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Delivery é para todo tipo de negócio?

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O que antes era feito apenas por telefone, hoje também é possível ser realizado por sites e aplicativos.

No Brasil, o serviço conhecido como delivery é uma das atividades que mais cresceram nos últimos anos, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Um levantamento da entidade mostra que o setor fechou 2017 com faturamento acima dos R$ 10 bilhões.

Especialistas afirmam que além da comodidade, os serviços de entrega foram turbinados pela crise –muitos brasileiros deixaram de comer fora de casa. Há também a necessidade de o varejo tradicional se diversificar.

O crescimento do mercado de entregas nos últimos anos também pode ser justificado pela popularização dos aplicativos que conectam muitas empresas aos consumidores de uma maneira muito cômoda.

Mundo dos apps

Em meio a isso tudo, novas tecnologias ganharam destaque no mercado, além de muitos adeptos. Com mais de 50 mil estabelecimentos cadastrados, o iFood recebeu um último aporte de R$ 1,9 bilhão de investidores que acreditam no potencial e no crescimento da modalidade no mercado brasileiro.

Com mais de 6,2 milhões de pedidos mensais e 5,1 milhões de usuários ativos, os estabelecimentos comerciais obtêm um incremento no movimento que varia de 25% a 30% ao oferecerem este tipo de serviço.

Neste ano, a Água Doce Sabores aderiu ao aplicativo numa tentativa de tornar a marca digital. Hoje, 50% das 80 unidades da rede disponibilizam o serviço de entrega com opções de petiscos e pratos, que são servidos tradicionalmente nas unidades, como, por exemplo, o escondidinho.

Thiago Neves, diretor de novos negócios da Água Doce, diz que a adesão veio após a constatação de que a combinação dos aplicativos para pedido e entrega de comida segue em franco crescimento entre os consumidores brasileiros.

A decisão em investir nesta novidade deveu-se a que os aplicativos de delivery de restaurantes já exercem uma boa participação nas vendas de redes de franquias. “Isso vem trazendo resultados positivos aos franqueados da rede e novas perspectivas ao negócio, o que faz aumentar  o faturamento das unidades”, diz.

Restaurantes

Um estudo elaborado pelo Sebrae endossa a preferência dos consumidores por locais que ofereçam entrega em casa ou no escritório.

O levantamento concluiu que metade dos restaurantes e lanchonetes atendidos pela instituição em todo o Brasil oferece o serviço, com equipe própria, para dar mais comodidade ao cliente.

Ainda segundo a pesquisa, 12% não têm loja física, trabalhando exclusivamente por meio de entregas, sem portas abertas para a rua.

A Pesquisa Setorial ABF Food Service 2018, realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), também traz dados sobre a intensificação do uso de tecnologias de interação com o consumidor, nas quais estão listados os aplicativos.

Para ter uma ideia da representatividade: os investimentos em sistemas de delivery, por exemplo, terão subido de 72,7% no ano passado para 75% em 2018. Já em relação aos pedidos online terá havido um aumento de 50% para 70,6%. 

Expectativas

Mesmo sustentando uma infinidade de números positivos, Jean Paul Rebetez, sócio-diretor da GS&Consult, indica que todo estabelecimento deve avaliar de forma individual sua entrada nesse tipo de serviço.

Isso porque a modalidade de entrega não funciona para todo tipo de negócio. Porém, Rebetez destaca que a conveniência faz sentido para diversas categorias. O que precisa ser bem analisado é a relação entre a comodidade do cliente e o custo do lojista.

A pergunta a ser feita, de acordo com o especialista é: o seu grupo de consumidores irá pagar por essa comodidade? O que eles esperam pelo preço que estão pagando?

“Entender a jornada do consumidor é um desafio. As necessidades podem variar ao longo do dia, portanto, é preciso saber medir bem a relação entre preço e urgência”, diz.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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