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Setor imobiliário não sente crise no Distrito

Demanda por locação e compra de galpões no distrito industrial é crescente

O mercado imobiliário amazonense se mantém firme e reage ao cenário de recessão econômica nacional. Segundo corretores de imóveis, a demanda por locação e compra de galpões no Distrito Industrial é crescente, mesmo assim, o segmento está em alerta a um possível “efeito dominó” que poderá atingir o setor nos próximos meses. Uma dificuldade apresentada pelos profissionais é que por conta da crise financeira os empresários buscam negociar terrenos por preços mais baixos do que o ofertado na capital.
A vice-presidente do Sindimóveis-AM (Sindicato dos Corretores de Imóveis do Amazonas), Jane Picanço, afirma que a economia além de outros setores, também move o segmento imobiliário e que a recessão econômica pode, a médio prazo, atingir o setor, com o seu ‘efeito dominó’.
Jane ainda lembra que o setor imobiliário envolve áreas como a arquitetura e a construção civil, que também podem sofrer reduções nas relações de oferta e procura pelos serviços. “O mercado econômico brasileiro sofre pressão com esses ajustes financeiros e isso atinge as indústrias. Logo, elas precisam reduzir seus gastos. Hoje, algumas empresas saem do Distrito Industrial para se instalarem em outras áreas da cidade como na avenida Torquato Tapajós”, destaca. “Mesmo assim, há uma demanda estável quanto à locação e compra de imóveis em Manaus”, completa.
Segundo o vice-presidente do Creci AM-RR (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Amazonas e Roraima 18ª Região), Paulo Júnior, o mercado da corretagem imobiliária continua aquecido. Porém, ele comenta que há situações em que o empresário busca uma área mais extensa e em localização estratégica, exigências que nem sempre é possível atender. “Atendemos à demanda de locação e compra de imóveis mesmo com o fator crise financeira. Mas, há empresas que para atuar na capital, precisam de maior área e melhor localização, e em alguns casos, não conseguimos atendê-las”, frisa.
De acordo com o corretor de imóveis, Maike Araújo, que oferta galpões localizados no Distrito Industrial, zona Sul, a procura pelas áreas designadas à instalação de empresas no PIM (Polo Industrial de Manaus) é crescente, mas, ele ressalta que quase que diariamente tem que saber negociar ante as barganhas propostas pelos empresários que buscam uma negociação, seja por meio da compra ou da locação de imóveis. “Os empresários querem reduzir os gastos, então, tentam fechar os contratos a preços mais baixos, quase que pela metade do preço ofertado. Se um terreno custa R$30 mil, eles querem pagar somente R$15 mil”, conta.
Araújo informa que um metro quadrado é comercializado por valores entre R$18 e R$19. Para o corretor, a oferta de diversos galpões, no distrito industrial, identificados com placas de aluguel ou venda são justificados por mudanças nos endereços e não pelo fechamento total de uma fábrica. Ele conta que somente neste mês fechou contratos com três empresas que saíram da área central do Distrito Industrial e se instalaram nas proximidades do porto de Manaus. “As fabricantes têm interesse em estar próximo à área portuária. Atendo constantemente pedidos com essa solicitação”, disse.

Priscila Caldas
[email protected]

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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