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Nova gestão de aeroporto em Manaus anima setores

Sob nova gestão, desde o último dia 12, o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes passa a integrar do nohall de transporte aéreo da empresa Vinci Airports. A alteração de gestão faz parte do contrato de concessão assinado com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) sobre os sete aeroportos na região Norte, com durabilidade de trinta anos. A  efetiva instalação das operações da empresa traz perspectivas de melhor logística aérea para o Estado. 

“A Vinci Airports assumiu a gestão do aeroporto este mês, mas já estava em contato com o segmento industrial desde o ano passado. Nossas expectativas são positivas. A ideia é de que a natureza privada da empresa contribua com processos mais céleres e menos burocráticos, resultando na melhoria do sistema logístico local”, estima o presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Antonio Silva.

Ele ressalta que é natural que neste período inicial de transição e acomodação ainda ocorram ajustes, mas a confiança de que, a médio prazo, a empresa apresentará bons resultados para o ambiente local de negócios.

As expectativas em torno do modelo ideal para o desenvolvimento logístico e econômico do Estado é uma demanda antiga de vários setores. Não à toa o terminal aeroportuário está na lista da Anac, como o terceiro em volume de cargas no país. Essa eficiência logística de movimentação de cargas realizada pelo Teca (Terminal de Logística de Carga) do aeroporto Eduardo Gomes, é uma das principais necessidades apontadas por representantes de alguns segmentos.

“Certamente que toda atividade produtora, indústria, comércio e outras atividades que dependem do serviço aeroportuário esperam maior agilidade nos serviços com custo compatível adequado e alinhado com o mercado e a sua expectativa. É isso que nós esperamos”, afirmou Wilson Périco, presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas.  “Esperamos que não só as empresas que atuam nos terminais e na questão dos passageiros, mas principalmente no trabalho operacional de cargas. Temos uma perspectiva clara de mudança, com melhor serviço, mais ágil, mais seguro, e mais competitivo”, acrescentou. 

A experiência da empresa a nível de aeroportos, também traz confiança para o presidente da CDL-Manaus, Ralph Assayag. Ele espera que possam utilizar toda a área do terminal , que os setores possam ser melhor atendidos e que a gestão seja com menos burocracia como antes. “Eu tive contato com o Antônio Mendes que é o gestor de operações e ele disse que estão com muita vontade de dar os resultados e querem falar com a sociedade para ver o que podem melhorar mais, e se isso acontecer, nós temos melhorias para toda população e para os próprios lojistas que operam dentro do terminal aeroportuário. Espero que tenhamos bons resultados com a nova admistração”. 

O gerente do CIN-AM (Centro Internacional de Negócios do Amazonas), Marcelo Lima, vai trazer grandes mudanças ao pensar nas perspectivas em torno do modelo ideal para o desenvolvimento logístico e econômico do Estado. “Essa empresa tem toda uma expertise o que representa um significado muito importante para o Estado com larga experiência no transporte aéreo de cargas, inclusive fazendo esse levantamento sobre o volume de cargas nacional e internacional. A nossa expectativa é a melhor possível, especialmente em relação ao atendimento ao transporte de cargas para atender a indústria do PIM, tanto no aspecto de importação quanto exportação. Acredito que nós só temos a ganhar com essa concessão”. 

Para Lima, a iniciativa privada sempre tem estratégias para garantir maior eficiência substancial, seja no intuito de dar maior prestação de serviço ou mais  velocidade no atendimento. O principal problema, na visão do gerente do CIN, está na lenta operação de mercadorias tanto importadas, como exportadas. “O ideal seria estudar uma melhor forma para agilizar os processos de cargas e descargas. Quanto menor o tempo, menor os custos. Acredito que a agilidade no manuseio dentro dos terminais seria mais vantajosa e com um custo menor de armazenagem. Esperamos que com a concessão à iniciativa privada, a eficiência nos terminais de cargas,“A indústria da ZFM também possui empresas pequenas e médias. “Compreender que o aeroporto não integra com os últimos quilômetros – e na região isso pode ser muito relevante”. 

E sobre os cuidados ele cita construir um diálogo ágil com os stakeholders locais. Atentar que além do Custo Brasil possuímos aqui o Custo Amazônia. E, por fim, ele reitera o convite que fez para a empresa ser Amazônidas, antes de tudo, para que atuem com responsabilidade na região.

Por dentro

Os aeroportos de Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Boa Vista (RR), Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM) e Tefé (AM), também farão parte dos terminais concentrados pela empresa até o fim de fevereiro de 2022.  Com o investimento de R$ 420 milhões, a empresa passa a administrar 53 aeroportos, sendo sete na região Norte e um em Salvador. 

Cronograma

Conforme cronograma divulgado pela Anac a previsão é que até outubro de 2024 a concessionária execute os investimentos obrigatórios. Entre as melhorias previstas para o aeroporto de Manaus estão: adequar a capacidade de processamento de passageiros e bagagens no aeroporto; disponibilizar pátio de aeronaves; prover sistema visual indicador de rampa de aproximação; implantar áreas de segurança, dentre outros. Os sete aeroportos receberão obras de ampliação, manutenção e exploração.

O Jornal do Commercio procurou a empresa para saber quais os planejamentos para as operações no Aeroporto Eduardo Gomes, considerando que o terminal é um polo de desenvolvimento econômico e social para a região, de que forma a empresa pretende viabilizar o processo logístico de movimentação de cargas realizadas pelo Teca, uma das situações mais demandadas em relação às novas mudanças na gestão, além de tentar saber sobre o plano de ação ambiental até 2030 que deve ser adotado pela empresa nos sete aeroportos da região, porém a assessoria respondeu que mais  informações serão disponibilizadas após a integração de todos os sete aeroportos, em março se torne melhor e maior”. 

Análise

Augusto Rocha, diretor adjunto da Coordenadoria de Sistemas de Transportes, Logística, Infraestrutura e Energia da Fieam,  doutor em Engenharia de Transportes, entende que a empresa tem grande tradição, conhecimento e capacidade de gestão para realizar o trabalho necessário no aeroporto internacional de Manaus e nos demais aeroportos que eles assumiram a concessão. “O voto de confiança é grande”. Segundo ele, em reunião sobre o tema foi indicado – Oportunidades; Criação de um hub regional; Criação de mais rotas para o aeroporto (cargas e passageiros); Estímulo para a indústria do turismo; Integrar a estratégia com os demais aeroportos da região.

Já entre as preocupações estão: Como estabelecer uma operação rentável para o operador, com redução de custos para os clientes?

Como atuar em conjunto para condições comerciais competitivas para as indústrias de todos os portes da ZFM?

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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