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Valor do aluguel sobe nos shoppings

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Após um período de concessão de descontos e condições especiais no pagamento dos aluguéis de shopping centers, as administradoras do setor pretendem reajustar os valores de locação nos empreendimentos – uma vez que os primeiros sinais da retomada das vendas começam a surgir.

A administradora de shoppings, Sonae Sierra, proprietária de nove empreendimentos como o Plaza Sul Shopping e o Shopping Campo Limpo, relaciona a mudança com o melhor desempenho de vendas dos lojistas. “Nesse trimestre as receitas voltaram a acelerar e nós vimos também uma retomada de leasing spreads positivos [Comparação entre o aluguel médio do novo contrato e o aluguel médio mensal faturado do contrato antigo para o mesmo espaço] nas renovatórias depois de alguns anos difíceis de negociação com os varejistas”, comenta o CFO & IR Officer da Sonae Sierra Brasil, Carlos Correa.

Em teleconferência realizada ontem (7) pela companhia, foi divulgado que os aluguéis nas mesmas lojas (SSR) aumentaram 4,9% no terceiro trimestre, impulsionados pelo resultado de vendas maiores e da redução contínua dos descontos temporários. As Vendas Nas Mesmas Lojas (SSS) registraram aumento de 2,6% no terceiro trimestre em comparação ao mesmo período de 2017.

Além disso, a controladora anunciou crescimentos nas taxas de ocupação. O número atingiu 94,2% ao final de setembro, impulsionado pelo crescente índice de aluguel no Passeio das Águas Shopping. Assim, os negócios dos shoppings do grupo cresceram 4,6% no terceiro trimestre ante igual período de 2017.

Outro exemplo de controlador imobiliário o qual tem a pretensão de fechar a torneira de descontos é o grupo Iguatemi. “Tivemos uma melhora generalizada nas vendas no terceiro trimestre de 2018. Claro que o prolongamento do inverno nos ajudou, mas vemos também a ótima retomada do comércio das marcas internacionais e os cliente com maior apetite para o consumo”, afirmou a diretora financeira do Iguatemi, Cristina Betts.

De acordo com ela, para o ano que vem, a administradora se concentrará em parte na redução do valor do condomínio, visando usar essa medida para amenizar os efeitos do reajuste do aluguel sobre a margem de lucro dos lojistas.

“Estamos realizando de uma forma mais suave esse movimento de retirada de descontos” complementou a ela.

Por meio de teleconferência veiculada ontem (07), a administradora divulgou os resultados operacionais do terceiro trimestre de 2018. Entre os destaques, está o crescimento de 23,6% no lucro líquido entre o período analisado em comparação com o mesmo período do ano anterior. Além disso, segundo o balanço, a receita de aluguel apresentou crescimento de 1,2% na mesma base de comparação.

O resultado positivo permitiu que a controladora também iniciasse um processo de retomada nos investimentos na base de funcionários, elevando o salário médio. No entanto, tais medidas fizeram com que o negócio tivesse que arcar com despesas não recorrentes e recorrentes, como a contratação de consultorias e construção de dois outlets.

Segundo o balanço, as despesas saltaram 42,6% na mesma base comparativa. As informações são do DCI.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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