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PIB do Amazonas alcança R$ 25 bilhões no segundo trimestre

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O PIB do Amazonas encostou nos R$ 25,29 bilhões no segundo trimestre de 2019 e registrou alta nominal de 3,90% em relação ao mesmo período de 2018. Descontada a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), houve crescimento real de 0,52%. Os números foram fornecidos Seplancti (Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), a partir de um estudo com os dados do IBGE. 

Entre os setores listados pelo Depi (Departamento de Estudos, Pesquisas e Informações) do órgão, apenas a rubrica imposto registrou resultado negativo nas comparações entre o segundo trimestre de 2019 e o segundo trimestre de 2018. 

Responsável por 51,92%, serviços (que inclui comércio) respondeu por R$ 13,13 bilhões, e avançou 5,04% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 12,50 bilhões). A indústria (R$ 7,47 bilhões) comparece na segunda posição, com fatia de 29,53% do PIB e alta de 3,40% em relação a 2018 (R$ 7,22 bilhões). Na sequência, agropecuária (R$ 1,83 bilhão) contribui com 7,24% do PIB e cresceu 7,28% no mesmo período.

“O crescimento pequeno, mas substancial do varejo reflete um momento de maior confiança. Enquanto a indústria se retrai, o setor vem contratando e investindo em estoques. E já é responsável por 65% da arrecadação do ICMS”, frisou o presidente em exercício da Fecomercio-AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas), Aderson Frota.

CAS e festas

A indústria de transformação, que representa 80% do setor no Estado, apresentou elevação de 4,49% na mesma comparação. A atividade que mais impulsionou o setor foi a de máquinas e equipamentos (que equivale a linha de produção de condicionadores de ar), com 56,01% de alta. As divisões industriais de bebidas e de outros equipamentos de transporte (o polo de duas rodas) vieram na sequência, com expansões de 15,09% e de 9,13%, respectivamente.

“Os segmentos em destaque continuam os mesmos, mas nossas expectativas são boas para os próximos meses, pela aproximação das festas de fim de ano e com as próximas reuniões do CAS [Conselho de Administração da Suframa]. E esperamos um 2020 mais positivo”, ponderou o vice presidente da Fieam e presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus, Nelson Azevedo.

Menos petróleo

A indústria extrativa do Amazonas, por outro lado, sofreu recuo de 1,80% no volume produzido, impactada pela menor produção de petróleo em relação ao segundo trimestre de 2018 (-11,42%) e ao primeiro trimestre de 2019 (-4,10%). Apesar da queda no segmento de combustível, o gás natural teve aumento em sua produção (+5,57% e +1,23%, respectivamente).

A Seplancti destaca que os preços internacionais de petróleo e gás natural também caíram na comparação com o segundo trimestre de 2018, e que o crescimento no PIB industrial é influenciado pela alta do dólar. O câmbio por outro lado avançou 10,39%, de R$ 3,55 para R$ 3,92.

O titular da Seplancti, Jório Veiga, salientou ao Jornal do Commercio, por meio de sua assessoria de imprensa, que o desempenho do PIB reflete o esforço que o Estado vem empreendendo para atrair novos investimentos, apesar da crise que afeta a economia do país. 

O Amazonas, segundo o secretário, conta com um dos melhores centros industriais do país, e deve ter sua base econômica expandida nos próximos meses, a partir da implementação de projetos voltados para o interior, que incluem Rio Preto da Eva, Humaitá e Iranduba. “O governo tem também projetos para exploração de recursos da biodiversidade, mineração sustentável e agronegócio”, encerrou.

 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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