A indústria de implementos rodoviários, que envolve a fabricação de carrocerias para caminhões, já dá sinais de crescimento depois da crise de 2009. Com previsão de R$ 700 milhões em investimentos para os dois próximos anos, a expectativa é passar de 150 mil unidades por ano para 200 mil unidades vendidas. Em 2010 a previsão é chegar a 170 mil unidades e faturamento alcançar R$ 6 bilhões.
De acordo com a Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários), os números apontaram um crescimento de 52,91% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2009.
Ao todo, 75,5 mil equipamentos foram emplacados nos primeiros seis meses deste ano, contra 49,3 mil no mesmo período de 2009. “Nosso crescimento vem aliado ao que aconteceu com o segmento de caminhões, que registrou aumento de 53,7%”, destacou o presidente da Anfir, Rafael Wolf.
Para o executivo, as metas e planos para 2010 foram otimizadas pelo mercado “Iniciamos 2010 esperando crescer entre 8% a 10% sobre 2009 mas, com o bom desempenho obtido no primeiro semestre, reavaliamos nossas projeções para cerca de 30%”, salientou.
Wolf explica que o desempenho do segmento de implementos rodoviários é reflexo do que acontece na economia brasileira “Setores como a construção civil, agronegócios e infraestrutura foram fundamentais para esse desempenho”, argumentou.
Além do mercado interno, Wolf conta com as exportações para ampliar as vendas. “Esperamos exportar até cinco mil unidades até o fim do ano”, anunciou o dirigente. “O sinal do crescimento do mercado é que países como Estados Unidos, antes considerado uma potência na indústria de implementos, hoje fabrica cerca de 60 mil unidades ao ano, muito a abaixo do que nós produzimos”, completou.
Material ferroviário
A indústria brasileira de material ferroviário também elevou a previsão de produção para este ano. De acordo com dados da Abifer (Associação Brasileira de Implementos Ferroviários), a produção dos seis primeiros meses do ano chegou a 2.650 vagões, 500 a mais do que a previsão feita em 2009. Com o aumento, a associação espera fechar 2010 com uma carteira de pedidos com mais de 3.000 unidades, quase 75% a mais do que a produção de 2009, que não chegou a 1.030 unidades. Em termos de faturamento, a expectativa é que o setor supere os R$ 2,6 bilhões atingidos em 2008.
