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Semana Nacional do Trânsito traz reflexões e aponta desafios

Andréia Leite

Insta: @andreiasleite_   Face: @jcommercio

Dados fornecidos pelo IMMU (Instituto Municipal de Mobilidade Urbana) registrou de janeiro a setembro de 2022 que a média diária de vítimas fatais de acidentes na capital amazonense, foi de 0,61% pessoas, o que corresponde a um aumento de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Os índices em Manaus são apenas um recorte do cenário cada vez mais violento de mortes no trânsito em todo país. 

E diante de vários indicadores apontando a alta no número de mortes decorrentes de acidentes, a SNT (Semana Nacional do Trânsito) 2022 traz um tema pertinente frente ao cenário. O Juntos Salvamos Vidas,  definido pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito). promove a reflexão sobre a importância de medidas de segurança no trânsito e sobre os enormes problemas que o uso excessivo de automóveis e motocicletas causa ao meio ambiente e ao bem-estar da sociedade. Além disso, conscientizar a população sobre a necessidade da participação e da responsabilidade de todos, do pedestre ao motorista, para promover a segurança viária do país. 

O engenheiro de trânsito  Manoel Paiva faz uma análise dos principais desafios que cercam a mobilidade e as reflexões de um problema urgente que afeta várias capitais no país. “As pessoas precisam ser mais coletivas, mais disciplinadas. Independente de ações e campanhas e planos de engenharia precisa existir uma mudança comportamental”. 

É o que corrobora o especialista em trânsito  Celso Alves Mariano. “Devemos estar atentos ao fato de que campanhas são ações pontuais com objetivo de despertar e chamar a atenção para determinados públicos e situações. Contudo, não significa que devemos direcionar o nosso cuidado e preocupação somente para o que está sendo proposto. Precisamos mudar o nosso comportamento no trânsito para preservarmos a vida e isso implica no compromisso de sermos pessoas melhores”.

Em Manaus, cerca de 164 pessoas morreram em acidentes de trânsito no período de janeiro a setembro de 2022, representando um aumento de 6,5%, em relação ao mesmo período de 2021. A maioria das vítimas que perderam a vida em acidentes de trânsito em Manaus no corrente ano, foi motociclista, com 66 óbitos até setembro de 2022. O maior aumento comparativo foi de 50,0% o número de vítimas fatais de pessoas que utilizam em seus deslocamentos como passageiros (através de motocicletas e automóveis), totalizando 21 perdas de usuários. O número de vítimas fatais na categoria de pedestres, também aumentou em 20,0%, em relação ao ano passado, totalizando 61 pessoas que morreram no trânsito de nossa cidade. 

Paiva  lembra que passará a valer o funcionamento do programa RNPC (Registro Nacional Positivo de Condutores) que visa premiar o bom comportamento de condutores que não cometeram infração de trânsito nos últimos 12 meses. O objetivo é promover a direção segura, por meio da oferta de benefícios a motoristas que não cometam infrações de trânsito dentro do intervalo de um ano, no mínimo.

O Registro Nacional, também chamado de Cadastro Positivo de Motoristas, foi incorporado ao Código de Trânsito Brasileiro na alteração feita em 2020 e regulamentado por deliberação do Contran. Respeitar as leis de trânsito, além de evitar acidentes e preservar vidas, também poderá resultar em benefícios fiscais ou tarifários para os condutores que passarem um ano sem cometer infrações de trânsito.

Programa

Os crescimentos dos acidentes evidenciam a necessidade de ações enérgicas nas vias da capital. Nesse aspecto, vale salientar também que o Amazonas agora faz parte do Pnatrans (Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito). A iniciativa federal, cujo objetivo é atingir a meta da ONU (Organização das Nações Unidas) de reduzir o número de óbitos e lesões decorrentes de acidentes de trânsito em 50% até 2030.

Segundo o engenheiro civil de transporte e trânsito Manoel Paiva, o Pnatrans existe desde de 2010, mas só agora que o Amazonas resolveu aderir. Trata-se de um projeto mundial com excelente proposta.  Para ele, o mais importante do plano são as questões de mobilidade, integrada, sustentável e inclusiva.

“A mobilidade é parte integrante de quase todos os aspectos da rotina da sociedade. As pessoas saem de casa e dependem de um sistema de vias e modais integrados para chegar ao trabalho e à escola, obter comida e atender a uma série de necessidades familiares e sociais diárias”. Isso porque a abrangência do impacto do sistema de mobilidade nas vidas das pessoas  é tamanha que a segurança viária –ou a falta dela – acaba afetando uma ampla gama de necessidades humanas básicas.

“Desse modo, a mobilidad

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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