A criação de bijupirá, um nativo do mar brasileiro, tem a possibilidade de se tornar tão importante quanto o salmão (peixe cultivado em larga escala pelo vizinho Chile).
O ministro da Pesca, Altemir Gregolin, inaugura, na Ilha Comprida, litoral Norte de São Paulo, o Lanam (Laboratório Nacional de Aquicultura Marinha) –estrutura que recebeu R$ 3 milhões em investimentos para dar suporte à pesquisa e fornecimento de peixes, ostras e mexilhões para a engorda no mar. A unidade, com capacidade para produzir um milhão de alevinos de peixe marinho por ano, já se encontra em operação e domina a reprodução do bijupirá (cóbia).
Pelo menos dois grupos empresariais já se habilitaram para a engorda do peixe e a produção esperada é de mais 100 mil toneladas ao ano ou um terço de tudo o que o país cria atualmente nos rios, lagos e mar. Inicialmente as áreas de criação serão implantadas em São Paulo, Pernambuco e Bahia. Na Bahia, numa parceria com a Bahia Pesca, laboratório implantado em Santo Amaro da Purificação terá papel semelhante ao que está sendo inaugurado em São Paulo.
O Lanam tem quatro tanques de 60 toneladas para maturação –12 de 25 toneladas e 12 de 12 toneladas para larvicultura–, além de outros menores de fibra para cultivo de alimento vivo, microalgas e moluscos. Segundo os técnicos da fundação que administra o laboratório, ele servirá para nacionalizar a tecnologia de produção existente fora do País e suprir a demanda por peixes para engorda, atendendo as fazendas que serão implantadas na costa marítima, em sistema semelhante ao usado no cultivo do salmão. “O potencial produtivo, acima de um milhão de alevinos por ano, será capaz por si só de impulsionar a piscicultura marinha do sudeste do Brasil”, diz o ministro da pesca, Altemir Gregolin.
Com sua produção, o laboratório pode atender anualmente mais de 60 jaulas oceânicas como as utilizadas no salmão e/ou inúmeras jaulas de menor volume para cultivos mais simplificados ou artesanais.
Cultivo de peixe bijupirá forma nova cadeia produtiva no Brasil
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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