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Cesta básica tem alta de 4,55%

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A cesta básica do manauara subiu 4,55% em março de 2013, quando registrou um custo de R$ 328,49 na comparação com R$ 314,18 do mês anterior. A farinha de mandioca foi o produto que mais sofreu aumento, chegando a 18,98% na variação mensal, de acordo com pesquisa realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Composta por 12 produtos, a cesta básica de Manaus, também sofreu aumento de 14,62% no preço da banana prata e de 10,9% no custo do feijão. Chegando a um aumento de 27,61% em relação a março do ano passado quando a cesta básica custou R$ 257,41.
Diante deste cenário, a capital amazonense passou a ocupar a 3ª colocação dentre as 18 capitais onde a Pesquisa Nacional da Cesta Básica é realizada mês a mês, segundo informou o Dieese na manhã de segunda-feira (08).
A supervisora técnica do escritório regional do Dieese no Amazonas, Alessandra de Moura Cadamuro, explica que a alta de 4,55% ocorreu devido ao aumento de nove dos 12 produtos que compõem a cesta básica.
A especialista ainda destaca os três produtos regionalizados que mais subiram em março e que fatores climáticos sazonais contribuíram para a alta registrada nos preços. “No ano passado a produção da farinha, banana e feijão sofreram com a cheia, e os preços foram pressionados a subir. Essa alta tem sido verificada em todas as capitais onde a pesquisa é realizada”, informou.
Um dos principais produtos da cesta básica de Manaus que sofreu impacto no custo foi da farinha de mandioca. De acordo com o levantamento de safra realizado pelo IBGE houve uma quebra tanto de produção como da produtividade da mandioca. Comprometendo a oferta do produto mesmo com os três maiores Estados produtores de farinha, (PA, BA e PR), seja de mandioca ou de trigo, não conseguiram conter a alta dos preços nas 18 capitais, segundo a supervisora do Dieese.
A oferta do feijão também sofreu impacto das adversidades climáticas no momento do plantio, resultando em queda de produtividade média das lavouras registrada na safra 2011/2012. A banana registrou alta nos preços em pelo menos seis capitais. O clima seco prejudicou a oferta do produto.
Já as condições climáticas foram fatores determinantes para as oscilações nos preços do tomate em 12 capitais. Devido ao excesso de chuvas no momento do plantio ocasionou quebra de safra ao longo da segunda metade do ano passado. A variação anual do preço do tomate ficou em 61,88% de alta.

Estoque regulador

Sobre a função do estoque regulador da balança comercial de grãos, (armazenados nos silos da Conab), Alessandra Cadamuro relatou a seguinte situação ao Jornal do Commercio:
“A ideia de ser uma política de abastecimento é que garanta o preço ao produtor na hora da remuneração da venda da safra. E garantir que o preço não aumente muito ao consumidor. Mas, essa prática não temos visto aplicada aqui”, disse Alessandra.

Custo na capital

Em Manaus o custo da cesta básica para o sustento de uma família de quatro pessoas composta por dois adultos e duas crianças, sendo que estas consomem o equivalente a um adulto, foi de R$ 985,47 durante o mês de março. Equivalente cerca de 1,45 vezes o salário mínimo bruto, fixado pelo governo federal em R$ 678. Em fevereiro, o custo da cesta básica foi fixado em R$ 942,54, para esta mesma família.

Poder de compra

Comparando um trabalhador que ganha um salário mínimo em Manaus comprometeu, em março deste ano, 52,66% de seu rendimento líquido após o desconto de 8%, R$ 623,76, referente à contribuição previdenciária, gastos na compara de alimentos básicos. Em fevereiro o comprometimento foi de 50,37%.
Este mesmo trabalhador precisou trabalhar 106 horas e 57 minutos para comprar a cesta básica em março de 2013. Em fevereiro a jornada exigida era de 101 horas e 57 minutos. Assim, em março, o trabalhador que recebe salário mínimo precisou trabalhar, em média, 96 horas e 47 minutos, tempo superior às 94 horas e 57 minutos exigido em fevereiro. Em relação, a março de 2012, a jornada comprometida foi maior, já que naquele mês eram necessárias 84 horas e 53 minutos, segundo dados do Dieese.

Salário mínimo

Para atender à necessidade familiar com alimentação, em março, o valor do salário mínimo correspondeu a R$ 2.824,92, ou seja, 4,17 vezes do mínimo de R$ 678, em vigor.
Para estimar o valor do salário mínimo necessário, o Dieese leva em consideração o maior custo para o conjunto de itens básicos, que em março foi verificado em São Paulo, e o preceito constitucional ao estabelecer que o menor salário pago, deveria suprir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência de um trabalhador e sua família em todo país.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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