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Modelo de creches cogitado pela Prefeitura não agrada

Passados dois anos, dois meses e alguns dias do início do mandato do atual prefeito Amazonino Mendes (PTB), a cidade viu a construção de apenas 4 das mil creches prometidas por Amazonino durante sua campanha. Assim como vários outros pontos da sua gestão, a questão do tímido investimento na educação infantil de Manaus tem sido levantada por alguns vereadores da CMM (Câmara Municipal de Manaus), que agora pedem explicações do Executivo.
Na semana passada, a vereadora do PCdoB, Lúcia Antony, convidou o secretário Municipal de Educação, Mauro Lippi, para participar da audiência pública que homenageou a passagem do Dia Internacional da Mulher, na CMM, e que também debateu as políticas públicas para a implantação de novas creches. Entretanto, o secretário, que não compareceu, deve ser chamado novamente na próxima segunda, 14, a comparecer ao Plenário Adriano Jorge.
O objetivo da parlamentar é verificar as informações de que Amazonino pretende adotar novamente as chamadas “Mães Sociais”, projeto adotado por Alfredo Nascimento (PR) em seu segundo mandato como prefeito de Manaus, em 2000. A temática do projeto consistia na utilização de casas de pessoas de bairros carentes como minicreches. As crianças ficavam aos cuidados das moradoras da casas, que eram chamadas de “Mães Sociais”.
De acordo com a parlamentar, o método não pode ser usado como substituto da rede pública de creches. Ela lembra que as “Mães Sociais” foram amplamente criticadas pelos movimentos de mulheres no passado. “Vamos convocar de novo o secretário, pois queremos saber sobre a política de creches da Prefeitura. O movimento de mulheres é contra a figura da mãe crecheira. Não permitiremos que nossas crianças fiquem nas mãos de pessoas despreparadas”, disse Lucia Antony, que defende a construção de creches com equipes de multiprofissionais, que priorizem a proteção das crianças.
Quem também discorda do uso das “Mães Sociais” é a ex-deputada e professora Therezinha Ruiz. Segundo Therezinha, a falta de estrutura do antigo projeto, atrapalha o desenvolvimento intelectual das crianças, além de não oferecer muitas vezes um local adequado para a instalação dos pequenos. “A educação no país possui inúmeros recursos, sei que o município já entregou um projeto para a construção de novas creches. Entretanto a quantidade ainda é muito pequena, e não supre a real necessidade da cidade”, ressaltando que as empresas privadas também devem participar do processo com ações que permitam que as mães possam deixar seus filhos em lugares seguros. A reportagem do Jornal do Commercio tentou entrar em contato com o secretário Municipal de Educação, Mauro Lippi, mas não obteve resposta às ligações.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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