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‘Não há risco de racionamento’

O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) afirmou ontem que não haverá racionamento de energia elétrica no país “nem agora, nem nunca mais”.
“Decidi tranquilizar a população brasileira. O fornecimento de energia no Brasil está garantido”, disse.
Segundo Lobão, o nível dos reservatórios atingiu níveis baixos no fim de 2012 e início de 2013, mas essa situação “foi vencida, superada”.
“Se depender da gente [do governo], teremos energia para o país crescer 4% ou 5%”, disse o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim.
Para Lobão, o uso das térmicas -que são as usinas que geram energia pela queima de carvão ou óleo combustível, por exemplo- foi fundamental para manter essa segurança energética neste ano, afetado por forte seca.
Mais uma vez o governo usou o argumento de que essa geração, ainda que custe caro, sempre valerá a pena se o objetivo for evitar um inconveniente um apagão no país.
“As térmicas existem para ser utilizadas e não para enfeitar o sistema”, disse. “Não há risco. Nem agora, nem nunca mais. Isso ficou em 2001. Nós aprendemos e isso nunca mais ocorrerá no Brasil”, completou Lobão.
O ministro também disse que atrasos em obras de geração e transmissão não estão prejudicando o sistema brasileiro. A ocorrência desses atrasos também é considerada “normal”, no Brasil ou em qualquer outro.
“A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) identificou atraso em relação ao cronograma inicialmente estabelecido para obras do sistema elétrico. Esse cronograma já conta com uma folga”, comentou o diretor-geral interino da agência Romeu Rufino.
“Isso despertou nossa preocupação para cobrar mais das empresas, para que não comprometa o abastecimento. Nosso relatório já deixa claro que nenhum desses atrasos comprometerá os eventos esportivos”.

Reservatórios

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a meta para os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste é de manter 47% de reserva de água no final do período seco, em novembro deste ano. Para o sistema hidrelétrico do Nordeste o objetivo é manter 35% dos reservatórios abastecidos, também em novembro.
O ministro evitou dizer quando as térmicas serão desligadas. Ele reforçou que serão feitas análises mensais para decidir o momento apropriado.
Para o governo, a meta dos reservatórios imposta é bastante conservadora, já que considera manter o atendimento em todo país mesmo que venha no próximo ano a pior seca das últimas oito décadas.
“Estamos trabalhando para que não haja a mínima possibilidade de azar. Mesmo que a natureza esteja contra a gente. E ela não está”, disse Maurício Tolmasquim. O risco de desabastecimento, segundo técnicos do governo está em 2%. Esse nível já teria chegado a 20% no início do ano.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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