Pesquisar
Close this search box.

Setor hoteleiro fechou o ano com contratações estagnadas

Apesar da retomada gradual na atividade econômica, o volume de contratações em hotéis em Manaus apresentou estagnação, no último semestre de 2021.  De julho a outubro, foram pouco menos de 5% e manteve-se até o fechamento do ano. A informação é do (Sindechrsam) Sindicato dos Empregados do Comércio Hoteleiro, Bares, Restaurantes e Similares do Amazonas.

Ao fazer um balanço, o presidente avalia que a reabertura do comércio e a retomada das atividades na capital as admissões em hotéis, bares e restaurantes ocorreram de forma pontual. “Embora, os registros dão conta que aumento nos índices na frequência dos consumidores nos estabelecimentos e nos hotéis, os números ainda não refletem em geração de emprego.Com relação às contratações e demissões no segmento hoteleiro durante o ano de 2021, quase não houve”, a firma o presidente do sindicato, Gerson Almeida,

Para ele, houve sim, melhora no que diz respeito a movimentação dos clientes nesses locais, contudo, não refletiu em contratações”. Conforme ele, as empresas frearam um pouco as contratações em razão dos prejuízos causados pela pandemia. Um movimento que ganhou força foram as contratações avulsas,  principalmente em restaurantes. 

“Já para o segmento de restaurantes e bares,  houve uma pequena realização de contratações entre 6% a 7%, ainda assim bem tímidas, inclusive com vínculo empregatício bem pouco, as maiores demandas foram para mão de obra informal, os tradicionais freelancer”. 

Outro ponto citado por ele dentro dos indicadores do balanço, é que no primeiro semestre de 2021 o quadro de colaboradores das empresas foi mantido por meio do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, do governo federal, também sem contratações.

A expectativa do sindicato era que até dezembro a categoria demandasse novos empregos fechasse o ano com incremento de 10% de postos de trabalho em relação a igual período de 2019, antes da pandemia, o que não ocorreu. 

Com a flexibilização cada vez maior das restrições de circulação de pessoas, o avanço da imunização contra a Covid-19 somados a segurança dos brasileiros dispostos a viajar, o setor hoteleiro no Amazonas, registrou, em novembro, ocupações acima de 50% 

Apesar do índice de ocupação ainda estar aquém do esperado, a hotelaria amazonense vinha demonstrando recuperação gradativa. Na ocasião, o presidente da Abih-AM (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Amazonas), Roberto Bulbol, disse que o turismo receptivo estava retomando aos poucos a rotina. No início do semestre registrou uma taxa média de ocupação em torno de 20%.

Números

A Abrasel-AM, confirma que as empresas perderam 62% do quadro laboral em 2021, em relação aos registados em 2019. Na tentativa de segurar a mão de obra, as empresas aderiram ao programa emergencial criado pelo governo federal, além de utilizar capital próprio.

Frustração

Para completar, um balde de água fria minou as esperanças do setor neste início de ano, que aguardava a temporada de cruzeiros, período que gera em torno de 20% a 30% da mão de obra temporária. Mas com o cancelamento da temporada, o cenário mudou completamente. 

“Existia uma expectativa em relação ao anúncio, o que trouxe ânimo. Era uma excelente oportunidade para os prestadores de serviços temporários como guias de turismo e recepcionistas, o artesanato de toda uma cadeia. A passagem desses navios traz um reflexo econômico satisfatório para o Estado e oportunidades de contratações temporárias”. 

Novo cenário

Para o presidente, o panorama atual é o  mais negativo possível para o setor do comércio de serviços de turismo e hospitalidade, como também afeta diretamente  o comércio de bares, restaurantes e similares, os quais fazem parte dessa cadeia de serviços. “Infelizmente o negacionismo de parte da população com relação a não tomar a vacina e não respeitar os protocolos recomendados pela OMS e a ciência, está novamente causando essa situação que poderá afetar mais uma vez restrições na economia. É muito lamentável,  que a gente começava  ver um horizonte positivo, no entanto, as coisas mudam para o contraste.

Por dentro

Dados publicados pela  Abih Nacional, dão conta que houve uma redução de 59% no faturamento do turismo brasileiro. O segmento registrou também a maior queda média durante o período mais crítico da pandemia, chegando a afetar  cerca de 80% dos estabelecimentos.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar