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Studio 5 monta picadeiro para comemorar Dia do Circo

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No próximo dia 30, sábado, o Studio 5 abrirá sua praça de alimentação para receber um respeitável público e apresentar o espetáculo gratuito ‘Os trapalhões do riso’, em comemoração ao Dia do Circo.

No Brasil, o Dia do Circo é comemorado no dia 27 de março em homenagem a Abelardo Pinto, o palhaço Piolin, que nasceu nessa data em 1897. Piolin era considerado um grande palhaço, se destacando pela enorme criatividade cômica e pela habilidade como ginasta e equilibrista.

“Mas como 27 cai numa quarta-feira, achamos melhor fazer o espetáculo no sábado”, explicou Anilton dos Santos, produtor e diretor do evento, além de ser o palhaço Puxa-Puxa.

O espetáculo conta a história de dois palhaços que adoram animais e, cansados de presenciar maus-tratos resolvem ir em busca de montar seu próprio circo sem animais, somente com artistas circenses.

Anilton não pertence a nenhuma família de artistas circenses, como é tradição nos circos, mas desde a adolescência é apaixonado por essa arte milenar, mais especificamente pelos palhaços.

“Tenho 29 anos de atividades circenses me apresentando em grandes eventos, infantis, filantrópicos e participando de palestras sobre o meio ambiente para crianças, sempre levando alegria e descontração. Oficialmente comecei minha carreira em 1990. Tive participações como palhaço auxiliar em alguns circos que passaram por Manaus, como Circo do México, Kronner, Thianne, entre outros”, contou.

“Quando tinha uns 15 anos fui pela primeira vez a um circo, o Kronner. No outro dia voltei lá só pra conhecer os palhaços e isso se tornou hábito todas as vezes que um circo vinha a Manaus. Uma vez o palhaço me mandou subir no trapézio e me jogar lá de cima. Mesmo com medo, subi e o que estava lá em cima me empurrou me fazendo cair na rede, todo desengonçado, aí o palhaço disse: ‘realmente você tem jeito pra palhaço”, recordou.

E o palhaço o que é?

Anilton dos Santos é produtor e diretor do evento, além de ser o palhaço Puxa-Puxa
 

Mas, assim como os circos passam pela cidade, o sonho de Anilton, de ser palhaço, passou, até que um dia, já casado, a esposa professora lhe disse que haveria uma festinha infantil na sua escola e precisavam de um palhaço. Como Anilton tinha algum conhecimento sobre o assunto, ela insinuou que ele bem poderia ser esse palhaço. E assim aconteceu. Nasceu ali o Puxa-Puxa.

“Naquela festinha os pais começaram a me pedir o cartão de visitas para me contratar futuramente. E eu estava ali pra quebrar o galho. Foi então que vi que a ‘coisa’ tinha potencial e comecei a dar o número do meu telefone, ou seja, o palhaço que estava dentro de mim, adormecido, resolveu acordar. E lá se vão 29 anos”, falou.

Atualmente Anilton é um dos 45 associados da Associação dos Artistas Circenses do Amazonas.

“A Associação reúne pernas de pau, trapezistas, equilibristas na corda bamba, pirafogistas, contorcionistas, mágicos, e palhaços. Só palhaços são 35 associados. Um deles era trapezista, mas sofreu um acidente e não pode mais subir ao trapézio, e teve que mudar de atividade”, explicou.

“Por que tantos palhaços? Talvez porque seja só pintar a cara, colocar um nariz vermelho e fazer graça. Não é bem assim. Ser palhaço é tão difícil como qualquer outra atividade circense. Eu próprio tenho vários cursos nos quais aprendi a como entrar e como sair do palco, como atrair a atenção do público, entre outros. Acho que a maioria dos artistas quer ser palhaço porque são eles que chamam mais atenção durante todo o espetáculo, tanto que entram no picadeiro por várias vezes”, lembrou.

“As pessoas não sabem, mas nos grandes circos do mundo, como Soleil e da China, os palhaços são brasileiros”, revelou.

Sete artistas no palco/picadeiro

No dia 30, no Studio 5, sete artistas se revezarão no palco/picadeiro, por quase duas horas. São eles Gleiciano Maia, o palhaço Paçoquinha Kids, mestre de cerimônia do evento; Davis Alvarez, mágico; Piter Tonner, pirafogista, e Jê Rodrigues, tecido artístico, mas no espetáculo esse casal fará contorcionismo cômico; Alejandro Ledezma e Francilma Ribeiro, malabaristas. A sonoplastia ficará a cargo de Ana Lília.

“Não temos um circo fixo em Manaus e raramente um circo passa pela cidade, então esses artistas se viram como podem, participando de shows particulares em festas e em qualquer tipo de eventos. Há algum tempo os circos de lona estão deixando de existir, assim como os animais não são mais permitidos. Mas o espetáculo circense pode ser realizado em qualquer ambiente. O público gosta é do espetáculo, e é isso que nós fazemos. No ‘Os trapalhões do riso’ mostraremos isso”, adiantou.

 

Serviço

O quê: Espetáculo circense ‘Os trapalhões do riso’

Onde: Praça de alimentação do Studio 5

Quando: Dia 30 de março, a partir das 17h

Ingresso: Gratuito

 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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