O nome executivo foi dado aos trabalhadores que tomam decisões, lideram, gerenciam e, portanto, assumem a responsabilidade pela obtenção de resultados. Um executivo precisa entender muito bem o seu negócio, ter grandes conhecimentos de gestão e de administração e capacidade de influenciar e controlar pessoas. Uma empresa nada mais é do que um grupo de pessoas que buscam atingir objetivos empresarias e pessoais.
Já foi o tempo em que as pessoas buscavam um emprego qualquer e deixavam a sua evolução profissional a cargo da empresa. Era a empresa que decidia os rumos da carreira de cada funcionário. Ainda hoje, não é fácil encontrar empregos e a concorrência está mais acirrada, mas o perfil do profissional mudou bastante: uma grande parte tem curso superior e muitos têm cursos de pós-graduação. Outro fator a ser considerado é que a base do sucesso das empresas, gradativamente, está saindo do capital e dos equipamentos e indo para o conhecimento humano. Muitos economistas já consideram o conhecimento como o quarto fator de produção. Em função disto, é imprescindível que cada pessoa planeje sua carreira e assuma o controle da sua ascensão profissional.
Obviamente, não é fácil colocar isto em prática. Quanto mais progredimos em uma organização, mais ela exige habilidades de relacionamento e menos habilidades técnicas. Para se alcançar um posto alto de trabalho dentro de uma organização precisamos, inicialmente, ter conhecimentos e habilidades técnicas inerentes às funções que estamos exercendo, ao mesmo tempo em que temos de ir desenvolvendo habilidades de relacionamento para comandar equipes de funcionários.
Dois fatores são fundamentais em uma equipe: conhecimento técnico e motivação para atingir objetivos. Um líder deve desenvolver estas duas características em sua equipe. Alguns profissionais consideram, também, que a intuição não deve ser menosprezada. Se a intuição for entendida como fruto da experiência que uma pessoa tenha tido em sua vida, isto pode ser aceito. Se não for assim, ela será algo fortuito. Será que devemos sempre confiar na sorte? Uma empresa deve ser gerida dentro de padrões aceitáveis de gestão, de administração e se a intuição tiver como base estes padrões, ela ajuda, caso contrário, prejudica.
Na sua formação um executivo deve aprender a tomar decisões e a arcar com a responsabilidade inerente ao seu cargo. Deve acertar mais e errar menos e assumir como seus, os objetivos da empresa. A empresa pode ajudar bastante incentivando o desenvolvimento desse funcionário por meio de treinamentos, de acompanhamento de suas atividades, do estabelecimento de um plano de carreira, de um plano de remuneração que valorize a iniciativa e a consecução de objetivos e metas.
Tudo ficará mais fácil se a pessoa fizer algo que ela goste. Não adianta ter um emprego onde somente o salário seja a motivação. A partir daí, deve-se desenvolver e aprimorar o conhecimento técnico e as habilidades de relacionamento.
Isto pode ser feito tanto pelas experiências diárias na empresa como por participação em cursos de especialização e de desenvolvimento profissional. Algumas empresas patrocinam e encorajam este desenvolvimento, mas a iniciativa e o interesse dos executivos será imprescindível para a ascensão profissional em um ambiente e um mercado altamente competitivo.
Paulo de Oliveira é coordenador dos cursos de pós-graduação das Faculdades Integradas Rio Branco.