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Roupas mais ‘conscientes’?

Roupas mais ‘conscientes’?

A moda no futuro será mais confortável e mais sustentável. Ao menos, é o que indicam lançamentos e transformações realizadas nos últimos meses, de pequenas marcas a grandes fabricantes de roupas. 

Diversas marcas lançaram máscaras e camisas feitas com tecidos antivirais, de olho na pandemia do novo coronavírus. Outras companhias lançaram roupas mais sustentáveis, que suportam melhor as constantes lavagens para inibir a contaminação pelo vírus. 

As empresas também estão mais sustentáveis, investindo em máquinas que gastam menos água para produzir cada peça de roupa e apostando no mercado de segunda mão, para tentar tentar reduzir a pegada ambiental da indústria de moda, a segunda mais poluente do planeta.

Veja algumas das tendências: 

Lojas personalizadas

Uma mala com uma seleção de roupas chega na casa da consumidora, que as experimenta, escolhe o que gostaria de comprar e agenda a devolução do restante. As peças foram escolhidas por uma inteligência artificial com base no seu histórico de compra e as últimas tendências de moda. Unindo conveniência e praticidade, a Youcom, marca de moda jovem do grupo Renner, está testando essa modalidade de vendas com algumas consumidoras mais frequentes. A ideia é que, para cada consumidor, a experiência de compra seja diferente, incluindo a vitrine visualizada nos sites de compra da empresa.

Produção sob medida

Com inteligência artificial, o modelo de fast fashion evoluiu. As empresas podem fazer coleções cada vez mais curtas, menos espaçadas entre si, para acompanhar as últimas tendências. 

É o caso da Renner. Antes, o ciclo de produção de peças da Renner era de seis a nove meses. Hoje leva de 10 a 45 dias nos produtos nacionais. O modelo permite que a empresa trabalhe com menos estoque e consiga atender com mais rapidez às tendências buscadas pelos clientes.

“O fast fashion é um termo pejorativo, que remete a um consumismo desenfreado. A velocidade na nossa cadeia não serve ao consumismo. Ela serve para sermos responsivos à demanda do cliente. Melhorar processos é sustentável e fazemos isso. Mas produzir só o necessário e evitar desperdícios é ainda mais”, disse o presidente da empresa Fabio Adegas Faccio à revista Exame.

Roupas em games

Com a pandemia, varejistas e fabricantes que dependiam fortemente do mercado físico precisaram adaptar suas vendas. Surgiram novos canais de venda dos mais diversos, de vendas pelo Whatsapp, Instagram e, claro, em marketplaces.

A Amaro, marca de roupas que nasceu no mundo online, foi ainda mais longe em seus canais de venda. A empresa lançou um perfil no game que se tornou a sensação das redes no mundo inteiro durante a quarentena, o Animal Crossing New Horizons.

Segunda mão

Brechós, dos tradicionais a versões de luxo, serão mais comuns. A indústria da moda é uma das mais poluentes no mundo, principalmente por conta da produção em fast fashion. Por isso, a venda de roupas de segunda mão é uma alternativa para deixar o mercado mais sustentável. Especialistas acreditam que daqui a dois anos o mercado de roupas usadas será maior do que a venda de roupas novas.

O Walmart passou a vender roupas usadas nos Estados Unidos em maio, em um novo site com mais de 750.000 peças disponíveis, entre roupas femininas, acessórios, sapatos e roupas de criança. 

Pegada ambiental menor

A macrotendência de sustentabilidade também deve se aplicar aos tecidos e aos processos de fabricação das peças de roupa. 

Pensando em diminuir a poluição causada pela produção de suas peças, a Malwee trabalha para mudar sua forma de produção – e, dessa forma, influenciar o mercado. A companhia comprou uma máquina que reduz o consumo de água na lavagem de jeans de 100 para 2 litros e já consome em média 20% menos água do que outras fabricantes. A empresa também busca fazer roupas duráveis e que sejam usadas muitas e muitas vezes. Afinal, mais de 70% do que as pessoas têm no guarda-roupa não é utilizado num período de um ano.

A Farfetch, plataforma para o setor de moda de luxo, lançou a ferramenta de Fashion Footprint do consumidor – pegada de moda – com o objetivo de fazer com que os clientes possam ver, com facilidade, de que forma podem ajudar o planeta com seus guarda-roupas.

Roupa antiviral

Um dos maiores impactos para o mercado da moda foi a pandemia do novo coronavírus. A crise obrigou empresas a fecharem suas lojas por semanas e a investirem no comércio eletrônico. Mais do que isso, a pandemia influenciou o tipo de tecido usado nas roupas. 

A Lupo lançou máscaras com uma tecnologia bactericida e antiviral e até agora já vendeu 2 milhões de unidades, seguindo um lançamento feito pela Malwee

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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