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Covid-19 deixa delivery em ritmo frenético

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Na mesma proporção em que as pessoas mantêm-se reclusas por conta do Coronavírus, o comportamento do consumidor após o anúncio do primeiro caso em Manaus, tem mudado e obrigado as empresas que trabalham com serviços de entrega de alimentos e serviços on-line aumentarem os pedidos. 

Em Manaus, o motoboy Charles Lima, que trabalha com serviço de entrega por aplicativo, o iFood, observou o número de pedidos aumentem numa base de 30%.  “Nos últimos dois dias teve um aumento em torno de 30%”. Destaque para pedidos de produtos de supermercado e lanches. Em sete meses de atividade, ele ressalta que o aumento está expresso para o período. São muitos pedidos ao longo do dia, mas à noite a demanda dobra”, lembra. 

O entregador do Uber Eats serviço de entregas de alimentos Jardel Silva que tem como principal fonte de renda a atividade de delivery, confirma o aumento no grande volume de entregas nos últimos dias. “Teve um dia que eu comecei as entregas 10h e só voltei para casa à noite. Estamos num pique a todo momento”, conta. Ele destaca ainda que aumentou a demanda das entregas para várias zonas da capital. “A maioria do nosso trajeto era para bairros de classe média como Ponta Negra, Adrianópolis. Nesses últimos dias tenho feito entregas para  bairros que não havia muita demanda”.

Bárbara Espara, proprietária da empresa Marmita Fitness, que atende diretamente pelo comércio eletrônico, ficou surpresa com a procura atípica por parte dos clientes. Ela que costuma fechar a grande maioria dos pedidos na sexta-feira, algo em torno de 25 marmitas, teve um salto nos números de pedidos. “Na segunda-feira eu já estava com mais de quinze pedidos fechados”.

Um dado curioso, conforme a empresária, é a procura por profissionais de saúde. Prova disso é uma enfermeira que geralmente pede em média 10 marmitas durante a semana, fechou um pedido de 30 marmitas. Na percepção de Bárbara, um dos motivos que ela atribui a este comportamento está relacionado ao Covid-9. “Acredito que quem está pedindo em maior quantidade deva fazer um pequeno estoque dado que em função da pandemia o valor de tudo vai inflacionar. Além disso as marmitas são produzidas podendo ser congeladas e consumidas em até 60 dias”, frisou.

O comércio de vestuário também já prevê uma demanda por pedidos online e se prepara para as entregas. “Por enquanto no meu estabelecimento ainda não teve um aumento expressivo. Houve vendas a distância, porém pontuais. Ainda não tenho como dizer que foi por conta do Coronavírus. Mas eu acredito que essa seja a tendência para a próxima semana”, diz a proprietária de uma loja de roupas, Camila Francisco. 

Para ela, é importante que todos se comprometam frente a situação. “Não vou fechar meu estabelecimento. Não existe ordem para isso. Manaus não está com transmissão  comunitária como São Paulo e Rio de Janeiro ainda. Mas da minha parte faço questão de incentivar essas vendas a distância. Redobrou a higienização a cada visita de cliente. E Acho importante também a população consumir em estabelecimentos pequenos com a minha loja que é de rua, ou a padaria no bairro, o mercadinho ou lanchonete próximo. Pq são as micros e pequenas empresas que vão sentir mais essa crise . Até essa conscientização as pessoas devem começar a refletir”, pontuou.

E-commerce aliado dos supermercados 

Na área de supermercados, a demanda cresceu mais ainda nos últimos dias, em função dos casos de coronavírus no mundo. O serviço do Pátio Gourmet, por exemplo, registrou o triplo do número de pedidos na última semana. O crescimento foi, principalmente, solicitações feitas por idosos, pessoas com doenças crônicas e famílias com crianças pequenas, público de maior risco. Segundo a gerente do e-commerce, Aline Soares, o serviço é mais uma alternativa disponível para os clientes, que estão preferindo passar mais tempo em casa.

Ela explica que uma série de medidas preventivas foram também reforçadas para garantir a segurança dos clientes e colaboradores, além da qualidade dos produtos que chegam à casa dos consumidores. De acordo com Aline, todas as pessoas que fazem a separação dos produtos para serem enviados às residências, usam máscaras e, desde a última semana, os entregadores também passaram a adotar a mesma medida. A orientação para limpeza freqüente das mãos, que já era adotada, foi reforçada, assim como a ampla disponibilização de álcool em gel e luvas.

