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Temor de inflação fez BC manter taxa, aponta Ata

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central teme que o ritmo de expansão do mercado interno mais forte do que o crescimento da oferta gere pressão sobre os preços. Por essa razão, decidiu manter a taxa de juros em 11,25% ao ano até ter a certeza de que esse descompasso será reduzido.

“O Copom avalia que o ritmo de expansão da demanda doméstica continua podendo colocar riscos não desprezíveis para a dinâmica inflacionária. Nesse contexto, a redução consistente do descompasso entre o ritmo de ampliação da oferta de bens e serviços e o da demanda torna-se ainda mais relevante na avaliação das possibilidades que se apresentam para a política monetária’’, informa a última ata do Copom, divulgada na quinta-feira.

Os integrantes do colegiado ressaltam que os investimentos, que ampliam a capacidade de as empresas produzirem mais, e as importações reduzem as pressões inflacionárias.

No entanto, consideram que os efeitos da ampliação do parque produtivo devem se consolidar e que o setor externo contribui hoje de forma menos efetiva para o controle dos preços.

“A contribuição do setor externo para um cenário inflacionário benigno, diante do forte ritmo de expansão da demanda doméstica, pode estar se tornando menos efetiva, em um momento no qual os efeitos do investimento sobre a capacidade produtiva da economia ainda precisam se consolidar’’.

A mesma preocupação já foi destacada em reuniões anteriores, assim como o fato de o Copom ressaltar que os efeitos dos cortes de juros já realizados neste ano ainda não surtiram completo efeito na economia brasileira.

A ata reitera ainda que o crescimento da economia será sustentando nos próximos meses pelo crescimento do crédito e da atividade econômica. Além disso, espera os efeitos de uma expansão “possivelmente mais intensa’’ das transferências governamentais -como programas de distribuição de renda- e de impulsos fiscais esperados para os próximos trimestres.

“Essas considerações se tornam ainda mais relevantes quando se levam em conta os nítidos sinais de demanda aquecida e o fato de que as decisões de política monetária terão efeitos a partir de 2008’’, reforça a ata.

O Copom afirma ainda que a decisão de manter os juros em 11,25% ao ano preserva as conquistas do combate à inflação e contribui para o crescimento da economia.

O Banco Central tem co-mo objetivo manter a inflação na meta, que é um de 4,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2007 e 2008, com margem de tolerância de dois pontos para cima ou para baixo.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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