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Pesca esportiva continua em ascensão

Este ano o Amigos do Tarumã, maior torneio de pesca esportiva de tucunaré-açu do Brasil, completa dez anos de realizações e só tem a comemorar os números expressivos que vem alcançando ano após ano. A edição 2024 acontecerá nos dias 20 (Copa Brasil de Pesca Esportiva) e 21 (Amigos do Tarumã) de setembro.

“O torneio de pesca esportiva Amigos do Tarumã surgiu em 2014 com o objetivo principal de divulgar a modalidade e fazer com que os governos desenvolvessem políticas públicas para o seu crescimento, e também chamar a atenção para que a orla de Manaus, especificamente os rios Tarumã Açu e Tarumã Mirim, tivessem um ordenamento turístico tendo em vista que nessa região são realizadas diversas modalidades de esportes (wakeboard, sup, pescaria) que, com certeza, atraem esportistas de várias partes do Brasil”, falou Rogério Bessa, idealizador e organizador do torneio.

Com o passar dos anos, a pesca esportiva do tucunaré se tornou o maior vetor de atrativo turístico para o Amazonas recebendo, a cada temporada, cerca de 35 mil pessoas.

“Devido à competição, surgiu a necessidade de termos uma legislação para que a pesca esportiva seja considerada um esporte, com isso, as instituições públicas passam a ser de grande importância para reconhecer e apoiar a modalidade”, disse.

Desde a primeira edição do Amigos do Tarumã, já passaram pelo torneio mais de dois mil pescadores vindos de 13 municípios, 14 estados e 11 países.

“Na primeira edição participaram 55 duplas e 110 pescadores. Na mais recente edição, de 2023, foram 270 pescadores e a premiação chegou a R$ 80 mil em motores de popa, barcos, pacotes de pesca, acessórios e vários outros. Este ano teremos o torneio de arremesso de peso montado numa mega estrutura, uma pista molhada (piscina de arremesso), na Ponta Negra”, comemorou.

Oásis da pesca        

Em 2023 o torneio movimentou, segundo Rogério, algo em torno de R$ 1.200.000,00.

“O torneio durou dois dias e mais três de treino. Considera-se a movimentação hoteleira, gastronomia, compra de apetrechos de pesca, combustível, transporte e passagens aéreas. Se considerarmos os valores das embarcações que participaram do evento, esse número duplica. Com relação aos empregos gerados, foram em torno de 50, diretos, entre piloteiros, profissionais de montagem e desmontagem dos eventos, produção de audiovisual dentre outros”, informou.

Apesar de o Amazonas estar numa região rica em recursos hídricos e pesqueiros, o que coloca o Estado num patamar de alta potência para a pesca esportiva do tucunaré, a modalidade ainda não acontece em todos os 62 municípios amazonenses. Se destacam, atualmente: Manaus, Iranduba, Itacoatiara, Atalaia do Norte, Barcelos, Santa Izabel do Rio Negro, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, São Gabriel da Cachoeira, Borba, Manicoré, Autazes, Careiro da Várzea, Careiro Castanho, Apuí, São Sebastião do Uatumã, Itapiranga e Boa Vista do Ramos.

O torneio Amigos do Tarumã é aberto a qualquer interessado e só acontece na orla de Manaus, já a Copa Brasil de Pesca Esportiva não é aberta reunindo somente 25 equipes: as atuais campeãs dos torneios de pesca esportiva realizados no Brasil, equipes campeãs do Amigos do Tarumã, além de equipes nacionais e internacionais convidadas.

“O Amazonas é o oásis da pesca, onde estão os recordes mundiais e onde todo pescador quer pescar o tucunaré. Este ano, na Copa Brasil, teremos três equipes internacionais: Paraguai Fishing, Bolívia Top Pesca, e Argentina Fishing. Elas estiveram aqui ano passado e agora retornam. Virão ainda quatro recordistas mundiais. O objetivo da Copa Brasil é levantar a bandeira da pesca de competição tornando-a um esporte profissional, pois hoje é o segundo esporte que mais cresce no Brasil perdendo apenas para o futebol”, afirmou.

Dinâmica da pesca

Este ano Gabriel Zumaeta, finalista do curso de engenharia de pesca da Ufam mostrou os resultados da pesquisa ‘Dinâmica de captura de tucunarés no torneio Amigos do Tarumã: abordagens e tendências na pesca esportiva’, com dados obtidos desde a primeira edição do torneio, em 2014.        

“Entre outros pontos, recomendamos a adoção do uso de fotos e filmagens para registro de biometria; ajuste no tamanho mínimo de captura para o tucunaré-açu paca (Cichla temensis) de 30cm para 32cm, pois um estudo de 2015 identificou que essa espécie entre na maturação sexual ao atingir 31,11cm; e sugerimos o registro das coordenadas geográficas do local da captura e a espécie de tucunaré, pois essas informações são importantes para o acompanhamento da atividade do torneio em relação à saúde das populações de peixes”, explicou Gabriel.

“O objetivo da pesquisa foi fazer a dinâmica da pesca esportiva do tucunaré, tipo a descrição de todo o processo que envolve o torneio, regulamentação, quantos peixes se pode capturar em ‘x’ modalidade, como acontece a captura, como é a aferição, a logística, ou seja, é o processo de descrever o evento de fato”, finalizou.

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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