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Candidatos têm última e decisiva semana para convencer eleitores no Amazonas

MARCELO PERES

Face: @marcelo-peres  Instagram: @jcommercio 

A semana que se inicia será decisiva para os candidatos nas eleições deste ano. O primeiro turno acontece no próximo domingo, dia 2 de outubro. E o período representa a última ofensiva para os postulantes conquistarem potenciais eleitores. A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV não tem conseguido, porém, o feedback esperado junto ao eleitorado com tantos ataques entre os oponentes, sem apresentação de propostas, como reclama a população do Amazonas.

As pesquisas de opinião apontam os candidatos mais favoritos na briga pelo voto do eleitor. Na disputa ao governo, o governador Wilson Lima (UB) continua liderando na intenção de votos, seguido por Amazonino Mendes (Cidadania) e Eduardo Braga (MDB). Porém, o senador está em ascensão, já ameaçando se aproximar de Lima, enquanto o ex-governador sente os impactos negativos por conta da saúde debilitada e da idade avançada, fato que serve de coringa na mão para seus adversários políticos.

Braga tem um trunfo que favorece ainda mais a sua candidatura –o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que visitou recentemente Manaus, onde fez um comício para um público de pelo menos 40 mil pessoas, convertendo em maiores possibilidades de votos para ele e o seu aliado entre trabalhadores e as camadas de menor poder aquisitivo. Com um cabo eleitoral desse porte, o senador tem grandes chances de decolar.

Lima também tem muita munição, além de contar com a máquina estatal a seu favor. Apoiando a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), dispara na preferência em Manaus e no interior do Estado, onde aproximadamente 50% dos prefeitos já fecharam com a sua campanha. O presidente dá a contrapartida ao governador para ele apostar em um eventual novo mandato de quatro anos.

Pelo Senado, Omar Aziz (PSD-AM) mantém o favoritismo, deixando para trás Arthur Neto (PSDB). O Coronel Menezes (PL), maior articulador da campanha de Bolsonaro no Estado, também ainda não convenceu, ficando na retaguarda em relação aos demais candidatos. O militar costurou longos caminhos na iniciativa privada militando como empresário, chegando a dirigir a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) por indicação de Bolsonaro. Mas não conseguiu, no entanto, converter toda essa trajetória em maior fôlego para protagonizar a política amazonense, pelo menos até agora.

“Wilson Lima deve se reeleger. O apoio do prefeito, bem avaliado pela população, turbinou a sua reeleição, algo que apagou praticamente a repercussão negativa de sua gestão durante as duas fases da pandemia”, avalia Celso Lano, sociólogo, com especialização em ciência política.

Disputa

Porém, não está descartado o segundo turno das eleições no Amazonas. Com o crescimento de Braga junto à preferência do eleitorado, uma possível segunda fase na disputa deixará praticamente Amazonino Mendes fora do cenário eleitoral. Sua saúde débil e aparições em público acompanhado de cuidadores e médicos, muitas vezes em cadeira de rodas, são aspectos que ressoam negativamente na corrida pelo Palácio Rio Negro.

“Não se enganem. Amazonino Mendes ainda tem muito pavio para queimar, oportunizando grandes benefícios para a população”, diz o empresário Mário Lairton, do segmento de lojas pets. “O bom menino pode ajudar muito o Amazonas. Praticamente, toda a estrutura de saúde e de educação que temos hoje no Estado resulta de seus governos anteriores”, acrescenta ele.

Apontado sempre como atrás de Lula na preferência dos votos, Bolsonaro ignora os números e diz que nunca uma pesquisa ganhou eleição no Brasil. “Esses dados são manipulados e não refletem a realidade da disputa. É uma estratégia para turbinar o meu oponente, responsável por vários escândalos de corrupção em seu governo”, questiona o presidente, crente  que vai derrotar o petista.

Em resposta, Lula investe no discurso que é a grande esperança para o brasileiro nestes tempos tão difíceis, quando muita gente passa fome com a escalada nos preços dos produtos alimentícios. E promete ainda resgatar as conquistas trabalhistas retiradas do atual governo federal, segundo ele. 

“Nunca se viu uma situação tão difícil como vive hoje a maioria da população brasileira. Vou lutar pelos mais pobres, diminuir a desigualdade, dando mais oportunidades de emprego e renda”, diz o líder do PT. “Ninguém mais vai passar fome neste país”, ressalta o presidenciável.

Por enquanto, a grande expectativa é o que dirão as urnas. Ao contrário como muitos especulam, as pesquisas não têm sido suficientes para convencer os eleitores. E muitos vão decidir em quem vão votar na hora que estiverem na cabine de votação, segundo analistas políticos.

Marcelo Peres

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