Com o objetivo de garantir a fabricação de televisores na ZFM (Zona Franca de Manaus), o senador João Pedro (PT-AM) encaminhou proposta defendendo a diminuição do tamanho dos tablets produzidos no país, amenizando os impactos da Medida Provisória 534. A proposta conta com o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos do Estado do Amazonas. “A proposta original, de acordo com a MP, não dimensiona o tamanho dos tablets e isso ameaça a cadeia de produção de televisores no âmbito da nossa Zona Franca”, diz.
Segundo o senador, a proposta é fruto de debates e entendimentos com o movimento sindical no Estado, inclusive com a CUT (Central Única de Trabalhadores), disciplinando o tamanho dos tablets no país e assegurando a produção desses bens de informática no PIM-Parque Industrial de Manaus. “Com isso, garantimos os tablets na ZFM e impedimos qualquer ameaça à indústria de televisores em Manaus”, expressa.
O senador também comenta proposta do deputado estadual José Ricardo (PT) aos ministérios da Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior alterando o PPB (Processo Produtivo Básico) com a finalidade de garantir os tablets na ZFM. “O PPB foi feito por esses dois ministérios, mas nós, deputados e senadores do Amazonas, temos agora é que fazer emendas e assegurarmos as vantagens da Zona Franca na lei, já que o PPB é uma regra que pode ser alterada a qualquer hora por portaria ministerial, enquanto a lei sai do Congresso Nacional”, observa.
João Pedro afirma que a bancada federal do Estado no Congresso já desenvolveu conversas com os dois ministérios sobre a questão dos tablets, defendendo as vantagens da ZFM. “Nós estamos atentos a tudo”, salienta, frisando que a bancada federal, ao contrário do que insinuam alguns deputados estaduais na Assembleia Legislativa, está ativa junto aos ministérios e no Congresso e não permitirá prejuízos ao PIM na questão dos bens de informática em relação às MPs recentemente editadas pelo Palácio do Planalto.
Candidatura
Eleitor de Parintins, o senador João Pedro confirma sua intenção de se candidatar à prefeitura daquele município nas eleições do próximo ano, mas diz que tudo dependerá das articulações do Partido dos Trabalhadores local.
“Há um grupo de companheiros que defende a apresentação do meu nome, mas é uma coisa que eu tenho que pensar e avaliar com seriedade”, assinala, porém, ele sustenta que, definidas as regras, “eu vou à luta, vou pro jogo ajudar o PT a eleger o futuro prefeito da minha terra”.
