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Setor privado no Amazonas tem crescimento em empregos formais da saúde

Em janeiro de 2024, o número de pessoas empregadas na cadeia produtiva da saúde do

Estado do Amazonas foi de 69.508, considerando setor público e privado e empregos diretos e indiretos.  As informações são do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde nº 68, do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar). Esse montante resultou em crescimento de 1,2%  em relação a outubro de 2023 (3 meses) encerrados em janeiro. Os dados se referem aos últimos três meses encerrados em janeiro. Vale salientar que o mercado de trabalho total no Estado teve aumento de 0,2%, totalizando 518.157 empregos formais.

Do total de 69.508 empregados na cadeia da saúde do Estado do Amazonas em janeiro de 24, 32.746 ou 47% eram vínculos do setor privado com carteira assinada. Destaca-se que para o Brasil essa proporção é de 81%. O desempenho positivo do mercado de trabalho na cadeia da saúde foi puxado pelo setor público que, em 3 meses, cresceu 2,8%, enquanto o setor privado apresentou queda.

O número de pessoas empregadas no setor de saúde a cada 100.000 habitantes em

janeiro deste ano foi de 2.433 no Brasil. No Estado do Amazonas o número é inferior à média brasileira e da região Norte, já que em janeiro  havia 1.764 empregados na cadeia da saúde a cada 100 mil habitantes nesse estado. Houve crescimento de 2,0% em relação a igual mês de 2023 no Estado, enquanto houve aumento de 4,3% no país e 21,4% na região Norte. O Amazonas apresentou 21,1% das contratações na cadeia de saúde, em janeiro de 2024, na região.

Para o  superintendente executivo do IESS, José Cechin, “Nota-se que o Amazonas se sobressaiu em termos de contratações na área da saúde. O Estado registrou crescimento de 1,2% na cadeia, no trimestre, apenas 0,4 pontos percentuais abaixo do indicador nacional, que ficou em 1.6%. O bom desempenho foi puxado especialmente pelo setor público, que cresceu ainda mais (2,8%) em volume de novas oportunidades”, afirma o superintendente executivo.

Os dados refletem que a saúde nunca esteve tão em evidência com pessoas preocupadas em priorizar a vida. “Diversas pesquisas apontam  que a área da saúde, teve um boom após a pandemia e segue em constante crescimento”, comentou a técnica em enfermagem, Giovana Barros. Ela está entre a fatia de profissionais da saúde contratados para atuar na área dentro de uma rede privada. “Eu acredito que estamos falando de um mercado que vai prosperar ainda mais ao longo dos anos. A Covid impactou milhões de pessoas, o que fez as famílias voltar a valorizar a saúde. E esse comportamento tem ajudado o segmento a buscar profissionais cada vez mais qualificados para estarem no front. Tem muito profissional capacitado em busca de oportunidades na area”, disse ela que atua numa rede privada de hospitais contratada a pouco mais de seis meses. 

Em um texto divulgado pelo executivo de RH Marcelo Marcondes, o especialista explica que o recrutamento e a seleção de profissionais da área da saúde podem ser desafiadores, em especial quando a demanda de serviços tem um crescimento rápido e é preciso realizar novas contratações de forma urgente.

Isso porque contratações mal feitas podem trazer inúmeros prejuízos aos hospitais e clínicas. Por esse motivo, o processo deve ser feito com muito cuidado e atenção, desde o planejamento até a contratação dos novos talentos.

De acordo com o especialista, para que as contratações sejam eficientes, é fundamental contar com as melhores práticas de recrutamento no setor da saúde. Somente assim será possível realizar um recrutamento eficaz, que garanta aos pacientes o melhor atendimento possível.

A partir de fevereiro de 2020, o Ministério da Economia substituiu o uso do Sistema do Caged pelo Sistema de eSocial (Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas) para parte das empresas. Para divulgar as informações do emprego formal foi constituído o Dezo Caged, que é composto por informações captadas dos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web. Essa mudança também afetou o tipo de informação que é divulgada.

Nos primeiros meses de 2020 não havia divulgação dos dados por classes da CNAE,

impossibilitando a verificação do emprego na cadeia privada da saúde. A secretária voltou a

divulgar os dados desagregados, permitindo ao IESS divulgar mensalmente os dados da cadeia privada de saúde.

Sobre o objetivo do  relatório da cadeia de atividades do sistema de saúde, a ideia é fornecer um panorama da geração de postos de trabalho pela cadeia de atividades que integram o sistema de Saúde. 

Nacional

Os empregos gerados na cadeia produtiva da saúde tiveram alta de 0,3% nos últimos três meses encerrados em dezembro do ano passado e somam um total de 4 milhões e 867 mil vínculos no país. Desses, a maior parte, 3,9 milhões (81%) são contratações diretas do setor privado, e o restante, 920,6 mil, são do setor público.  O crescimento em 12 meses foi de 3,6%.

O estudo considera os setores público, privado e empregos diretos e indiretos sendo que, do total de vínculos na cadeia, praticamente metade (2,4 milhões) pertencem à região Sudeste. Na mesma comparação trimestral, o mercado de trabalho da economia teve leve retração de 0,3%. 

A região que mais cresceu, no entanto, levando-se em conta a variação percentual do trimestre, foi a Centro-Oeste (1%). No Norte, o aumento foi (0,9%), seguido por Sudeste (0,8%), e Sul (0,3%). No Nordeste, houve queda de 1,6% no volume de contratações.  

“Os dados mostram que, com exceção do Nordeste, que teve uma leve queda, nas demais regiões houve alta nas contratações puxadas, especialmente, pelo setor privado. Norte e Nordeste se destacam por contabilizarem os maiores pesos em relação aos empregos da cadeia no mercado de trabalho total, com 13,1% e 12,7%, respectivamente”, afirma o superintendente executivo do IESS, José Cechin.

Já o saldo mensal de oportunidades, registrado em dezembro, ficou negativo em 18,5 mil empregos no setor. No acumulado do ano, considerando os subsetores, o que mais gerou empregos formais na cadeia foi o de prestadores (109,2 mil), seguido por fornecedores (44 mil). Já as operadoras tiveram saldo de 2,9 mil postos de trabalho. No total, o saldo do setor privado (156,2 mil) representa 11,2% do volume gerado pela economia (1,4 milhão).  

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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