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Copa do Mundo no fim do ano promete aquecer as vendas no comércio 

O futebol é um dos símbolos que representa a paixão nacional. É essa máxima que deve garantir em novembro, incremento ainda maior para o comércio varejista com a abertura da Copa do Mundo tendo a seleção brasileira em campo em seu primeiro jogo. Pesquisas realizadas por entidades do segmento projetam que o período promete aumento no consumo de produtos e serviços.

De acordo com a ABV (Associação Brasileira do Varejo) as vendas no período devem aumentar em 12%. Na prática, a economia deve injetar mais de R$ 20 bilhões.No comparativo com 2014, quando o Brasil sediou o evento, estima-se que o faturamento seja 7,9% superior. O dado é da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

A reportagem do Jornal do Commercio ouviu entidades varejistas em Manaus, para saber  se a previsão e o otimismo acerca  do mundial de futebol  tendem a alcançar melhores resultados no último trimestre do ano na economia local.

Para o presidente do Sindivarejista-AM (Sindicato do Comércio Varejista no Estado do Amazonas),  Teófilo Gomes, é um reforço que marca um bom momento de desempenho para o setor, já que coincide com a Black Friday. “São previsões que corroboram com o sentimento de vários setores econômicos. Devemos considerar que após quatro anos os preços estão reajustados acompanhando a inflação, logo o valor do faturamento tende a ser maior”. 

Ele considera que o evento esportivo pode representar para a economia local um acréscimo médio entre 18% a 20%. “Por outro lado vamos ter o adiantamento de 50% do décimo terceiro salário o que pode estimular compras principalmente compras de TVs. Isso tudo se o desempenho do Brasil for bom. Passando para as oitavas, quartas e semifinais (pelo menos). A cada avanço na classificação do Brasil com certeza serão estimuladas mais compras”, estimou ele. 

A percepção de Gomes, fortalece a estimativa do sindicato nacional. “Se o Brasil for classificado para a final do Mundial, o faturamento de lojas, bares, restaurantes e comércio “pode superar R$ 25 milhões”.

Na análise da consultoria Nielsen, vestuário, notebooks e móveis em geral lideram as tendências de consumo geradas pela Copa do Mundo.

O presidente em exercício da Fecomércio AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas) , Aderson Frota, concorda que a época pode ser uma excelente oportunidade a mais para o consumo de produtos e serviços. “Alguns segmentos devem garantir alta no faturamento. Embora o horário das partidas deva afetar algumas atividades, o importante é a própria motivação. E se a seleção garantir grandes resultados nos primeiros jogos vai criar um grande impulso para que haja maior aquisição de bens e consumo. Mas também, o setor de alimentação, bebidas, confecções, decoração, todos esses, realmente receberão um estímulo extra e com certeza um crescimento expressivo”, disse. 

Para Frota, como o Mundial é um evento que só acontece a cada quatro anos, vai haver  um crescimento nesses setores significativo e importante e talvez muito acima de 12% a 15% neste ano específico de Copa do Mundo. “A nossa expectativa é positiva”.

Comportamento

Pesquisa feita pela Agência de Pesquisa de Comportamento apontou que são poucos os torcedores que conseguem acompanhar jogos do Brasil, em época de Copa do Mundo, dentro do estádio. Por isso, a casa passa a ter um papel extremamente relevante enquanto “lar torcedor”.

A pesquisa aponta que com a impossibilidade da ida aos estádios para assistir aos jogos da copa do mundo, 29% dos torcedores organizam a casa para deixá-la ainda mais confortável para o evento.

A torcida pela seleção dentro dos lares, também impacta diretamente os comportamentos de consumo: os jogos movimentam a venda de cervejas e eletrodomésticos, por exemplo, já que a festa está intimamente ligada às confraternizações em família.

Em 2022, 24% dos torcedores pretendem comprar uma nova TV para assistir melhor aos jogos.

“O ato de torcer, por si só, proporciona momentos ao lado de pessoas queridas, que ficam marcados na história de cada um. O evento carrega memória afetiva, tanto para quem já assistiu a vitórias e conquistas quanto para quem só ouviu falar delas, mas sonha em vivenciar essa experiência. É um respiro em meio ao caos do dia a dia”, explica Julia Ades, fundadora e head de pesquisa da Apoema.

Por Andreia Leite

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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