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Candidatos ao Planalto focam na Amazônia

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Foto: Divulgação

MARCELO PERES

 Face: @marcelo-peres  Twitter: @JCommercio

A defesa das potencialidades do Amazonas não está restrita somente a lideranças da região. Candidatos ao Planalto também tocam na mesma tecla em sua campanha eleitoral para as eleições de outubro deste ano. Indistintamente, todos investem seus motes e estratégias em uma questão que se volta para toda a atenção da comunidade mundial.

Os oito postulantes ao cargo de governador no Amazonas têm seus planos de governos centralizados na exploração dos recursos sustentáveis da rica biodiversidade, assuntos que alcançam um bom feedback junto ao eleitorado.

Em campanha política no Amazonas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a exploração dos recursos naturais com respeito à preservação das florestas e aos povos tradicionais da região. Foram dois dias em visita a trabalhadores do Distrito Industrial, encontro com representantes de etnias indígenas, culminando com um comício que reuniu pelo menos 40 mil pessoas em Manaus.

O tema Amazônia ficou mais em pauta após o assassinato na região do Vale do Javari, no município de Atalaia do Norte (AM), onde foram emboscados e mortos o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira, tendo ainda os seus corpos desmembrados, causando indignação entre várias celebridades e autoridades internacionais.

Lula reconheceu a importância da ZFM (Zona Franca de Manaus) para o desenvolvimento regional. E lembrou que o modelo é preponderante para manter a floresta em pé, quase intocável, ressaltando, porém, a viabilidade de projetos de sustentabilidade, gerando mais empregos e renda a uma população isolada praticamente do resto do país.

“É necessário o desenvolvimento de outras matrizes econômicas, que se foquem na sustentabilidade dos recursos naturais, somando-se às atividades das empresas instaladas na Zona Franca”, disse o líder do PT. “Ninguém vai tocar na ZFM. O povo do Amazonas pode estar certo disso”, acrescentou ele em seu discurso a trabalhadores de uma fábrica de motocicletas no Distrito Industrial, por ocasião de sua visita ao Estado.

Em Belém (PA), de onde partiu logo após cumprir agenda em Manaus, Lula voltou a tocar na mesma tecla, estrategicamente explorando um assunto com repercussão mundial que encontra respaldo na sustentabilidade da Amazônia.

“Temos muito potencial para tornar a Região Amazônica mais rica, proporcionando mais empregos e geração de renda às suas populações”, disse o ex-presidente. “O meu governo dará prioridade para a exploração sustentável de uma região tão rica, preservando a rica biodiversidade, cumprindo as exigências da comunidade mundial”, destacou o candidato.

Riquezas

Simone Tebet, candidata do PSDB à Presidência, também explorou o assunto durante sua agenda de campanha em Belém. Na sexta-feira (2), ela participou de uma caminhada pelo Mercado Ver-o-Peso, principal cartão-postal da capital paraense, sendo recebida por simpatizantes.

Comeu peixe com açaí e fez uma parada na berlinda com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, que fica no centro do mercado da cidade. Participaram da comitiva da candidata políticos correligionários que também disputam vaga nas eleições de 2022, além de apoiadores de Tebet.

Sobre suas propostas para a Região Amazônica, Tebet avaliou que está na hora de a riqueza da Amazônia voltar para seu povo. Segundo ela, é possível fazer isso sem derrubar nenhuma árvore de forma ilegal. “É um desenvolvimento com qualidade de vida para quem mora aqui. Vamos fazer dinheiro trazendo bilhões de dólares para a região, gerando empregos de qualidade às pessoas”, disse.

A candidata voltou a afirmar que sua candidatura é uma alternativa à polarização política e defendeu a pacificação do Brasil para unir as famílias novamente. Tebet avaliou que as mulheres estão se identificando com o projeto dela. “Nós somos hoje a única via capaz de unir o Brasil, garantir a paz que nós precisamos para o país voltar a crescer, gerar emprego e garantir felicidade para as pessoas”, afirmou.

Acusado de tentar prejudicar a ZFM com os decretos de mudanças no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, disse que os produtores precisam ter liberdade para produzir.

“Fazemos modestamente o nosso trabalho em Brasília, colaborando com vocês. Cada vez mais queremos que vocês tenham independência do Executivo e cada vez mais liberdade para trabalhar e produzir para nossa pátria”, disse o presidente durante encontro com simpatizantes na 45ª Expointer, feira agropecuária de destaque internacional, no município de Esteio, no Rio Grande do Sul.

Bolsonaro nega que pretenda prejudicar a ZFM. E diz também ser necessária a exploração de minérios para alavancar o desenvolvimento do Amazonas. No entanto, restrições ambientais impedem a viabilização de projetos, aponta ele.

O presidente critica esses gargalos e não entende a existência de tantas legislações que travam ações em prol do fortalecimento das atividades econômicas. “Precisamos explorar essas potencialidades. O Amazonas tem como contribuir muito para o desenvolvimento de todo o Brasil”, acrescentou Bolsonaro.

Marcelo Peres

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