram Porto Alegre (+1,34%), Florianópolis (+0,91%) e São Paulo (+0,35%). Esta última fechou o valor absoluto da cesta básica em R$ 268,52. Porto Alegre ocupa a posição seguinte no ranking das capitais mais caras, com o preço da cesta correspondendo a R$ 264,63. Já Vitória (ES) ficou em terceiro lugar, com R$ 256,12.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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