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LLX estuda transportar produção de petróleo pelo Porto de Açu, no Rio

O complexo portuário do Porto do Açu da LLX, braço logístico do grupo EBX do empresário Eike Batista, deve incluir em seu plano de negócios apoio à crescente produção de petróleo na Bacia de Campos (RJ). Localizado no município de São João da Barra, na região norte do estado do Rio, o porto fica próximo à bacia, uma das maiores localidades de exploração de petróleo do país.
Para o gerente de Relações com Investidores da LLX, Antonio Castelo Branco, a ideia da empresa é usar o complexo portuário para receber o petróleo extraído da Bacia de Campos; agregar valor no produto ainda no porto, para em seguida exportá-lo – o que deve conduzir a economia no custo do frete do produto.
Castelo Branco participou ontem do seminário “A Força do Estado do Rio de Janeiro”, realizado pela Amcham (Câmara Americana de Comércio), em parceria com a PricewaterhouseCoopers. Ele explicou que o petróleo produzido na Bacia normalmente é transportado em grandes navios plataformas, do tipo FSPO, que normalmente carrega um óleo mais bruto, cheio de “impurezas”.
Para o gerente, o petróleo poderia ser carregado em navios menores até o porto do Açu, onde seria tratado de forma mais eficiente, e receberia um aprimoramento de valor “em solo”. “Com essa agregação de valor, ele partiria do porto direto para ser exportado”, resumiu o gerente.
A LLX informou que ainda não foi notificada judicialmente da ação civil pública coordenada pelo MPF (Ministério Público Federal) sobre possível construção irregular do Complexo Portuário do Açu, em São João da Barra, no norte fluminense. A ação foi divulgada em comunicado da Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto. “Não podemos falar sobre isso, mesmo porque não fomos notificados judicialmente”, acrescentou o gerente de Relações com Investidores da LLX, Antonio Castelo Branco.
Ele comentou que a empresa, caso seja notificada judicialmente da ação, irá recorrer “com certeza”.
O gerente ressaltou ainda que o cronograma do complexo, previsto para ser inaugurado em 2012, continua dentro do previsto, sem nenhum atraso. Ele lembrou que, na semana passada, o porto do Açu recebeu licença ambiental para a construção de seu pátio logístico.
No comunicado da Procuradoria, entre as possíveis irregularidades na construção do porto, apontadas na ação, está a ausência de licitação para a construção do complexo, avaliado em R$ 6 bilhões. Na análise do MPF, “a licitação seria obrigatória se o empreendimento tivesse sido corretamente enquadrado como porto público”.
Em seu informe, a procuradoria observou ainda que “o MPF suspeita que houve também desapropriação de terras de uma fazenda por meio de decreto do Estado. Em 2007, o governo do Rio de Janeiro declarou as obras e as atividades de infraestrutura para a instalação do porto como de utilidade pública”.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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