A estratégia do governo federal de levar o dólar para um ponto, que acredita ser de equilíbrio, está surtindo efeito. Nas movimentações de quinta e sexta-feira, a queda do valor da moeda norte-americana foi brusca, o que a fez recuar e fechar a semana cotado a R$ 2,357. Membros do governo apostam que o dólar valendo entre US$ 2,20 a US$ 2,30 seja o ponto ideal à maioria dos importadores ou exportadores. Porém, a torcida maior é pela estabilidade cambial.
Apesar do alívio, a insegurança sobre as oscilações cambiais continua, cujas raízes estão, entre outros fatores internos, no momento político pré-eleitoral e demandas sociais, que tem levado milhares de brasileiros às ruas e que levaram a popularidade da Presidente Dilma à lona. Porém, nada que não possa ser revertido nos próximos meses. Mas em um forte fator externo, o governo brasileiro não tem como interferir, a recuperação da economia norte-americana, cujo mercado ressurge como forte atração aos grandes investidores internacionais.
No caso específico do Amazonas, cuja indústria, principalmente de eletroeletrônicos negocia a maioria dos seus insumos em dólar, as últimas notícias sobre o câmbio devem ser comemoradas, porque ainda que momentaneamente, as iniciativas do governo atingiram os objetivos e, dispersa por hora, a nuvem negra que pairava sobre a indústria instalada em Manaus.
Dólar alto e grandes oscilações sempre trazem amargas recordações a quem está instalado no PIM. Conjunturas de grande variação cambial costumam dizimar grandes empresas ceifando milhares de empregos. Muitas empresas não suportam verem do dia para a noite suas dívidas crescerem sem controle. Além dessa situação, ainda é preocupante para as empresas, terem que trabalhar ajustando seus preços, a perspectivas de queda de faturamento e dificuldade de planejamento a médio prazo.
Dessa forma, a semana termina dando um pouco de ar a nossa indústria e, certamente, a equipe governamental também tem muito a comemorar com o resultado dos últimos dias, porque, a continuar nessa direção, estará não só domando o câmbio, mas também segurando preços de inúmeros produtos, entre eles, alimentos básicos, como o nosso pãozinho de cada dia.
Folga no final de semana
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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