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Cesta básica apresenta alta de 5,27%

O custo da cesta básica em Manaus teve alta de 5,27% no mês de julho em comparação ao mês anterior. O preço ficou em R$ 404,22, segundo aponta a pesquisa divulgada nesta quinta-feira (4), pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Com o indicador, Manaus passa a ocupar a 15ª colocação no ranking das cestas mais caras do país. Em julho, o tomate, feijão e manteiga sofreram reajustes significativos e elevaram o percentual geral da cesta.
De acordo com os dados, oito produtos apresentaram alta e quatro tiveram queda nos seus preços no mês analisado, influenciando o custo total da cesta. O economista e supervisor técnico do Dieese no Amazonas, Inaldo Seixas, destaca que o aumento nos preços de alguns alimentos, elevou o custo da cesta básica em Manaus. “Produtos como tomate, feijão e manteiga puxaram o valor para cima, onde questões como lenta maturação, alteração climática e pouca oferta no mercado contribuíram para essa alta”, disse. O preço de R$ 404,22 é o segundo mais caro do ano, ficando atrás do mês de fevereiro, quando a cesta básica amazonense custou R$ 437,86.
Com o aumento de 5,27% no valor da cesta de Manaus, a capital ocupa a 15ª colocação no ranking das cestas mais caras, dentre as 27 capitais onde é realizada a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Em junho, o conjunto de itens alimentícios essenciais composta por 12 produtos, custava R$ 384,00 e no mesmo mês em 2015 o valor chegou a R$ 340,84.

Produtos

Na capital amazonense, o tomate (15,83%) foi o produto que apresentou maior alta no mês, seguido do feijão (13,68%), da manteiga (12,20%), da banana (6,71%) e do arroz (4,09%). Referente aos que apresentaram queda, a carne (-2,36%) foi o produto que apresentou maior recuo no mês. Em seguida vem o óleo (-0,73%), a farinha (-0,38%) e o açúcar (-0,35%).
Segundo o supervisor técnico do Dieese, a lenta maturação do tomate influenciado pelo clima ameno no Sudeste, foi o responsável por reduziu a oferta do alimento na região. “A produção local não dá conta da demanda e importamos de outras regiões. No inverno esse produto cresce lentamente, há aumento no custo da produção e entra no mercado mais caro, impactando o valor regional”, avalia Seixas, ao destacar que, apesar do aumento, o item segue com o preço normal.
O feijão seguiu em alta com variações positivas em 25 das 27 capitais. De acordo com o Diesse, o quilo do feijão carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo, variaram entre 5%, em Goiânia, e 30,68%, em São Paulo. Em Manaus a variação em julho foi de 13,68%.
De acordo com Seixas, o alimento vem com a problemática da quebra das safras anteriores, devido a rígida estiagem prolongada. Ele destaca que, o clima influenciou na qualidade do grão e, com isso, o preço no varejo subiu desde o início do ano.
“A terceira safra não está sendo suficiente à frente da demanda atual, o que pressiona o preço do produto para cima. Vamos ver se o valor cede com a entrada de oferta do feijão no mercado já no segundo semestre”, disse. Nesses seis primeiros meses do ano, a safra acumula alta de 96,60% na capital amazonense.
A manteiga foi o terceiro produto da cesta de alimentos de Manaus que mais aumentou de preço em julho. O supervisor técnico do Dieese, disse que as indústrias de laticínios disputaram o pouco leite ofertado no mercado, elevando mais o preço dos derivados lácteos. A alta no mês foi de 12,20% e no acumulado do ano de 44,99%.
Já a carne, foi o produto que apresentou maior recuo no mês com 2,36%. De acordo com o Seixas, o produto é um dos alimentos que mais impacta o custo final da cesta básica. “Temos a oferta equilibrada na produção de carne e com isso, ela teve um pequeno recuo e isso evitou que tivéssemos um aumento ainda maior no valor da cesta básica amazonense”, ressalta o economista. No acumulado do ano, houve queda de -2,91%.
O óleo de soja teve o valor reduzido em 22 cidades brasileiras. As maiores oscilações foram registradas entre Porto Velho (-6,49%), Teresina e Manaus com o mesmo indicador (-0,73%). Já as altas foram observadas em Belém (0,23%), Salvador (0,55%), Boa Vista (0,65%) e Maceió (4,98%). Em Manaus, o produto tem acumulado do ano de 7,65%.

Nacional

O valor da cesta básica subiu no mês de julho em 22 das 27 capitais do Brasil pesquisadas pelo Dieese. As maiores altas foram observadas em Boa Vista (8,02%), João Pessoa (5,79%) e Manaus (5,27%). Já as retrações ocorreram em Florianópolis (-4,35%), Belo Horizonte (-0,64%) e Belém (-0,60%).
A cidade de São Paulo continua no topo da lista, com a cesta básica mais cara do país. Para adquirir os 12 produtos básicos que compõem a cesta, os paulistanos gastaram, em média, R$ 475,27. Em seguida aparece Porto Alegre com R$ 468,78 e Rio de Janeiro com R$ 448,28. Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 362,63) e Rio Branco (R$ 371,94).
Nos seis primeiros meses deste ano, todas as cidades brasileiras acumularam alta. As maiores variações foram observadas em Goiânia (26,49%), seguida de Aracaju (24,05%) e Boa Vista (21,69%). Os menores aumentos ocorreram em Florianópolis (4,49%), Curitiba (7,26%) e Manaus (9,91%).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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