Os temores maiores sobre o grau de contágio da crise internacional sobre a economia brasileira estão se dissipando. “Não dá ainda para dizer que a crise passou, mas que seus efeitos foram localizados e que o país estava e continua bem preparado para enfrentar percalços desse tipo”.
Essa é a avaliação do diretor de administração e finanças do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, ao analisar as informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país, registrou queda de 0,8% no primeiro trimestre de 2009, sobre o período imediatamente anterior, com ajuste sazonal, e de 1,8% sobre o período de janeiro a março de 2008.
Os resultados foram melhores do que o esperado pelo governo e pelo mercado, amparados pelo desempenho do ramo de bens de consumo e do setor de serviços. O IBGE manteve ainda a medida da queda no quarto trimestre de 2008, em relação ao trimestre anterior, em 3,6%. Com isso, são dois trimestres seguidos de recuo na atividade econômica, o que colocaria o país sobre o alerta amarelo de recessão técnica. Mas analistas do mercado e do governo já apostam em melhor desempenho da economia a partir do terceiro trimestre. Começam a vigorar projeções de que o último trimestre do ano fechará sinalizando crescimento em torno de 3,5% para 2010.
Os números divulgados pelo IBGE surpreenderam até os mais otimistas que apontavam uma queda de 2,5% no PIB, em comparação com os três primeiros meses de 2008 e de 1,5% frente ao quarto trimestre do ano passado. Mas corroboraram análises do Sebrae Nacional, consolidadas a partir de informações obtidas junto às micro e pequenas empresas de todas as regiões do país. Sondagem, divulgada pela instituição em abril, indicou que o segmento continuava acreditando em um bom desempenho em 2009 e inclusive mantinham seus planos de ampliação dos negócios.
“Um dos fatores que contribuíram para o Brasil enfrentar bem a crise é a força do seu mercado interno”, afirma o diretor Carlos Alberto que, desde o início do ano, vinha avaliando que o Brasil enfrentaria não uma recessão devido à crise internacional, mas desacelaração no crescimento, tendo em vista, principalmente, os níveis obtidos nos últimos dois anos. “Qualquer ponto positivo de crescimento, levando-se em conta a conjuntura externa adversa, deve ser comemorado”, ressaltava ele em janeiro deste ano.
Efeitos da crise se dissipam, diz Sebrae
Redação
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