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Chibatão e Super Terminais concorrem pela liderança no mercado de logística

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O trânsito de contêi­neres cheios provenientes da navegação de longo curso e cabotagem, nos principais portos da capital alcançou o volume de 13.816 unidades em janeiro, contra 8.756 do mesmo período do ano passado. Os dados, fornecidos pela SNPH (Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Estado do Amazonas), apontam para uma elevação média na movimentação de cargas de aproximadamente 38,19%.
O mesmo estudo mostrou também o desempenho obtido pelos TUPs (Terminais de Uso Privativo) Chibatão e Super Terminais que concorrem pela liderança no mercado amazonense com a indisponibilidade momentânea do Porto de Manaus.
O TUP Chibatão foi apontado pela SNPH como o terminal com maior movimentação de contêineres no Estado, já que operou 13.554 TEUs (8.468 contêineres) durante o mês de janeiro, volume 85,2% maior que os 7.378 TEUs (4.572 unidades) do mesmo período no ano passado e 24,05% menor ante os 17.846 TEU’s (10.862 contêineres) de dezembro último.
“Uma participação de mercado, sem dúvida, impressionante, que mostra claramente o crescimento em competitividade regional do Grupo J.F. Oliveira Navegação e Logística”, declarou o presidente da autoridade portuária, Rildo Cavalcante.
O diretor técnico do TUP Chibatão, José Luiz Batista, apontou que a meta da empresa é, de fato, ampliar em 20% a participação de mercado, alcançando a liderança isolada na região até o fim do ano. O executivo ressaltou os investimentos na ordem de US$ 20 milhões a partir deste semestre destinados à aquisição de seis novos guindastes que irão compor a infra-estrutura do novo píer.
“Esses números de investimento mostram com clareza o nosso objetivo este ano em termos de oferecer logística suficiente para atender a alta demanda de carga e descarga dos clientes”, explicou o diretor.

Novos
investimentos

Entre os investimentos em cabotagem previstos pelo TUP Chibatão para este ano, segundo Batista, estão a compra de 21 tug máster (tratores de terminais portuários) e a construção de dois rebocadores com propulsão azimutal para proporcionar agilidade na atracação, aumentando a segurança na manobra dos navios. “Queremos estimular a concorrência a nos acompanhar na disputa pelo mercado local, fato que, temos certeza, vai beneficiar especialmente as empresas do segmento industrial, principais clientes do Porto Chibatão”, concluiu o executivo.
Mas a disputa na capital parece longe de ter uma liderança isolada. Pelo menos é o que apontam os indicadores da SNPH, de acordo com os quais a segunda colocação na movimentação de contêineres no Estado, o TUP Super Terminais, operou em janeiro 11.377 TEU’s (6.344 contêineres), volume 13,24% maior que os 10.046 TEUs (5.776 contêineres) obtidos em dezembro, quando atracaram sete navios, um a menos que os oito em janeiro deste ano.

Navegação de longo curso

Segundo dados da autoridade portuária, os contêineres com cargas provenientes da navegação de longo curso responderam por 48% da movimentação total do TUP Super Terminais em janeiro. “Em números fechados, em janeiro foram movimentados 5.456 TEUs (3.022 contêi­neres), contra os 3.913 TEUs (2.253 contêineres) do mesmo período de 2007, um acréscimo substancial de 39,43%. Por isso, achamos que o Super Terminais não vai deixar barato a busca pela liderança na movimentação de cargas”, explicou Rildo Cavalcante.
O consultor em transporte e logística Reiko Eduardo Nakamura apon­tou que a navegação de cabotagem é vantajosa a partir de 1.000 km. O especialista citou os dados da SNPH, segundo os quais a navegação de cabotagem brasileira transporta o correspondente a apenas 5% da carga geral movimentada. “No caso do Amazonas, como estamos distante de qualquer grande centro comercial, a cabotagem é um grande negócio. Mas para que o Estado ocupe definitivamente um atrativo nesse mercado é essencial modernizar todos os setores da navegação local, ainda muito defasados em relação a outros portos”, explicou Nakamura.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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