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Reabertura do comércio em Manaus dentro do esperado

Divulgação

O primeiro dia do primeiro ciclo de retorno das atividades do comércio de bens não essenciais de Manaus, em tempos de refluxo dos números locais da pandemia do Covid-19, correu sem maiores incidentes entre lojistas e consumidores, além de ter registrado números dentro do que era aguardado pelos empresários, segundo as lideranças das entidades classistas do setor ouvidas pelo Jornal do Commercio.

O movimento foi morno, ficando entre 40% e 50% abaixo do que seria registrado em começo de junho sem pandemia, mas em sintonia com o que se poderia esperar em um período recessivo – e a despeito da proximidade do Dia dos Namorados. Os lojistas argumentam, contudo, que a chuva induziu um fluxo menor no varejo de Manaus, nesta segunda (1º), embora o público tenha comparecido em massa sob as marquises do Centro da capital.

Estão inclusas nesta primeira fase – que se estende até o dia 14 de junho – as lojas de artigos esportivos e de bicicletas (venda e reparo); de artigos para casa; de vestuário, acessórios e calçados; de móveis e colchões; e de variedades. Joalherias e relojoarias, assim como o comércio de artigos médicos e ortopédicos, óticas, floriculturas, bancas de revistas em logradouros públicos, petshops e concessionárias de veículos também estão na lista.

“Nesse primeiro dia, a quantidade de pessoas que foram fazer suas compras foi, em número dentro do esperado. O que parece uma aglomeração, nada mais é do que pessoas que estavam se protegendo da chuva, apesar das fotos que saíram em redes sociais. As vendas foram totalmente dentro da normalidade, nenhuma loja lotou, e todas seguiram o protocolo exigido”, afiançou o presidente da FCDL-AM (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Amazonas), Ezra Azury.

O dirigente diz que as vendas foram “constantes”, mas nada “de outro mundo”, e ocorreram de forma ordenada. A expectativa para os próximos dias, de acordo com Azury, é que sejam mantida a tranquilidade no fluxo das lojas, já que não é necessário que “todos venham ao mesmo tempo”, uma vez que o comércio vai operar de forma normal. 

“Tem a semana toda para ir e não precisa aglomerar. A ordem e comprar com tranquilidade. Se você vir uma loja que esteja muito cheia, não entre lá. Espere um pouco e vá depois. Vamos fazer a coisa da maneira mais suave possível para que a economia continue funcionando, sem aumentar o número de casos”, recomendou. 

“Bom recomeço”

Em sintonia, o presidente da ACA (Associação Comercial do Amazonas), Ataliba David Antonio Filho, avalia que esta segunda-feira mostrou sinais de um bom recomeço para o varejo de Manaus, após amargar 70 dias de portas fechadas e vendas zeradas para a imensa maioria das empresas, que não teve como correr para o delivery ou drive-thru para desafogar as contas.

“O saldo foi muito positivo e saudável para o comércio. Tivemos muita gente que aproveitou para vir pagar contas e até arriscar uma compra represada, mas tudo foi tranquilo. As vendas só não foram maiores por causa da chuva, que acabou gerando essa pequena aglomeração nas marquises. Acho que a tendência é que a gente tenha um movimento estável. Mas isso já dá um fôlego aos lojistas e garante que a economia continue girando, com a preservação de empregos e geração de arrecadação para o governo”, asseverou. 

Máscaras para clientes

Na mesma linha, o presidente em exercício da Fecomercio-AM (Federação do Comércio de Bens e Serviços do Amazonas), Aderson Frota, também anotou um dia sem menores transtornos para lojistas e consumidores, com exceção da chuva. O dirigente compara esse começo de retorno às atividades dos setor ao primeiro dia de um estudante na escola e diz que a entidade até sugeriu que as empresas oferecessem máscaras aos clientes que estivessem sem a sua, para permitir seu ingresso no estabelecimento.  

“É necessário, pois seremos responsabilizados se ocorrer o contrário. Estamos fazendo nossa parte, evitando aglomerações, mantendo a higienização dos ambientes e a disposição de pias e álcool em gel. Passamos 70 dias fechados e alguns segmentos estão caminhando para chegar aos 90 dias nessa situação. Com todas as dificuldades, estamos caminhando para a normalidade. Tivemos um movimento normal e nenhum associado nos relatou problemas. Esperamos conseguir sobreviver e manter os empregos”, ponderou.

Retomada gradativa

Um dos segmentos contemplados nesta primeira fase de retorno do comércio é o de concessionárias de veículos. O presidente do Sincodiv-AM (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Estado do Amazonas), João dos Santos Braga Neto, também avalia que o dia se deu sem sobressaltos para o segmento e lembra que as lojas vinham trabalhando apenas com suas oficinas, restringindo suas vendas ao modo online.

“Este primeiro dia em que voltamos a operar plenamente nas lojas físicas foi bem tranquilo e sem aglomerações. Esperamos que as coisas ocorram assim, sem sobressaltos. Tivemos uma pequena queda no fluxo das oficinas, devido à chuva. Nossa expectativa é que as empresas consigam fechar o junho com um movimento equivalente a 60% da média do que seria registrado neste mês, sem a pandemia. Esperamos que o mercado cresça gradativamente, a partir daí”, finalizou.

Fonte: Marco Dassori

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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