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Impasse entre lideranças políticas emperra preparação de Manaus para Copa 2014

Faltando apenas dois anos para a realização da Copa das Confederações e três anos para o Mundial de 2014, Manaus corre contra o relógio para continuar como uma das doze subsedes escolhidas pela Fifa (Federação Internacional de Futebol). Com problemas para cumprir os pré-requesitos estipulados pela Federação, a cidade esbarra na falta de consenso e diálogo entre os líderes políticos, que usam a problemática para medir quem pode mais em um jogo de interesses onde os amazonenses serão os maiores perdedores.
Após meses de briga pela continuidade da obra do Shopping Popular -embargada pela Justiça Federal-, que estava sendo construído no Porto da cidade, a prefeitura anunciou, através do Implurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), não possuir ‘plano B’ para a retirada dos vendedores ambulantes do Centro, além de não pretender mais implantar o projeto de reorganização do mesmo, que envolvia a reestruturação dos prédios históricos situados no local.
“Estamos sem ‘plano B’. Posso garantir que não teremos condições de lidar com estes eventos internacionais com a cidade do jeito que está”, afirmou o diretor do Implurb, Manoel Ribeiro. Na ocasião, o diretor deixou claro que a parceria com a iniciativa privada é vista como única alternativa na resolução da problemática.
“A prefeitura não tem recursos para isso. Se a iniciativa privada se propôs a construir por que a Prefeitura iria investir? Nossa parte era o lado social, nós iríamos fazer a remoção dos 2.614 camelôs cadastrados. Em vários lugares do país os Shopping’s Populares são privados”, disse.
Os problemas com locomoção também estão na mira da Fifa, pois atualmente a cidade possui um sistema de transporte a beira do caos. Para contornar a situação, a prefeitura municipal deu fim à licitação para entrada de novas empresas no mercado. Contudo, a iniciativa ainda não será suficiente para dar vazão a grande quantidade de pessoas que trafegarão pela cidade nos próximos anos, por isso novos sistemas terão que ser implantados. O governo do Estado deu início ao processo licitatório para a escolha das empresas interessadas em realizar as obras do Monotrilho (sistema de metrô suspenso). Entretanto, o sistema já começa sendo alvo de reprovações do Ministério Público, que não aprovou os valores citados no projeto orçado em R$ 1,3 bilhão.
Já a prefeitura de Manaus, acredita que o melhor sistema é mesmo o BRT (Bus Rapid Transit). Ele, que já foi utilizado na cidade com o nome de Expresso, caminha a passos lentos. Os investimentos iniciais para a implantação do sistema são de aproximadamente R$ 230 milhões. O BRT está na fase de aprovação final da Caixa Econômica Federal, que é o agente que financiará a obra.
A prefeitura de Manaus aguarda aprovação da Caixa Econômica para executar obras do BRT, com realização de licitação ainda no primeiro semestre de 2011.

Infraero diz que aeroporto não é problema

Ao contrário das notícias veiculadas na mídia local na última semana, o superintendente de projetos da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), Jonas Mauricio Lopes, informou por meio de sua assessoria, que Manaus não precisa se preocupar com a entrega das obras do aeroporto internacional Eduardo Gomes, que tem prazo para dezembro de 2013.
Na audiência pública, realizada na última sexta-feira pela Aleam (Assembleia Legislativa do Amazonas), ele assegurou que as obras no Eduardo Gomes vão modificar a estrutura do aeroporto em menos de 360 dias, aumentando a estrutura física tanto para o recebimento de cargas quanto para o embarque e desembarque de passageiros.

Vereadora formaliza indicação de exoneração de Manoel Ribeiro

A vereadora Lucia Antony (PCdoB) fez, nesta segunda-feira, (28/03), uma indicação ao prefeito Amazonino Mendes para exonerar o diretor-presidente do Implurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), Manoel Ribeiro, conforme havia anunciado na semana passada. Para a parlamentar, Manoel Ribeiro mostrou que não tem competência para ficar no cargo ao dar declarações na imprensa de que a prefeitura de Manaus não tem “planos” e nem “recursos” para organizar a cidade.
Lucia Antony afirmou que é inconcebível que Manoel Ribeiro permaneça à frente de um órgão tão importante como é o caso do Implurb, uma vez que mostrou total falta de compromisso com a pasta. O mais grave, diz ela, é dizer que o poder público não tem dinheiro para fazer caridade, destacando que o dinheiro que é arrecadado por meio dos impostos é obtido para fazer políticas públicas que garantam cidadania. “A prefeitura tem a obrigação de resolver os problemas urbanísticos da cidade. Não cabe a iniciativa privada resolver esse problemas. Ao fazer essa indicação, cumpro com meu papel de fiscalizar a ação do Executivo Municipal que precisa garantir políticas públicas que melhorem a nossa cidade e a qualidade de vida da população”, disse.
A vereadora pediu ao prefeito Amazonino Mendes que seja sensível e tenha a responsabilidade para fazer uma gestão plena que garanta o desenvolvimento de Manaus. “O prefeito deve aproveitar esse momento da Copa de 2014 para resolver os problemas crônicos da cidade como o transporte coletivo e a revitalização do Centro, não só para os visitantes que aqui virão, mas para os seus moradores”, salientou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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