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Máscaras para todos os gostos

Máscaras para todos os gostos

Será aberta hoje, dia 15, e segue por todo o mês de agosto, o Suma Solidário, loja montada dentro do Shopping Sumaúma exclusivamente para a venda de máscaras de proteção contra o coronavírus. O Suma Solidário é uma ação do shopping que reunirá dez costureiras responsáveis pela produção das máscaras sob a coordenação da costureira Sônia Siqueira. Todo o dinheiro das vendas irá ficar para as próprias costureiras, que também não pagarão nada pela utilização do espaço.

“Acreditamos que nesse momento as pessoas estão mais conscientes da necessidade de fazer boas ações em prol da sociedade e o pós-pandemia trará um ‘novo normal’, ideal para apresentarmos outros formatos de comércio, como este, no qual as costureiras estão se reinventando, produzindo máscaras”, falou Laura Palhares, gerente de Marketing do Sumaúma.

“Ações desse tipo vêm para ficar, pois estão aí para contribuir com a sociedade. Nessa primeira ação a direção do Sumaúma doou uma máquina de costura e tecidos para as costureiras, apesar de todas elas terem suas próprias máquinas em casa, mas se precisarem, a máquina estará aqui, disponível para elas trabalharem na loja, e se necessitarem de mais máquinas, providenciaremos”, afirmou.

As dez costureiras integram a Afarprem (Feira Artesanal do Parque Residencial Manaus), associação existente há mais de dez anos, na Cidade Nova, e há algum tempo mantém uma parceria com o shopping, participando nos finais de semana da Feira de Artesanato, que acontece no primeiro piso do Sumaúma.

“Como nós participamos da Feira do Artesanato há três anos, a direção do shopping nos convidou para ficarmos responsáveis pela loja Suma Solidário, e aceitamos de imediato”, revelou Sônia Siqueira.

A loja foi inteiramente projetada para atender às necessidades das costureiras, com mesa de cortes e estantes para exposição e venda das máscaras. Funcionará de segunda a sábado das 12h às 20h e aos domingos das 14h às 20h.

Tudo vira festa

Há algum tempo, vendo matérias jornalísticas na televisão sobre o Japão, pudemos observar que nas ruas das grandes cidades do país oriental, praticamente todas as pessoas usam máscaras cirúrgicas. Nunca imaginamos que um dia nós iríamos usar o mesmo tipo de máscara sendo que aqui se tornou uma obrigação por conta do coronavírus, enquanto lá é um hábito cultural que vem desde a década de 1950, do pós-Segunda Guerra, como forma de proteção contra doenças e alergias. Os japoneses se habituaram a usar máscaras em locais públicos mesmo quando não há surtos de gripe, mas o uso se acentua quando há, como em 2003, com o Sars (Síndrome Respiratória Aguda Severa) e 2009, com o H1N1, ou 2011, com as explosões na Usina de Fukushima, neste caso para se proteger da radiação nuclear. As máscaras ainda ajudam contra a poluição ambiental e o frio intenso que faz no país, no inverno.

Mas no Brasil tudo vira festa e aqui as máscaras se tornaram um acessório a mais, principalmente do vestuário feminino, com variadas, cores, estampas e modelos inclusive combinando com a roupa; do design das peças utilizadas pelos médicos cirurgiões aos ‘bicos de pato’; ou ainda estampando os símbolos dos times de futebol, dos bois bumbás de Parintins, de propagandas de empresas.     

“Para a Suma Solidário foi criada uma linha de máscaras com estampas de temas regionais, inspirados na floresta, nos rios e nos costumes indígenas. Teremos máscaras infantis (personagens de HQs), masculinas (desenhos geométricos ou camuflados) e femininas (florais), inclusive com rendas, uma novidade, e atenderemos encomendas. O cliente pode dar a idéia do que deseja, nós até vamos ajudá-lo a criar, e depois ele vem pegar o pedido pronto”, antecipou Sônia.

Só o início   

Além da nova linha, outros modelos também estarão nas prateleiras, como as máscaras fashion, as mais simples, além das toucas e tiaras. Toda a produção será confeccionada em tecidos 100% algodão. A impressão, com a mais inimaginável variedade de motivos, é realizada através do processo de sublimação no qual uma prensa fixa o desenho no tecido sob pressão e calor.

“As toucas, presas às máscaras com botões, são uma inovação. Devem ser utilizadas em ambientes de trabalho onde seja necessário prender os cabelos, já as tiaras integram um kit do qual fazem parte as máscaras”, disse.

Sônia calcula que nesses 45 dias de funcionamento da loja Suma Solidário as dez costureiras produzam cerca de cinco mil máscaras, com preços a partir de R$ 10, a unidade.

“Depois que passar a pandemia e máscaras não forem mais tão necessárias, ainda assim o shopping pretende manter o espaço com outras ações do tipo. Há três anos realizamos a Feira do Artesanato, também promovemos doações de alimentos. Essa ação foi só o início, mas outras iniciativas serão beneficiadas com o mesmo propósito”, finalizou Laura.

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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