Por Pricila Assis
A Marinha do Brasil realizou a passagem de comando do vice-Almirante Thadeu Marcos Orosco Coelho Lobo, nesta segunda-feira (8), no 9º Distrito Naval no Amazonas (Com9ºDN). O vice-Almirante João Alberto de Araujo Lampert passou a conduzir a força marítima no lugar de Lobo, que comandou por muitos anos de forma estratégica pelos rios da Amazônia.
Com vasta experiência na área naval, o Vice-Almirante João Alberto de Araujo Lampert, terá a responsabilidade de liderar as operações e missões da Marinha na região amazônica, sob o comando do 9º Distrito Naval que possui suas grandes distâncias interligadas por uma malha hidroviária de aproximadamente 22 mil quilômetros de extensão, na qual trafegam cerca de 35 mil embarcações.
Em seu discurso de posse, o novo comandante destacou a importância da Amazônia para a segurança nacional e ressaltou o compromisso da Marinha em proteger e preservar a riqueza natural da região.
“Volto aqui depois de 19 anos, tive a alegria de comandar o navio Patrulha, onde eu pude conhecer mais de perto todas as nuances, as peculiaridades e as necessidades do povo ribeirinho, do povo Amazônico. O meu maior objetivo é continuar trabalhando com todas as autoridades e órgãos, para que a navegação seja sempre muito segura”, disse.
Ele também ressaltou a necessidade de fortalecer a cooperação com os órgãos de segurança pública e as comunidades locais para garantir a segurança das águas amazônicas.
“A gente pode colocar algumas missões constitucionais e legais da Marinha, dentre elas o poder naval, a segurança marítima e a autoridade marítima. A Marinha tem seus navios, campanhas, delegacias, apoio e coordenação com outros órgãos de segurança pública, é um trabalho muito importante nessa região”, afirma.
O comandante anterior, Almirante vice-Almirante Thadeu Marcos Orosco Coelho Lobo, agradeceu a confiança da Marinha durante seu período à frente do 9º Distrito Naval.
“Trabalhamos sobre um planejamento estratégico realista e maduro com claros indicadores, capaz de indicar de forma cristalina o rumo a seguir. A Floresta Amazônia é empacada, ninguém nela anda sozinho. Combatemos ombro a ombro com as nossas forças irmãs e agências, de forma exemplar para o Brasil, estabelecendo um relacionamento produtivo em todos os poderes federal, estadual e municipal, e com quaisquer que forças ou organizações pudessem, de alguma forma, contribuir para alcançar nossos objetivos. Criamos um importante meio de relacionamento, dando conhecimento do protagonismo da marinha na Amazônia e fortalecendo o prestígio da força. Lutamos muito bem, acompanhados. Sou profundamente grato aos meus comandantes de operações na base”, declara.
A chegada do Vice-Almirante Lampert, representa um novo capítulo na história da Marinha do Brasil na Amazônia, reafirmando o compromisso da instituição em promover a soberania nacional e a proteção do meio ambiente na região.
Legado
O vice-almirante Lobo em seus anos de trabalho no Com9ºDN realizou operações reais e assimétricas, promovendo um aumento da ordem de 35% em procedimentos médicos, odontológicos, laboratoriais e de enfermagem nos polos de atendimento médico da Amazônia. Além de viabilizar o investimento na aquisição de diversos equipamentos para a tropa e na manutenção de meios, embarcações e viaturas, o qual permitiu aumentar significativamente a condição de pronto emprego do primeiro batalhão de operações ribeirinhas.
Ainda em sua gestão, Lobo, conduziu de forma ágil e presente a crise derivada da seca histórica dos rios amazônicos, a segurança da navegação e a manutenção do comércio fluvial em apoio ao comando da Flotilha do Amazonas e a capitania funcional. Marcando também em sua trajetória a materialização da importância do ensino profissional marítimo para a Amazônia, na proposição do projeto de reforma do Centro Técnico de Formação de Fluviários da Amazônia Ocidental, como meta prioritária da Marinha do Brasil
