Já são 353 anos da fundação de Manaus. São muitos desafios. Eles se mantêm, obrigando a capital encravada no meio da floresta amazônica a se reinventar a cada dia. A riqueza prosperou. A população explodiu. Uma simples província se transformou no apogeu que se vê hoje, pujante, com tanta altivez, que a coloca no ranking das metrópoles mais bem-sucedidas.
O advento da ZFM (Zona Franca de Manaus) transformou a vida de uma cidade pacata em um grande potencial econômico. Por aqui, se respira tecnologia de ponta a cada minuto, reunindo os mais diversos segmentos da produção industrial. As mesmas novidades que alimentam o consumismo do capitalismo mundial são replicadas no parque industrial, rodeado de florestas vicejantes, o paisagismo da natureza unindo-se às maravilhas criadas pelos homens.
A capital venceu grandes percalços. E tem sido vítima de muitos ataques. Não são raras as vezes em que alguém se incomoda com os incentivos fiscais, manobrando estratégias para acabar com um modelo próspero, gerando sempre empregos e renda à população.
Ah!, Amazonas, se não fosse o modelo ZFM, não estarias com 98% de sua cobertura vegetal preservada, praticamente intocada. De uma população menor que 500 mil habitantes décadas atrás, hoje já são 2,5 milhões de pessoas, e chegando a 4 milhões, reunindo as dos 61 municípios do interior.
Tudo converge para Manaus. E daqui sai toda a riqueza que alimenta uma densidade populacional tão grande, com todas as suas peculiaridades culturais, fatores adversos. O caboclo exala simpatia, é bom camarada, e inteligente por excelência.
Tanta criatividade de seus filhos amazonenses desperta os olhares do mundo. Suas riquezas na superfície e no subsolo são capazes de potencializar a vida econômica de todo o mundo, desde que sejam preservadas a sua biodiversidade gigantesca.
Ser manauara é como estar antenado com as grandes tendências mundiais. A inovação tecnológica obriga a população a se qualificar ainda mais. Os governos constituídos dão a contrapartida para essas novas aspirações.
A indústria 4.0 já é uma realidade no parque industrial da ZFM. É a era da inteligência artificial, falando e interagindo com o próprio homem, como se fosse uma pessoa. E não demora substituirá a própria humanidade em todas as funções.
A tecnologia avança com uma rapidez impressionante. E está sempre presente no dia a dia de Manaus, essa cidade maravilhosa, cercada pelo verde, de uma gastronomia sui generis, com seus rios caudalosos, que serpenteiam por toda parte levando nutrientes que alimentam esse incomensurável bioma, tão fantástico que deixa o turista encantado, motivando-o a voltar para estas paragens.
Parabéns, Manaus, por mais um aniversário. Que você continue transformando vidas e seja um referencial para as próximas gerações.
Nota abre Perfil
Bioeconomia impulsionando futuro
As potencialidades da bioeconomia são cantadas a quatro ventos para fortalecer a ampla engrenagem que sustenta a ZFM. O eco de seus defensores reverbera longe. A atração de investimentos pode espalhar as riquezas em direção ao interior do Estado, gerando mais empregos e renda à população, como admite, hoje, a própria Suframa. A atividade não é nova. Nossos remanescentes já a praticavam faz tempo, de forma rústica, desde muito antes do apogeu da borracha, modelo que deu lugar à produção fabril em Manaus, com suas mais de 500 empresas em operação, fabricando os mais diversos itens de consumo, desde motocicletas a eletroeletrônicos de última geração.
Se ainda o Amazonas tem 98% de sua cobertura vegetal intocada, é graças ao modelo Zona Franca. O rico bioma abre as portas para uma nova matriz econômica, que pode impulsionar um futuro com muita prosperidade. Agregar valor aos insumos regionais se apresenta como uma alternativa viável para alavancar o desenvolvimento de um Estado continental, ainda refém da política de benefícios fiscais, que incomoda tantas lideranças de outras regiões. E até a atual equipe econômica, liderada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Manaus tem asas para crescer ainda mais, como uma águia ululante. De sua fundação até aqui, aos seus 353 anos, transformou vidas, espalhou benefícios, plantou sementes. E segue adiante, com muita altivez.
