Líder do mercado gráfico no Amazonas, a editora Novotempo, maior indústria do segmento instalada no PIM (Pólo Industrial de Manaus), projeta faturamento anual de R$ 30 milhões em 2008, receita 20% maior se comparada ao bolo faturado em 2007, quando a empresa faturou R$ 25 milhões.
De acordo com o diretor industrial da editora, Henk Koolen, a expansão no faturamento deve-se, principalmente, aos constantes investimentos realizados ao longo dos últimos nove anos para atender às demandas das empresas locais e multinacionais que fazem parte de sua carteira de clientes.
“Temos um novo parque gráfico, com equipamentos de última geração para superarmos a expectativa de boa impressão dos nossos clientes”, destacou o executivo, ressaltando que os últimos investimentos realizados pela Novotempo somaram R$ 11,5 milhões na compra de uma máquina de encadernação automática e em uma impressora de seis cores.
Segundo o diretor, em médio prazo, a empresa vai estar investindo em uma estação industrial com capacidade para produzir até 20 mil livros e manuais por hora.
Entre as prioridades da editora, também está a valorização e qualificação da sua mão-de-obra, e por não haver formação em Manaus para os profissionais da área gráfica, a Novotempo criou um centro de treinamento para qualificar e capacitar os seus próprios colaboradores.
Segundo o executivo, o trabalho de aprendizagem é realizado por meio de treinamentos periódicos, que ocorrem nas dependências da empresa onde os funcionários participam de aulas teóricas e práticas, oportunidade em que aprimoram o uso eficiente do maquinário industrial. Atualmente, a editora gera 230 empregos diretos e oferece ao seu efetivo um plano de cargos, salários e carreira, que, de acordo com Koolen, é uma forma justa de valorização dos funcionários.
A editora é especializada em impressões, manuais de instruções, caixas em cartão, embalagens, papelão micro-ondulado com laminação e displays. Dentre os clientes da editora estão: Nokia, Sony, Bic, Panasonic, H.Buster, Foxconn, Visiontec, entre outros, que realizam auditorias mensais na editora.
Para atender às grandes multinacionais que fazem parte do seu portfólio de clientes, desde 1999, a Novotempo vem se reestruturando em níveis de atendimento e planejamento organizacional.
O diretor industrial pontuou também que a demanda pelos produtos desenvolvidos pela editora acompanham o crescimento de seus clientes, e diz acreditar que a atual crise financeira internacional não deve interferir nos negócios e produção da Novotempo. “O principal país afetado são os Estados Unidos e parte da Europa, e no Brasil a crise é mais especulativa”, observou. Para o executivo, o segredo para vencer o abalo econômico mundial é ter precaução e criatividade. “A indústria gráfica deve contornar os percalços e continuar exercendo o mesmo nível produtivo”.
Transparência nas relações
A Novotempo é uma indústria global que considera fundamental manter relacionamento estreito com seus parceiros. “Funcionários da empresa estão sempre viajando para identificar preventivamente quais as necessidades dos nossos clientes para superarmos as expectativas”, disse o diretor. Outro ponto fundamental de seus funcionários é a fluência de outros idiomas para não haver dificuldades de comunicação quando lidam com os executivos das multinacionais. Instalada na ZFM (Zona Franca de Manaus) desde 1996, mas sob nova direção desde 1999, a editora Novotempo já expandiu seus negócios e sua produção em mais de 1000%.
A preocupação com a preservação ambiental é também outra bandeira de atuação. Para isso, busca utilizar alternativas de conservação, como a adoção da política de reciclagem de resíduos. Algumas dessas ações já lhe renderam certificações de qualidade (ISO 9001) e ambiental (ISO 14.001), Green Partner, entre outros prêmios e contemplações.
