Técnica pode ser utilizada em todos os tipo de calvície, no homem; e 50%, nas mulheres
A cada dia que passa, novas técnicas cirúrgicas são desenvolvidas para acabar com a calvície. Antes com dor no pós-operatório e agora com retorno dos pacientes às suas atividades normais em apenas 72 horas, as cirurgias são cada vez menos invasivas. E um amazonense, o cirurgião plástico Roberto Vieira, desenvolveu recentemente uma nova técnica que já está sendo reconhecida pela comunidade médica nacional e internacional como uma das mais eficientes até agora praticadas.
“Nos últimos cinco anos só utilizamos a técnica FUE (extração fio a fio da parte de trás da cabeça, sem o corte na nuca). Nela, o paciente pode raspar a cabeça, que não aparecerá nenhuma marca linear. Mas nessa técnica, a colocação dos fios na área calva é ainda um desafio para muitas equipes de transplante capilar. No passado utilizávamos pinças, como a maioria das equipes atualmente. Hoje, só realizamos a minha técnica de alta densidade fio a fio, ou seja, colocando mais fios por centímetro quadrado”, falou o médico.
“Há quase três anos começamos a realizar a implantação dos folículo capilares (fios novos) na área calva com agulha modificadas e implanters (uma espécie de caneta que carregam os fios de cabelo)”, disse.
“Publiquei informações sobre essa técnica em 2017 na revista Fórum Internacional de Transplante Capilar e, este mês, a apresentei no Congresso Brasileiro de Transplante Capilar, na mesa de temas livres. Essa inovação permite colocar um maior número de fios de cabelo por centímetro quadrado, resultando em mais naturalidade”, explicou.
Aprimorou duas técnicas
Roberto Vieira é cirurgião plástico há quase dez anos. Apaixonado por conhecer novas técnicas de implante capilar, viaja constantemente pelo mundo (já pisou em todos os continentes) buscando aprimoramento nas melhores clínicas de transplante capilar do planeta.
“O meu primeiro contato com essas técnicas foi na Flórida, em 2010. Desde então já passei por Istambul, Lisboa, Ilhas Canárias, Assunção e outras cidades, sempre observando as equipes que realizam transplante capilar. Assim, estudei, modifiquei e aprimorei duas técnicas de implantação, unindo-as e criando uma nova técnica de colocar fio a fio de cabelo. Iniciei esses implantes em casos menores de calvície há dois anos. De lá até aqui venho aprimorando a técnica”, falou.
Enquanto isso, o Brasil e o mundo já começam a conhecer os bons resultados da criação de Roberto Vieira. “Este mês apresentei a técnica em Foz do Iguaçu, no Congresso Nacional da Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar, e tenho um convite para apresentá-la na França, no Instituto Mundial de FUE, no próximo ano, além da publicação final deste ano na revista ‘O Folículo’. O objetivo é mostrá-la ao mundo”, esclareceu.
“O interessante da técnica é que ela pode ser utilizada em todos os tipo de calvície, no homem; e 50%, nas mulheres, pois ela facilita a colocação dos cabelos independente da idade, tipo de pele e localização da área a ser tratada. Ela serve também para transplante de cabelos em cicatrizes, sobrancelhas, e barbas com falhas. Os cabelos são colocados só na área da calvície”, detalhou.
Sobre se a calvície está com os dias contados, Roberto Vieira revelou. “Hoje informo aos meus pacientes homens que ela não tem cura, mas tem controle. Eles podem optar por transplantar a parte calva, renovando-a, e bloquear a queda com medicamentos diários”, concluiu.
A metade dos homens
Todo mundo perde diariamente entre 50 e 70 fios de cabelo, principalmente durante o sono, por causa da fricção no travesseiro, e na hora de lavar e pentear. De acordo com os especialistas, essa perda é natural e muito comum. O problema é quando essa queda se acentua, ultrapassando mais de 200 fios, e o cabelo começa a ficar mais curto, fino, frágil e com perda de cor. É quando a calvície se instala e os novos fios deixam de compensar as perdas. Ligada principalmente à genética, a calvície está relacionada a diversos fatores, como distúrbios hormonais e emocionais. As consequências são alterações no folículo piloso que, ao provocarem destruição da matriz capilar, resultam na alopecia permanente. Nos homens, essa perda precoce dos fios é chamada de alopecia androgenética (AAG) e, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, aos 30 anos de idade 30% dos homens já a apresentam. Aos 50 anos, esse índice sobre para 50%.
Serviço
O quê? Clinica Roberto Vieira
Endereço: Rua Maceió, 22, Vieiralves
Informações: 9 8409-6007
Site: www.clinicarobertovieira.com.br
Face/Instagram: Clínica Roberto Vieira
