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Otimismo diante dos desafios na luta constante em defesa da ZFM

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Na segunda reunião do CAS (Conselho de Administração da Suframa), o secretário da Sepec (Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade), Carlos Alexandre da Costa, celebrou projetos aprovados e estimulou o empreendedorismo na bioeconomia como potencial de negócio sustentável para a região. O encontro foi realizado ontem (26), no auditório da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).

“Enxergamos a Zona Franca com um centro de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável do mundo. Aqui deveria ser o maior polo de bioeconomia sustentável do mundo. E esse é o momento. O desenvolvimento é o maior vetor de preservação do meio ambiente. Esse é o nosso foco, como escolhemos o crescimento da economia, e a ZFM é o principal vetor disso e precisa ser ampliado para que possamos continuar sendo exemplos. Mas desta vez, gerando mais emprego e renda”,disse. 

Para isso, ele reforçou a importância do CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia) como importante instrumento para gerar um ecossistema empresarial de inovação e atrair oportunidades de negócios através de pesquisas. “Temos que ter empreendedores  e empresas estrangeiras para desenvolver negócios aqui. Agora o trabalho do CBA é desenvolver negócios de uma economia. Alimentar nossos pesquisadores com oportunidades existentes e criar um ecossistema empresarial de inovação. Aqui temos uma biodiversidade com solução para tudo, mas não podemos sair procurando soluções sem saber do mercado”, ressaltou.

Costa mostrou-se bastante animado com os resultados positivos causados pelo crescimento da produção das indústrias do PIM (Polo Industrial de Manaus) nos últimos meses. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o estado registrou crescimento de 2,86% de novos postos de trabalho. Número que teve a participação da indústria e elogiou o trabalho do superintendente da Suframa, Alfredo Menezes.

“Estamos falando de um crescimento do PIM, que eu não lembro ter visto antes. Estamos satisfeitos dos resultados. estamos falando de mais de mil postos de trabalho numa região que precisa continuar gerando emprego. O estado do Amazonas cresce 2,6% em número de empregos nos primeiros seis meses do ano e o Brasil (1,5%). O PIM cresceu mais de 10% nos primeiros meses, ainda temos muitos desafios, ainda temos um volume de produção de emprego aquém do que o estado e a região merecem, mas estamos no caminho certo para que mais empregos sejam gerados.

Alternativas

Apesar do otimismo, o secretário reforçou que é preciso ampliar o modelo de desenvolvimento atual através de uma estratégia de crescimento sustentável. O intuito é mais criar segurança jurídica e atrair novos investidores para gerar mais emprego e renda na região. 

“Precisamos melhorar o modelo de desenvolvimento da região não só para garantir o atual, até porque o atual já não está respondendo às necessidades, porque ainda há pobreza na região. Ainda há a necessidade de ampliarmos o modelo sem trazer insegurança jurídica, que o Brasil já vive durante as duas últimas duas décadas”, frisou. 

Baseado no estudo “Zona Franca de Manaus: Impactos, Efetividade e Oportunidades” elaborado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), o secretário comentou a oscilação do desempenho do Polo Industrial de Manaus, e reforçou que é preciso criar um plano de crescimento constante para fortalecer o modelo e oferecer mais segurança para os investidores.

“Desde a década de 80 a produção fica flutuando parecendo um eletrocardiograma,  sobe e desce e acaba ficando estagnada, levando a uma ligeira tendência de decrescimento nos últimos anos. Precisamos ter uma trajetória de crescimento. Isso é uma segurança econômica que um investidor enxerga como grandes riscos para seus investimentos a longo prazo. Precisamos trabalhar nas bases, não queremos crescimento em cima da areia. Queremos crescimento com base na única coisa que vai fazer que o emprego e a renda seja criada de maneira sustentável: o fundamento econômico empresarial para o país”, disse. 

Oportunidades

Costa destacou, que o momento atual é oportuno para a Zona Franca mostrar para o Brasil, como os benefícios fiscais têm ajudado as empresas instaladas no PIM na preservação da floresta amazônica e no crescimento econômico da região. “Tána hora de dizermos: compre um celular feito na Amazônia, ao invés de comprar um celular chinês, que você estará preservando 100 árvores. Compre um televisor produzido na zona franca de Manaus, compre uma moto produzida lá. Estamos no momento de mostrar ao mundo com coragem porque somos o exemplo. Muitos produtos foram feitos no maior projeto sustentável do mundo. É isso que precisamos dizer, ou sempre vamos ser pressionados por causa das renúncias fiscais da região, que são grandes. Precisamos mostrar os benefícios do modelo”, disse.  

Apoio

De acordo com Costa, o governo federal tem dado sinais claros de apoio para que o PIM continue sendo o modelo forte de desenvolvimento para a região, com o número de projetos aprovados acima da média natural das reuniões do conselho sem que houvesse pedidos de vista ou manobras burocráticas para impedir a execução deles.

“Estamos trabalhando para sustentar os incentivos para região. Somos um governo que prefere fazer do que falar, as evidências são dadas pelas ações e pelos resultados: 10,6% de crescimento da produção industrial nos primeiros meses dos anos. Nosso superintendente tem feito um trabalho brilhante e é assim que mostramos nosso compromisso”, disse.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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