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Amazonas é o 2º exportador de sucatas

O Amazonas foi o segundo Estado que mais exportou resíduos metálicos no período de janeiro a junho deste ano, ficando atrás somente de São Paulo. Segundo o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), a comercialização de sucatas de ferro, alumínio e cobre ao exterior, totalizou US$ 12,8 milhões no primeiro semestre deste ano, destinadas principalmente aos Estados Unidos, China e Índia. O volume negociado representou um aumento de 578% em relação ao primeiro semestre de 2013.
Segundo a assessoria de comunicação do Mdic, no primeiro semestre de 2014 o Amazonas exportou um volume expressivo de resíduos metálicos em comparação ao mesmo período de 2013, quando o registro das exportações alcançou o índice de pouco mais de US$1,9 milhão.
Em 2013 o Estado exportou mais de US$8,4 milhões de resíduos, o que corresponde a menos de 0,1% do total das exportações amazonenses naquele período.
O relatório do ministério engloba os seguintes materiais, todos resíduos: ferro fundido; aço inoxidável; ligas de aço; aço estanhado; desperdício do torno, fresa, aparas, lascas, limalhas, entre outros; aço em lingotes; cobre; alumínio.
O Mdic informou que atua no âmbito da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), grupo de trabalho que tem o objetivo de estabelecer incentivos financeiros, econômicos, tributários para a cadeia da reciclagem e que visa o desenvolvimento da cadeia de exportação no país. O ministério também coordenou um grupo técnico temático voltado ao estabelecimento de parâmetros para a implementação da logística reversa de eletroeletrônicos.
A empresa Empório de Metais é uma das exportadoras amazonenses que atua no tratamento dos materiais metálicos descartados, que envolve alumínio, cobre e metal.
A diretora comercial da Empório, Erika Pimentel, afirma que a empresa exporta mensalmente cerca de 200 toneladas de metal para os Estados Unidos, China e Índia. O processo industrial consiste na separação do material por tipo de produto, limpeza, reciclagem, prensa, embalagem e ao final a exportação. “Ao chegar em cada destino os fabricantes refazem a matéria-prima conforme o seu produto final”, explica.
De acordo com a diretora, a indústria absorve resíduos descartados por associações e por empresas do Distrito Industrial. Atualmente a Empório conta com cerca de 100 clientes. Erika informa que o quilo do metal varia entre R$ 2,20 e R$ 2,40. “É um trabalho que gera emprego e renda à população, além de beneficiar o meio ambiente com a limpeza e meios sustentáveis”, comentou.

Secex
De acordo com informações da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) nos primeiros sete meses deste ano, o Amazonas exportou US$ 8,5 milhões em sucatas de ferro, um aumento de 322,8% em relação a igual período do ano passado, quando o Estado negociou com o exterior US$ 2 milhões.
De janeiro a julho, em sucatas de alumínio, foram exportados pelo Estado US$ 2,7 milhões. No mesmo período de 2013, a secretaria não registrou nenhum movimento externo referente a comercialização de sucatas de alumínio. Outra sucata de metal exportada, o resíduo de cobre, a Secex registrou a movimentação de US$ 2,7 milhões e, de janeiro a julho do ano passado, o Estado negociou apenas US$ 154 mil em sucatas de cobre.
As exportações de sucata ocuparam no período de janeiro a julho deste ano, posição de destaque na pauta do comércio internacional do Amazonas. As sucatas de ferro ocuparam a 14ª posição dos itens mais vendidos ao exterior pelo Estado. Os negócios com sucatas de cobre ocuparam no a 26ª posição e alumínios ocuparam a 28ª posição no ranking dos produtos negociados pelo Estado no mercado internacional.
As sucatas mais negociadas são latinhas de cervejas, refrigerantes, sucos, panelas e outros utensílios de alumínio, perfis de alumínio inutilizados, cabos de cobre e outras sucatas de metais, que alimentam como matéria prima, fundições do Brasil e em países como Estados Unidos, Índia, Taiwan e China e, viram novos utensílios e componentes de vários aparelhos, entre eles, tubulações de condicionadores de ar.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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