O PSB (Partido Socialista Brasileiro) até o final do mês de junho pretende apresentar, de maneira pioneira, a primeira candidatura presidencial. O presidente do partido, Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva colocaram o pé na estrada para ouvir as diversas reivindicações populares que deverão compor o programa de governo que pretende mudar o rumo da política do Brasil. “Não estamos fazendo um programa trancado em quatro paredes ouvindo só os doutores e os técnicos. Nós queremos ouvir a sociedade para que esse programa seja do Brasil e a partir do dia 1º de janeiro, se Deus quiser, nós vamos tirar esse programa do papel colocando na vida do povo”, revelou o pré-candidato.
O pré-candidato iniciou sua campanha com debates em que a vice-presidente da chapa, Marina Silva, se fez presente e agora avaliam o eleitor amazonense como fontes de reivindicações. “Normalmente os políticos gostam de falar mais do que ouvir. Nós estamos começando essa campanha, eu e a Mariana, de maneira diferente. Nós estamos andando o Brasil para ouvir o povo, para ouvir as sugestões, os reclamos, os sonhos”, relatou.
No Amazonas, Eduardo Campos garantiu que não irá impor uma ou mais candidaturas ao governo. A prioridade da visita foi receber as contribuições programáticas de todos os partidos que compõe a frente nacional do PSB, da Rede, do PPS e do PPL. “Não vamos discutir primeiro as candidaturas regionais para depois discutir o que vamos fazer com o Brasil”, afirmou.
Eduardo Campos conseguiu reunir vários partidos na mesa durante homenagem realizada no plenário da CMM (Câmara Municipal de Manaus), na sexta-feira (25), bom momento para iniciar as articulações para as eleições no Amazonas. Mas ele reiterou que esse debate sobre o quadro local para as eleições não é o foco da visita. “Nós estamos, na verdade, fazendo o seminário programático da Região Norte, discutindo conteúdo do nosso programa. Mas o debate sobre a sucessão estadual ele vai seguir sendo feito pelas lideranças do Estado”, frisou.
Em Manaus a disputa pela pré-candidatura ao governo do Estado pelo PSB começou acirrada entre o deputado estadual Marcelo Ramos e o vice-prefeito Hissa Abrahão, ambos dividiram espaço ao lado do presidente do partido durante breve visita na capital amazonense. “Eu vou apoiar as candidaturas do meu conjunto político. Até porque é uma eleição em dois turnos”, afirmou. Na ocasião, Eduardo Campos deixou claro que vai priorizar a discussão dos problemas que afligem o povo, essa é a nova política defendida pelo PSB, independente do número de candidaturas dentro do partido.
Sobre criar um bairrismo com uma aliança Norte-Nordeste, Campos declarou que é preciso olhar o país como um todo e construir a unidade de pensamento rumo ao desenvolvimento regional, o futuro do Brasil. “Eu acredito que nós temos que fazer uma aliança do Brasil inteiro. Uma unidade se constrói compreendendo as diversidades e nós nordestinos e nortistas temos desafios que são próprios de nossa região que precisam ser tratados como desafios do país”, disse. Segundo ele, muitas regiões do país, muitos Estados e cidades ficaram distantes da política centralizada em Brasília (DF). “As regiões equidistantes, se sentem, sem ser escutadas pela velha política que insiste em comandar Brasília de costa para o Brasil”, lamentou.
Campos fez questão de salientar a importância das regiões Norte e Nordeste na vitória do atual governo, mas que hoje se sentem distante das decisões de Brasília. “Nós precisamos construir um programa de governo que deixe claro ao Brasil que o Norte brasileiro bem como o Nordeste não são um problema, nós somos parte da solução brasileira. Nós queremos um tratamento adequado e oportunidade de mostrar o talento da nossa gente e a força de trabalho do nosso povo”, defendeu.
CPIs Suape x Petrobras
Sobre a mobilização dos governistas do Senado que defendem a criação de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para investigar o Porto de Suape, localizado no Estado de Pernambuco, entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, o presidente do PSB defendeu seu projeto que foi baseado na integração porto-indústria a exemplo de países como França e Japão:
“Nós temos completa tranquilidade, até porque o PSB foi o partido que deu as assinaturas necessárias para que houvesse uma CPI em relação à Petrobras. Por todos os fatos que o próprio governo revela através das ações da Polícia Federal, das declarações da própria presidente Dilma [Rousseff], fizeram com que a sociedade descobrisse que era necessário fazer um processo de investigação na Petrobras para separar o joio do trigo”, lembrou.
Segundo Campos, a Petrobras é uma grande empresa de vital importância para o futuro do Brasil e que agora precisa ser salva da corrupção. “Não podemos deixar que a Petrobras seja confundida ou misturada com ação de poucos que precisam ser punidos, que cometeram erros. Nós precisamos salvar a Petrobras, colocar no rumo certo e acabar com essa história de ser ocupada por conveniência política. Nós precisamos ter a coragem de manter a empresa isenta administrativamente”, concluiu.
Campos defende inclusão do Amazonas
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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