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Histórico e competência da colônia de pescadores

A colônia de pescadores é a entidade sindical representativa dos profissionais pescadores artesanais, no âmbito municipal. Não existe qualquer relação do nome colônia, com o regime de governo colonial do Brasil na época que surgiram as primeiras colônias de pescadores no país.
Na condição de sindicato da categoria, por força estatutária, a colônia de pescadores, tem como obrigação promover a defesa dos interesses de seus associados em todas as esferas no seu território-sede (fórum).
A sintonia hierárquica na organização sindical é a da colônia associada à federação, desta associada à confederação nacional que, por sua vez, é associada a uma central sindical no país, a qual normalmente está associada a entidades representativas dos trabalhadores na América do Sul e no mundo, compondo-se assim uma cadeia de instâncias que discutem, avaliam e deliberam as questões de interesse e direito das categorias profissionais. Mas a base, no caso, é a colônia de pescadores.
Assim o é porque é a colônia de pescadores, como entidade representativa da base da categoria, que trata da distribuição das informações para os associados e da interpretação de cada uma delas, sobre tudo que ocorre no campo oficial, no que diz respeito à vida profissional de seus representados, das alterações nas leis vigentes e novas leis às instruções normativas, decretos, circulares e informações gerais que interessam à comunidade da pesca artesanal.
A colônia promove a defesa dos direitos constitucionais das mulheres e homens profissionais pescadores artesanais seus associados. Seja no que compete aos direitos individuais da pessoa humana e do trabalhador, de natureza jurídica trabalhista e do meio ambiente.
A colônia faz todo o trabalho de desembaraço da documentação profissional dos associados junto ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), intermediando a concessão dos mais variados benefícios até a aposentadoria.
A colônia, visando melhorar a qualidade de vida e buscando fazer com que pescadoras e pescadores cada vez mais avancem no exercício da sua cidadania, articula abertura de linhas de créditos juntos às instituições financeiras.
Dá mesma forma promove parcerias, através de convênios que possibilitam a realização de cursos de alfabetização das pescadoras, pescadores e seus familiares, assim como cursos para melhorar a higienização e aproveitamento do pescado agregando valor ao produto, e também oferece cursos sobre sustentabilidade ambiental.
Portanto, assim é que funciona a colônia de pescadores, que na verdade é o sindicato dos profissionais trabalhadores na pesca artesanal. As colônias de pescadores, a exemplo, das demais entidades representativas de classes, são autônomas e independentes. Porém, sem estarem associadas à sua federação, que por sua vez, é associada à sua confederação, ficam isoladas e sem a força político-sindical, essencial para a sua sobrevivência.
Recentemente, por exemplo, o MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) editou a portaria 49 (26/11/2008), determinando acesso dos pescadores artesanais a financiamento do Pronaf (Programa Nacional da Agricultura Familiar). Todavia os pescadores precisam estar associados a uma colônia de pescadores e a colônia precisa estar associada a sua federação, porque é a federação que faz a matrícula da colônia junto ao MDA.É assim que as coisas funcionam quando existe um sistema legal.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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