O governo federal avalia a possibilidade de conceder incentivos fiscais para fomentar a bioeconomia, modelo de negócio que transforma recursos naturais em produtos de valor agregado seguindo regras ambientais. Um desses incentivos seria a criação de uma Zona Franca no Pará, oferecendo isenções fiscais para a instalação de empresas de bioeconomia.
Segundo o jornal Folha de SP, a ideia foi debatida entre os ministros Paulo Guedes (Economia) e Ricardo Salles (Meio Ambiente). Eles pretendem criar um grupo de estudo até o fim do mês para discutir medidas que projetem o segmento no País e criem uma “Zona Franca Verde”.
O deputado federal Sidney Leite usou suas redes sociais para questionar a iniciativa do governo. Para ele, o ministro Paulo Guedes não enxerga o problema com exatidão.
Sidney Leite lembra que o governo federal nunca fez o dever de casa de investir no Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) para buscar o desenvolvimento de bionegócios na região.
A ideia do governo federal é que Brasil possa virar um polo de atração mundial de empresas de biotecnologia, principalmente dos ramos de cosméticos, farmacêutico e alimentício, além de captar pesquisadores de universidades estrangeiras que trabalhem com um desses segmentos.
Além disso, para o governo brasileiro, a Zona Franca pode virar uma espécie de vitrine do modo como o Brasil investe na preservação ambiental, ponto que está em baixa no governo Jair Bolsonaro em razão das queimadas na floresta amazônica.