Esperanças
O eleitor mantém muitas expectativas com os próximos governos, tanto no plano regional como no nacional. Sendo Wilson Lima ou Eduardo Braga, Lula ou Bolsonaro, a esperança é uma só, convergindo para todos os estratos sociais – fortalecer a economia, criar novos empregos e renda, permitindo mais comida na mesa, saúde e educação de qualidade, passando ainda pelas questões de segurança e combate à desigualdade. São demandas populares que podem amenizar a explosão da violência.
Cores
Não importam as cores partidárias desde que as forças políticas estejam realmente comprometidas com os anseios da população. Porém, interesses e conveniências de toda ordem atropelam nossos sonhos de chegar tão longe. Praticamente, uma utopia em um mundo tão desigual como o Brasil. São desafios incomensuráveis. Os governos se revezam, mas nada fazem. Assim o é em todas as esferas de poder, indistintamente. Apenas ecoam sua retórica famigerada, demagógica, ludibriando a todos.
Fisgar
Temos menos de uma semana para votação no segundo turno. As campanhas de candidatos queimam os últimos pavios para fisgar o eleitor na reta final da disputa. O eleitorado está cético. E muitos preferem contar de 1 a 5, escolhendo aleatoriamente em quem vão votar. O brasileiro só vota porque a lei obriga. Falta consciência política. Mas os eleitores não são mais tão incautos como antigamente. Aprenderam sendo ludibriados durante tantos anos por demagogos que navegam na política.
Forças
O governador Wilson Lima (UB) e o prefeito David Almeida (Avante) protagonizam a nova geração de políticos que se opõem aos velhos caciques da política amazonense, remanescentes do grupo do governador Gilberto Mestrinho. Chegaram com uma proposta nova, atuante, mostrando mais trabalho do que retórica. Lima cresce estando na esteira da imagem de Almeida, cuja gestão é avaliada positivamente pelos manauaras. E tem tudo para ser reeleito na votação do segundo turno, no dia 30.
Inversão
A máquina pública funcionou para dar uma virada substancial nas intenções de voto em Wilson Lima. O governador já está à frente de Eduardo Braga (MDB) com 18 pontos porcentuais de diferença. A situação se inverteu. Conquistou os votos de prefeitos que apoiaram o senador durante o primeiro turno, o que permitiu ao aliado de Lula superar Amazonino Mendes (Cidadania) na corrida eleitoral pelo Palácio Rio Negro. Segundo cientistas políticas, Braga dificilmente tem condições de inverter a situação.
Papagaio
Os memes não param tendo como personagem o ex-juiz Sérgio Moro. Ele aparece como papagaio de pirata de Bolsonaro, desde que acompanhou o presidente no debate na Band em parceria com o portal Uol. E está bem personalizado com a ave símbolo de uma das cores do Brasil. O agora senador eleito aparece caracterizado de Louro José, o falastrão do programa de Ana Maria Braga na Rede Globo. Não faz tempo, os dois se engalfinhavam rangendo os dentes. Não dá para entender.
Recorrente
Cheia e vazante são fenômenos recorrentes no Amazonas. Porém, as providências só aparecem em situações de emergência. E muitos questionam por que não existe um planejamento antecipado para evitar tanto sofrimento, principalmente na população dos municípios ribeirinhos. Provavelmente, falta vontade política. Distribuir auxílios emergenciais, cestas básicas e remédios em momentos de tantas adversidades rende bastante lucro eleitoral. Não generalizemos. Existem os bem intencionados na causa.
Furacão
Manaus se transforma num furacão de eventos culturais. Por aqui vêm celebridades nacionais e internacionais, que antes nem se pensava aportar por essas bandas de cá. O prefeito David Almeida quer fazer da cidade um destino turístico mundial, embalado por shows dos mais diversos gêneros musicais, incursionando ainda pelas todas e apresentações dos bumbás Garantido e Caprichoso. O clássico também se associa aos ritmos, lembrando as contagiantes produções de Beethoven e Mozart. É multicultural.
FRASES
“Precisamos investir nas nossas vocações regionais”.
Antonio Silva, presidente da Fieam, sobre potencialidades na bioeconomia.
“O Brasil está dando exemplo para o mundo na questão econômica”.
Jair Bolsonaro (PL), presidente, durante encontro com grupo de lutadores.