No e-commerce, os clientes têm duas opções para realizar suas compras: pelo site  www.patiogourmet.com.br ou no aplicativo Pátio Gourmet, disponível para download nas lojas da Play Store e Apple Store. Pelas duas plataformas, os consumidores têm à disposição um grande mix de produtos, divididos em várias categorias, o que agiliza a escolha. De forma simples e rápida, as pessoas podem selecionar os produtos, efetuar o pagamento e receber suas compras no endereço indicado.

Depois de selecionar os produtos, o cliente realiza um cadastro com informações básicas, como nome, telefone e e-mail. Ao finalizar a compra, basta escolher o local para entrega e efetuar o pagamento, que é realizado de forma online, por meio do cartão de crédito ou no momento da entrega, por cartão de débito e ticket alimento. Por medidas de segurança, não é aceito pagamento no dinheiro. Outra opção é fazer as compras no Pátio Gourmet pelo aplicativo Ifood.

Pesquisa

Em levantamento realizado pela NZN Intelligence,  plataforma de inteligência e pesquisa procura entender o que muda no hábito de consumo dos brasileiros com a chegada do novo vírus. 

Segundo dados, 49% dos brasileiros consideram reavaliar seus gastos, sendo que 71% afirmam que pretendem aumentar o volume de compras online. É o que aponta um levantamento online realizado com mais de 1,7 mil entrevistados pela NZN Intelligence, a plataforma de inteligência e pesquisa da NZN.

Os dados também apontam que entre os serviços que deixam de ser priorizados pela população e envolvem interação com um grande número de pessoas está o transporte público (53%) em quarta opção, atrás de grandes eventos (82%), shoppings e cinemas (69%) e viagens (68%). Esses dados corroboram com uma das principais recomendações do Ministério da Saúde: evitar aglomerações com mais de 500 pessoas.

Quando se trata de prioridade neste momento, os brasileiros afirmam que produtos de higiene (80%), alimentos e bebidas (72%) e remédios (63%) serão o foco do seu consumo durante a pandemia. Em relação ao comportamento em um possível período de isolamento, 46% dos entrevistados afirmam considerar a possibilidade de contratar novos serviços de streaming e 40% cogitam se inscrever em cursos online. Destes, a maioria tem entre 18 anos e 34 anos de idade, apontando interesse de boa parte da população em se desenvolver mesmo no momento de crise, trazendo oportunidade para a indústria de educação.

Nota

A Uber informou em nota que está sempre trabalhando para ajudar a manter todos os que usam a Uber em segurança. “Temos uma equipe global dedicada, que conta com a consultoria de um especialista em saúde pública, trabalhando para responder em todas as cidades em que operamos em todo o mundo. Permanecemos em contato próximo com as autoridades locais de saúde pública e continuaremos a seguir as orientações para ajudar a impedir a propagação do CoronaVírus”, diz o texto.

Em relação a opções de entrega de pedidos a empresa explica que está ciente que, neste momento atual, muitas pessoas possam estar recorrendo mais à entregas de comida. Se preferir, o cliente pode deixar uma instrução no app do Uber Eats para pedir ao seu entregador que deixe o pedido na porta.

iFood

Colaboradores

Seguindo o protocolo da Secretaria de Saúde, o iFood adotou algumas medidas para garantir o bem-estar e saúde dos funcionários. Desde o dia 13/03, iniciou-se revezamento de colaboradores nas nossas sedes e a partir desta segunda-feira, 16/03, adotou-se um modelo de home office total para todos os nossos escritórios. Reuniões internas e com fornecedores deverão ser realizadas por videoconferências. Todas os eventos presenciais, assim como viagens nacionais e internacionais, estão suspensas. Desde o início da pandemia, a empresa também disponibilizou álcool gel para todos os colaboradores e alterou a rotina de desinfecção de maçanetas, superfícies de contato e locais de alta circulação, aumentando a frequência de higienização.

Consumidores

O iFood já está testando entregas com menor contato, onde o usuário pode combinar com o entregador via chat onde deixar o seu pedido. Em breve, anunciará outras ações para realizar as entregas sem contato (contactless) que estão sendo estudadas para oferecer a melhor experiência aos entregadores parceiros, consumidores e restaurantes. As equipes da foodtech estão comprometidas em continuar inovando com tecnologia no ecossistema de alimentação e também para buscar soluções específicas para contribuir com a população neste momento.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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