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Indústria volta a crescer depois de 6 anos

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Em sua coletiva semestral para a imprensa, realizada na manhã de ontem no Novotel, a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) disponibilizou os números positivos do setor, comemorando o primeiro crescimento dos últimos seis anos.
“A demanda pelos produtos nacionais e principalmente pelas bicicletas fabricadas no PIM tem sido crescente neste ano. Os consumidores têm requisitado, cada vez mais, maior valor agregado, qualidade e custos competitivos. Estamos trabalhando com muito empenho para atender a estas expectativas”, falou João Ludgero, vice-presidente do segmento de bicicletas da Abraciclo.

As fabricantes de bicicletas instaladas no PIM (Polo Industrial de Manaus) produziram de janeiro a junho deste ano um total de 327.850 unidades, correspondendo a uma expansão de 10,7% sobre as 296.275 unidades fabricadas no mesmo período de 2017. Atualmente quatro empresas são as detentoras de dez marcas: Caloi, Cannondale, GT, Schwinn, Houston, Audax, Sense, Sense e-bikes (elétricas), Oggi e OX, todas com fábricas no PIM.

A projeção inicial da produção de bicicletas feita pela Abraciclo para este ano era de 727 mil unidades, uma alta de 9% em relação ao ano passado mas, diante dos bons ventos da economia, a projeção agora passou para 765 mil unidades, o que representará um crescimento de 15% sobre as 667.363 unidades fabricadas no ano passado.

“Há uma evolução constante da demanda estimulada pelo aumento das malhas cicloviárias nas cidades sem falar da clara opção das pessoas pela bicicleta para práticas de esporte e lazer, além dos lançamentos de novos modelos brasileiros alinhados em tempo com os produtos internacionais”, completou Ludgero.

Se aproximando de 1 milhão

“Fatores como ampliação da oferta de crédito e estabilidade dos índices macroeconômicos, além de uma maior participação do consórcio têm sido fundamentais para a evolução dos negócios”, lembrou Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. As fabricantes de motocicletas produziram 494.684 unidades no primeiro semestre deste ano, o que representa um avanço de 16,7% sobre o mesmo período do ano passado (423.750 unidades).

Pela previsão inicial a produção de motocicletas cresceria 5,9% este ano, agora revisada para 11%, passando de 935 mil para 980 mil unidades a serem produzidas. “E esses números poderiam ser maiores no PIM se não houvesse tido a greve dos caminhoneiros nas últimas semanas de maio”, lembrou.

De janeiro a junho deste ano foram emplacadas 53.182 motocicletas na região Norte, o que representa um avanço de 2,3% sobre o mesmo período de 2017 (51.966 unidades). No Amazonas foram emplacadas 7.810 unidades no período correspondendo a aumento de 21,4% na comparação com a primeira metade de 2017 (6.433 unidades). Em Manaus, os emplacamentos totalizaram 4.931 unidades, volume 19,2% superior ao registrado em igual período do ano passado (4.138 unidades).

Ainda no primeiro semestre, 41.030 motocicletas fabricadas no PIM foram enviadas para outros países, representando uma alta de 26,6% sobre o volume do mesmo período de 2017 (32.417 unidades). Especificamente em junho, as exportações de motocicletas totalizaram 4.404 unidades, correspondendo à queda de 42,4% sobre junho de 2017 (7.650 unidades) e de 33,6% em relação a maio (6.634 unidades).

Honda com cautela

A Honda Motocicletas fechou o primeiro semestre do ano com resultados positivos: 8,59% de crescimento no volume total de motos emplacadas. Foram 363 mil unidades entregues entre janeiro e junho de 2018, ante 334 mil motocicletas comercializadas no mesmo período de 2017. A produção acompanhou a tendência e cresceu 13,17%, com 372 mil unidades produzidas na fábrica da empresa, em Manaus.
“Apresentamos uma ligeira recuperação, com esse crescimento de 8,59% no semestre, em relação ao ano passado, mas ainda não devemos comemorar, e sim ter cautela, porque agora no segundo semestre continuamos com a incerteza de como vai se portar a economia e a política no país”, explicou Paulo Takeuchi, diretor de Relações Institucionais da Moto Honda da Amazônia.

Com relação às exportações da Moto Honda da Amazônia, houve um crescimento de 22%, com 28.461 motocicletas exportadas no período. Entre os principais mercados estão países como Argentina, Colômbia, Peru, Costa Rica, Canadá, México, Estados Unidos, entre outros. “Quanto à admissão de funcionários, ainda não estão sendo feitas. Como falei, temos que ter cautela, então, admissões estão sem previsão”, concluiu Takeuchi.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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